Conto + Atividade: O Idioma de Júlia. Para pintar, desenhar, cantar e dançar.

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Port conto Julia 1 capa

Oi, tudo bem?! Como ultimamente tenho recebido muitas mensagens agradecendo pelo material que preparo e compartilho, resolvi trazer algo bastante exclusivo. Isso mesmo! Se trata de um conto inédito, que escrevi para dar protagonismo a Júlia, que é a melhor amiga de Carlota (do meu conto “Carlota não quer falar”).  O Conto que se chama “O Idioma de Júlia” será de ajuda para ensinar as crianças que cada pessoa é diferente, mas que apesar das nossas diferenças podemos ser amigos e passar tempo juntos, fazendo coisas que gostamos.

“O Idioma de Júlia” é um conto muito divertido, e ótimo para fazer uma contação de história a um grupo de crianças, já que dentro da história há duas canções para que todos cantem e dancem juntos. Já utilizei este conto com um grupo de crianças e todas se divertiram muito. Para deixar a atividade ainda mais interessante preparei  o “Livro do Conto O Idioma de Júlia”, formado pela Capa (ilustrada para colorir) e a parte interna do livro, contendo a história que deve ser ilustrada pelas crianças. Agora vejamos a história:

O Idioma de Júlia

(Por Claudine Bernardes)

Júlia, a melhor amiga de Carlota, é uma menina genial, super simpática e inteligente. Mas, às vezes, quando está com a sua mãe e o seu pai, ela não se sente assim e, por isso, reclama:

_ Que chato! Vocês vivem usando essas palavras que eu não entendo. Que idioma mais estranho!

Depois de reclamar ela cruza os braços e chutando o ar ela vai toda emburrada para o seu quarto. Vocês querem saber porque a Júlia fica tão chateada com os seus pais? O problema é que os pais dela as vezes usam umas palavras muito estranhas, num idioma que eles dizem que até já morreu; um tal de latim.

Outro dia, Júlia fez uma coisa e seu pai a repreendeu. Ela tentou se explicar, mas ele não quis saber de explicações, cortou o assundo, dizendo: _ Contra factum non valet argumentum.

Sua mãe também faz o mesmo! Júlia estava guardando seus brinquedos para ir ao parque. Sua mãe, como todos os adultos, tinha muita pressa, e quando está nervosa, utiliza ainda mais esse idioma estranho: _Rápido Júlia! É condicio sine qua non que você guarde os brinquedos.

Seus pais falam assim porque são advogados, e eles adoram usar essas “expressões jurídicas em latim”. A pobre Júlia, que é só uma menina pequena, toda confundida, não entende nada, e por isso fica tão emburrada.

– Ah! Eu vou criar meu próprio idioma e não vou ensinar para ninguém! – Depois de dizer isso, Júlia começou a falar de uma maneira que nem os seus pais entendiam, e ella ficou bem contente com isso. Agora, eles é que se sentiam confundidos!

Ela até criou uma música super legal, que cantava o tempo todo, inclusive na escola, durante o recreio. A música dela ficou muito conhecida e todos os seus amiguinhos começaram a cantar e dançar a sua canção. Acho que vocês conhecem essa música! Querem cantar ela comigo? Vamos lá, então!

 (Aqui está o link para a canção – Fli Flai Flu – DVD – Galinha Pintadinha) 

Depois todas as crianças queriam saber o que essa estranha música dizia. Mas a Júlia não deu o braço a torcer: _Não vou contar! Este é o meu idioma e não vou ensinar a ninguém.

E não é que a moda pegou?! Todas as crianças queriam ter seu idioma próprio, para sentir-se importantes e espertos como a Júlia. O recreio era uma loucura só! Cada menino e cada menina corriam pelo patio do colegio falando de uma maneira que ninguém entendia. No começo foi bem divertido, mas depois as crianças deixaram de brincar juntas, porque ninguém entendia a linguagem do outro. Não havia mais futebol, amarelinha, pega-pega, pula-corda… só um montão de criança espalhadas pelo pátio, fazendo de conta que se sentiam importante, mas por dentro era uma tristeza só.

Foi então que a Júlia percebeu a confusão que havia criado. “Não serve de nada ter um idioma só para mim, se eu não posso me divertir com os meus amigos! Preciso encontrar uma solução para essa bagunça”. – Pensou. Já disse que além de ser legal, a Júlia também é muito inteligente? Ah, isso é verdade! Ela colocou a cachola para trabalhar e logo encontrou a solução. Ela precisava de uma música que todos entendessem e gostassem também.

_Já sei qual música posso usar! – Correu para o meio do pátio e começou a cantar e dançar. O que vocês acham de ajudá-la. Venham! Todos de pé e cantando juntos!

(Aqui está o link para a música Panda e os Cariocas – Sou uma Taça)

 Quando a música terminou, Júlia ficou surpresa. Todos os seus amigos estavam lá cantando e dançando com ela. Eles também estavam cansados ​​de brincar sozinhos. A partir de então, as crianças entenderam que cada pessoa é diferente e isso é legal. Também aprenderam que é maravilhoso passar tempo juntos, se divertir e ter amigos que são diferentes de nós.

Depois de contar a história, também seria legal conversar com as crianças sobre o problema que enfrenta Júlia e a decisão dela de criar um idioma próprio. Será que ela agiu corretamente? A decisão dela a fez sentir-se melhor?

Abaixo estão os arquivos de imagem para baixar e montar o livro com o conto, para ser ilustrado pelas crianças. É um ótimo exercício para trabalhar a imaginação e a compreensão de texto. Ficaria bastante feliz de receber fotos da atividade e das ilustrações das crianças.

Gostou da atividade? Espero que sim. Se você tiver algum problema para baixar estas imagens, não duvide em escrever-me. Também gostaria de pedir que comparta este post nas suas redes sociais.

Se queres mais materiais para trabalhar a educação emocional te sugiro clicar nesses links: meu conto “Carlota não quer falar” que vem com um jogo de tabuleiro para trabalhar as habilidades sociais e emocionais. Posts sobre contoterapia onde encontrarás materiais gratuitos, jogos e atividades para trabalhar a educação emocional e habilidades sociais.  Até breve!

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