O Monstro da Raiva: Atividade para gerir a ira e conhecer como ela atua. Educação Emocional.

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Atividade Para gerir a raiva

Oi, tudo bem? Sou Claudine Bernardes, escritora e especialista em contos e fábulas terapêuticas. Quero propor para você uma atividade para trabalhar as emoções, através da fábula da Vespa Afogada de Aquiles Nazoa. Esse material faz parte de uma das oficinas que realizo, chamada “Para dias de chuvas, guarda-chuva colorido”, onde trabalho a raiva e a frustração, para buscar compreender esses sentimentos e buscar uma visão mais otimista do dia a dia. Embora a oficina indicada possa ser realizada com pessoas de diferentes idades, a atividade sugerida está pensada para crianças.

Começamos?

“A vespa aquele dia , desde manhã , como de costume bravissíma andava.
O dia era lindo, a brisa leve, coberta a terra de fores estava e mil passarinhos nos ares cruzava.
Mas a nossa vespa – nossa vespa brava-nada lhe atraia, não via nada, por ir como ia, comida de raiva .
“Adeus”, lhe disseram umas rosas brancas e ela nem se quer voltou a olhá-las, por ir distraída, cismada, com uma fúria surda que a devorava.
“Bom dia ” lhe disse a abelha, sua irmã e ela que de fúria, quase rebentava, por toda resposta lhe deu uma roncada que a pobre da abelha deixou desconcertada.
Cega como ia, a vespa de raiva, repentinamente como numa armadilha, se encontrou metida dentro de uma casa.
Jogando mil pestes, ao se ver aprisionada, em vez de colocar-se serena e com calma, a buscar por onde sair de onde estava, sabe o que fez? Se pôs mais brava!
Se pôs entre os vidros a dar cabeçadas, de fúria não viu, que a curta distância janelas e portas abertas estavam. Por causa da ira que a dominava, quase não via por onde voava, e numa investida que deu de raiva, caiu nossa vespa, num copo de água.
Um copo pequeno, onde até um mosquito nadando se salva !
Mas nossa vespa, nossa vespa brava, mais brava ficou ao ver-se molhada, e em vez de ocupar-se , muito insensata, batendo as asas se pôs a jogar pestes e a dar picadas.
E assim , pouco a pouco, foi ficando exausta , até que furiosa, porém ensopada, terminou a vespa por morrer afogada.
Tal como a vespa que conta essa fábula, o mundo está cheio de pessoas bravas, que infundem respeito com a cara fechada, que se fazem famosas , devido suas raivas e ao final se afogam num copo d’ água.”

O que achou desta fábula de Aquiles Nazoa? É um excelente instrumento para compreender como a raiva ou a frustração podem deixar-nos cegos e como esses sentimentos podem nos colocar em muitos problemas se não sabemos afrontá-los. Por essa razão eu trouxe alguns exercícios de educação emocional para compreender e administrar tanto a raiva como a frustração.

E vamos com as atividades.

1 – Contar a história.

A nossa primeira atividade será ler a história para a criança ou para o grupo de crianças. Tende declamar a fábula de memória. Não se preocupe se elas não gostarem do final da história, isso é totalmente natural. A criança observa a história desde o ponto de vista do protagonista, neste caso, da nossa Vespa brava. E por essa razão, elas esperavam um final feliz para a Vespa. Mas a nossa vespa, nossa vespa brava, morreu afogada num copo de água.

2. Debate  grupal

Converse com o grupo ou com a criança, para que juntos possam “descobrir” o que poderia ter acontecido com a Vespa para que ela estivesse tão irritada. Trabalhe com o grupo as metáforas “acordar com o pé esquerdo”, “afogar-se num copo de água”, “fazer tempestade num copo de água”, “estar cega de raiva”.

Faça um debate, pergunte ao grupo se eles já se sentiram assim. Podemos partir de perguntas como: Por que vocês acham que a vespa tinha tanta raiva? Será que aconteceu algo com ella antes de sair de casa? O que a vespa poderia fazer para se tranquilizar?  Pergunte se eles conhecem alguma técnica para tranquilizar-se quando estão sentindo raiva.

3. Um giro na história – Teatro

A minha terceira proposta é pegar esse final triste e dar um giro na história. Ou seja, buscar um final feliz para a Vespa. Porém, para conseguir esse final feliz, a Vespa deve aprender a controlar os sentimentos de raiva e frustração. Se estamos trabalhando com um grupo grande, podemos formar subgrupos de 5 pessoas, para que cada grupo faça um teatro, com os seguintes personagens: narrador, vespa, 2 flores e abelha.  Cada grupo deverá fazer um pequeno teatro com a fábula, mudando o final da história, ou seja, um final em que a Vespa consiga sair do copo de água. Para que a Vespa possa sair do copo de água, pode intervir um dos personagens, para ajudá-la a tranquilizar-se, ou a Vespa pode auto-gerir o sentimento, e tranquilizar-se sozinha.

4. Atividade o “Monstro da Raiva”

Através da história e das atividades realizadas a criança já aprendeu como a raiva atua, e os problemas que ela pode gerar se não conseguimos nos livrar dela. Agora vamos fazer uma atividade, que vai servir de ferramenta para quando a criança sinta muita raiva, e necessite extravasar essa sentimento de uma maneira sadia. E vamos fazer isso através do monstro da raiva. Vamos necessitar papel em branca, lápis de cores e uma caixa que pode ser de sapato ou de plástico. Vocês podem decorar e personalizar a caixa.

4.1 – Personalizar a caixa conforme exemplo abaixo:

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4.2 – O Monstro: A criança deve pegar um lápis e expressar a sua raiva sobre o papel, através de um rabisco, que pode ser em círculos, muitas linhas. Deixe que ela se expresse. Depois deve pegar lápis de outras cores e transformar esse rabisco em um monstro, colocando olhos e boca, nariz, o que queira.

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4.3 – Vencendo o Monstro da Raiva: Quando termine, diga para criança destruir esse monstro, rasgando ou amassando o papel. E para terminar, vamos pegar esse monstro vencido e vamos aprisioná-lo para sempre na caixa de monstros.

  Agora que a criança já conhece esse exercício, sempre que ela se sinta muito nervosa, frustrada ou com raiva, vença com ela o monstro da raiva.

Gostou das atividades? Então compartilhe este post nas suas redes sociais. Se desejas mais materiais para trabalhar a edução emocional, conheça o meu livro “Carlota não quer falar” que vem com o Ludo das Emoções. Também disponibilizo GRATUITAMENTE o Projeto Educação Emocional com Carlota, com quase 80 páginas formado por parte teórica e prática. Basta preencher estar inscrito neste blog e preencher o formulário abaixo que envio o material em PDF para o seu email.

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Quando a tristeza se disfarça de fúria: uma atividade para desenvolver a consciência emocional.

 (Para leer el artículo en castellano pincha aquí)

1 Atividade O Iceberg - educação Emocional - Claudine Bernardes

Escute este Post através do  Podcast:

Oi, tudo bem? Resolvi chamar esta atividade de “O Iceberg”, e você compreenderá o porquê durante a explicação. O Iceberg é uma atividade para ajudar a desenvolver a consciência emocional. Você pode utilizar este material tanto com crianças de primária, como adolescentes, jovens e adultos. É importante que eles já tenham tido algum contato com alguma atividade de educação emocional, para que a experiência seja mais completa, ou seja, é interessante que já tenham um vocabulário emocional básico (Para isso sugiro utilizar o meu conto “Carlota não quer falar” e o Projeto Educação Emocional com Carlota).

Durante o último mês estive utilizando este material com o meu grupo de prova, que está formado por aproximadamente 7 crianças (6 a 11 anos). Neste grupo existem crianças com situações muito diferentes, tais como: TDAH, altas capacidades, DEL (distúrbio específico da linguagem). Eles adoraram fazer as atividades propostas. Durante o processo tive que fazer algumas alterações e adaptações no material. Além disso também utilizei este material para realizar uma oficina com um grupo de adolescentes, e a resposta foi muito positiva. Porém, antes de apresentar a atividade em si, quero falar um pouco sobre a Consciência Emocional.

O QUE É CONSCIÊNCIA EMOCIONAL?

A CONSCIÊNCIA EMOCIONAL é a capacidade de reconhecer um sentimento no mesmo momento em que ele aparece; é a pedra angular da Inteligência Emocional.

A criança não possui um conhecimento emocional inato profundo. A percepção de nossas próprias emoções envolve saber como prestar atenção, ou decifrar o nosso próprio estado interno. Ou seja, se trata de fazer um auto-análise do que sentimos, no momento em que sentimos. Também é importante avaliar sua intensidade: é necessário detectá-los no momento em que aparecem, com pouca intensidade em princípio para poder controlá-los sem esperar a transbordar.

Muitos de nós não exercitamos a nossa consciência emocional quando éramos crianças, e isso torna as coisas mais difíceis agora que já somos adultos, você não acha? Então devemos começar a trabalhar nisso sem demora. O lado positivo é que podemos trabalhar as capacidades emocionais em qualquer lugar: Nas empresas onde trabalhamos; na sala de aula; nas igrejas; em casa; nas consultas; nas atividades estraescolares etc.

Agora vou contar uma pequena história pessoal para que você possa compreender a necessidade de trabalhar de forma específica a consciência emocional.

As vezes quando ia buscar meu filho ao colégio, ele me dizia: “_ Mãe, me sinto muito entediado.” – Confesso que, a princípio, me incomodou muito escutar isso, acho tão chato uma criança que reclama de tudo, principalmente de estar entediado, quando poderia utilizar a sua imaginação para divertir-se. No entanto, resolvi colocar de lado meus próprios sentimentos, e observar melhor aquela situação que estava repetindo- se constantemente. “_ Filho, porque você acha que está entediado? _É porque não tenho vontade de fazer nada. _Como assim você não quer fazer nada? Nem brincar com os teus brinquedos favoritos? _Me sinto muito cansado para brincar, mãe.”

Aí estava o problema! Ele estava cansado, porém como não conseguia compreender isso, dizia que se tratava de tédio.

Isso acontece com todos, adultos e crianças. Às vezes, a tristeza está disfarçada de raiva ou medo de frustração. Não reconhecer e expressar corretamente os sentimentos pode gerar sérios conflitos interpessoais.

Sugestões para desenvolver a consciência emocional

1. Aceitar que não compreendemos tudo: quando o assunto são as emoções, nada é tão claro e óbvio como pode parecer. Devemos saber que às vezes o sentimento que expressamos pode ser apenas “a ponta do iceberg”, uma reação a outro sentimento que está escondido abaixo, mais profundo, lá dentro de nós. A história de Jorge Bucay que proponho hoje pode ajudá-lo a criar essa consciência.

2. Pergunte e pergunte-se: De onde veio esse sentimento? O que causou isso? Existem outros sentimentos acorrentados a ele? Estou triste, é verdade. Mas, por que estou triste? O que aconteceu?

3. Conhecer as emoções: é importante saber como cada emoção é: como a sentimos internamente; como se expressa externamente; que linguagem é usada quando a sentimos; quais são as expressões corporais que acompanham uma determinada emoção

(através da minha história “Carlota não quer falar” e o Projeto de Educação Emocional que eu coloco à sua disposição gratuitamente em pdf é possível trabalhar essa habilidade).

Agora vamos ver como apliquei esta atividade

Painel Iceberg foto

1. Conte a história “A Fúria e a Tristeza”:

É uma maneira excelente para que os participantes compreendam a complexidade dos sentimentos:

Num reino encantado onde os homens nunca podem chegar, ou talvez onde os homens transitem eternamente sem se darem conta…
Num reino mágico onde as coisas não tangíveis se tornam concretas…
Era uma vez… Um tanque maravilhoso.

Era uma lagoa de água cristalina e pura onde nadavam peixes de todas as cores existentes e onde todas as tonalidades de verde se refletiam permanentemente… Aproximaram-se daquele tanque mágico e transparente a tristeza e a fúria para se banharem em mútua companhia.

As duas tiraram os vestidos e, nuas, entraram no tanque.
A fúria, que tinha pressa (como sempre acontece com a fúria), pressionada pela urgência – sem saber porquê – banhou-se rapidamente e, ainda mais rapidamente saiu da água… Mas a fúria é cega ou, pelo menos, não distingue claramente a realidade. Por isso, nua e apressada, pôs, ao sair, o primeiro vestido que encontrou….
E aconteceu que aquele vestido não era o dela, mas o da tristeza…
E assim, vestida de tristeza, a fúria foi-se embora.
Muito indolente, muito serena, disposta como sempre a ficar no lugar onde estava, a tristeza terminou o seu banho e, sem pressa – ou melhor dito, sem consciência da passagem do tempo – com preguiça e lentamente, saiu do tanque.
Na margem, deu-se conta de que a sua roupa já não estava lá.Como todos sabemos, se há uma coisa que não agrada à tristeza é ficar nua. Por isso vestiu a única roupa que havia junto do tanque: a roupa da fúria.
Contam que, desde então, muitas vezes nos encontramos com a fúria, cega, cruel, terrível e agastada. Mas se nos dermos tempo para olhar melhor, percebemos de que esta fúria não passa de um disfarce e, por detrás do disfarce da fúria, na realidade, está escondida a tristeza. (Jorge Bucay in “Contos para Pensar”)

2. Mostrar o Iceberg

Eu desenhei um Iceberg que você pode projetar ou imprimir e colocar na parede. Eu imprimi ele em A3 e o coloquei na parede para ilustrar o que eu estava explicando. O Iceberg é uma metáfora visual muito interessante para ensinar sobre sentimentos ocultos. Os grupos com os quais trabalhei foram capazes de entender muito bem toda a explicação do Iceberg e, em seguida, complementamos a atividade com os cartões para colocar os emojis, de acordo com a explicação abaixo.

Como já falamos, há sentimentos que são apenas a expressão externa de outros sentimentos mais profundos. Portanto, a raiva pode ser apenas a ponta do iceberg para sentimentos que estão escondidos e misturados como podem ser: medo, frustração, solidão. Depois de contar a história de Jorge Bucay “A Fúria e a Tristeza” você pode mostrar ao grupo O ICEBERG, e como há sentimentos ocultos, disfarçados. Na ponta do iceberg, vemos um sentimento que parece muito claro para nós, mas abaixo, nas profundezas existem outros sentimentos que podemos encontrar quando nos preocupamos em falar com a pessoa, fazendo-lhes perguntas, porque às vezes ela não sabe o que realmente está sentindo.

3. Contar um conto:

Escolha uma história onde os personagens vivam uma série de situações e através de seus comportamentos expressem seus sentimentos. Abaixo, coloquei algumas histórias como sugestões. Ao contar a história, é importante identificar alguns sentimentos para servir como base para aqueles que estão na parte inferior do iceberg. Exemplo: se você está contando a história da Branca de Neve, você pode dizer que ela sentiu muito medo de ficar sozinha na floresta, depois que foi abandonada pelo homem encarregado de matá-la. Esse sentimento de medo serve como uma base (ponta do iceberg – ou centro da ficha) para procurar outros sentimentos escondidos. Durante a atividade (jogo), esse sentimento base identificado durante a contação servirá como ponto de partida para identificar outros sentimentos. Você ajudará o grupo a identificar esses sentimentos através de perguntas: Vocês acham que a floresta é um lugar bonito? Por que uma pessoa pode sentir medo na floresta? Ela estava sozinha ou acompanhada? Ela era uma pessoa acostumada a estar sozinha na floresta? A partir das perguntas podemos identificar outros sentimentos que culminaram com medo, que podem ser: solidão, insegurança, decepção, etc.

Este material pode ser utilizado em muitas sessões. Você pode trabalhar com muitas histórias diferentes.

APÓS CONTAR A HISTÓRIA:

  • Colorir o iceberg (as crianças amam essa parte);
  • Escolha um personagem e um momento na história para analisar um sentimento básico e descobrir os sentimentos escondidos.

Além disso, você também pode usar os cartões com emojis quando o grupo já entendeu a atividade. Existem 4 modelos de fichas base para usar: Amor, Raiva, Tédio, ficha em branco. Junto com estes são também os emojis que expressam diferentes emoções. Você deve imprimi-los da maneira que melhor lhe convier. Eu, por exemplo, imprimi os cartões e os emojis e os plastifiquei. Eu também imprimi muitos cartões em branco para que as crianças pudessem desenhar emoções, foi muito positivo. No centro da ficha deve estar o sentimento base e nos extremos os sentimentos ocultos. Eles utilizaram o lista dos 40 Estados Emocionais como material de consulta.

ALGUMAS FOTOGRAFIAS DA ATIVIDADE COM O GRUPO DE PROVA

SUGESTÕES DE CONTOS PROPOSTA: O GÊNIO E O PESCADOR:

GÊNIO:

a) Que sentimento o gênio expressou quando saiu do vaso? (Fúria)
b) Agora pense em quanto tempo ele esteve preso no vaso. O que ele deve ter pensado durante esse tempo? Que sentimentos ele pode ter sentido?
c) A raiva que ele sentia poderia ter outros sentimentos escondidos? Será que o gênio sentiu solidão durante este tempo? Ele gostaria de retornar à sua prisão?

PESCADOR:

a) O que o pescador sentiu quando o Gênio disse que o mataria? (Medo)
b) Ele tinha uma família? O que poderia acontecer com sua família se ele morresse?           c) Quais outros sentimentos o pescador poderia sentir diante das ameaças do Gênio?

OUTRAS HISTÓRIAS SUGERIDAS:

1- O Patinho Feio;
2 – A roupa nova do Rei;
3 – Cinderela;
4 – O Pequeno Príncipe (é mais longo, mas pode ser feito com adolescentes, com o livro como leitura sugerida)

5 – A vespa afogada.
6 – A parábola do filho pródigo; 7 – Davi e Golias.

Por favor, COMPARTILHE ESTE POST. Espero que este material possa ajudá-lo. Se você tiver alguma dúvida, escreva-me.

Gostou das atividades? Quer ter esse material? Pois é muito fácil! Basta ser seguidor do meu Blog “A Caixa de Imaginação“, e preencher o formulário abaixo, que você receberá o PDF de forma gratuita, deixando a sua opinião 😉 Também agradeceria que você compartilhasse esse post nas suas redes sociais.

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Ludo das Emoções: jogando aprendemos sobre nossas emoções.

(para leer esta entrada en castellano, pincha aquí)

Ludo das emoções conto Carlota não quer falar sentimentos

O Ludo das Emoções faz parte do Conto “Carlota não quer falar” e foi criado para promover um espaço lúdico em família, no colégio e inclusive dentro de um espaço terapêutico.  A diferença entre este material e os ludos normais, é que o Ludo das Emoções está acompanhado por 30 Cartas para ajudar as crianças a compreender, expressar e administrar as emoções, além de fomentar a empatia. Com o Ludo das Emoções fomentaremos as capacidades emocionais das crianças, e ao mesmo tempo elas se divertirão, e haverá uma troca de conhecimento e experiências.

Carlota não quer falar 31 cartas do ludo 1

As Cartas que acompanham o livro estão divididas em: Pergunta, Coringa, Sanção. Utilizando as cartas os jogadores falarão sobre sentimentos, compartilharão experiências, interpretarão situações e terão que fazer diversas escolhas de índole emocional e prática. Abaixo você pode ver as regras do jogo e observar que se trata de um ótimo material, muito simples de utilizar:

Carlota não quer falar 30 regras do ludo emoções

Como já dissemos, o Ludo das Emoções é parte integrante do Conto “Carlota não quer falar”, publicado na Espanha através da Editora Sar Alejandría e no Brasil, através da Editora Grafar (link para compra):

Livro conto Carlota não quer falar - infantil sentimentos

Como não foi possível incluir os peões e o dado juntamente com o livro, preparamos uma alternativa. Basta baixar a imagem abaixo para você ter um dado e peões que inclusive poderá cortar e pintar em família:

Dado ludo das emoções

Se você acha que esse material é interessante, compartilhe com os seus contatos e através das suas redes sociais. Se tiver alguma dúvida ou sugestão, escreva-me. Será um prazer trocar informação com você. 😉

Como COMPRAR o livro “Carlota não quer falar” – “Carlota no quiere hablar”

En Castellano

(después de efectuar el pago, rellene el formulario abajo con sus datos para envio, si lo quieres dedicado y a quién, también puedes utilizar el mismo formulario para preguntas).

SI deseas conocer más sobre este libro entra en este enlace.

Libro Carlota no Quiere hablar – Castellano DENTRO de España.

Libro “Carlota no quiere hablar”, el libro contiene: cuento interactivo; parchís de las emociones con 30 cartas para recortar; Guia didáctica (no contiene fichas y dados). El precio incluye gastos de envío ordinário dentro de España.

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Libro “Carlota no quiere hablar”, el libro contiene: cuento interactivo; parchís de las emociones con 30 cartas para recortar; Guia didáctica (no contiene fichas y dados). El precio incluye gastos de envío ordinário PARA PAÍSES EUROPEOS .

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EM PORTUGUÊS

(Depois de pagar, utilize o formulário abaixo para informar o endereço de entrega, e se desejas que esteja dedicado e a quem. Também podes utilizar o formulário para fazer perguntas)

Livro Carlota não quer falar, Português, entrega DENTRO Europa.

Livro “Carlota não quer falar”, Português Europeu. Ed. Sar Alejandría. Autora Claudine Bernardes. O valor inclui Livro de Capa Dura que contêm: conto interativo + Guia de aplicação + Ludo das Emoções com 30 Cartas. No valor também está incluido o transporte em correio simples.

€19,00

Se estas no Brasil faça a compra diretamente na Editora Grafar através deste link. Também podes ir na sua livraria preferida e pedir o livro, a editora enviará o livro à livraria sem problema.

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Jogos para baixar: Trabalhando as capacidades emocionais com crianças.

(Para leer el texto en español pincha aquí)

Inteligência Emocional. O que é?

A inteligência emocional é a capacidade de entender, tomar consciência e manejar nossas emoções e as emoções de outras pessoas. Partindo desta definição, pensemos: O que são as emoções? A emoção é um sentimento privado, caracterizado pela expressão ou manifestação de respostas somáticas e autónomas específicas. Também podem ser consideradas um conjunto de ações para defender-se ou preparar um ataque diante de possíveis ameaças.

Charles Darwin descreveu 4 emoções primárias, que considerava que eran inatas ao ser humano: raiva ou ira, alegria, medo e tristeza. Alguns autores também indicam   outras 4 emoções como secundárias: amor, surpresa, vergonha e aversão.

Agora vamos ver alguns jogos para exercitar as capacidades emocionais, tanto em casa como na escola.

Jogo 1: Jogo das emoções

O jogo das emoções ajudará as crianças a compreender as emoções dentro de si e também em outras pessoas. Ajuda a desenvolver a empatia e a capacidade de gerenciar as emoções. Vamos ver como jogá-lo. 

Em família:  Imprima as fichas. Há 6 fichas relacionadas com 6 emoções. Utiliza um dado para jogar. Tira o dado para escolher a ficha e diga ao seu filho que torne a tirar o dado para responder a pergunta ou atividade que está na ficha. O pai ou mãe também pode participar, tirando o dado e respondendo as perguntas. Assim será uma brincadeira onde  vocês compartirão suas historias e conhecimento. Será bem legal!

No Colégio:  Se você é professor(a) também pode utilizar esse jogo para exercitar as capacidades emocionais dos seus alunos.  Há muitas maneiras de jogar em classe. Em equipe: Divida a classe em 6 ou 12 equipes. Entregue uma ficha a cada equipe. Determine um tempo em que cada equipe deve responder e completar as propostas contidas nas fichas. Depois se pode dar um tempo para que cada equipe apresente as suas respostas a toda a turma, assim todos aprendem. Individual: Coloque as fichas pegadas no quadro negro. Faça com que cada aluno tire uma vez o dado, para que escolha uma ficha e depois volte a tirar o dado para responder uma pergunta. Será uma maneira divertida de aprender sobre as emoções e todos podem participar. Também seria legal colocar as fichas pegadas na parede, e fazer esse exercício todos os dias, ou alguns dias da semana, com a participação de um ou dois alunos por dia.  

Aqui estão as imagens que você poderá baixar:

Jogo 2: Memory das Emoções

Este é o jogo da memória. Cada folha contém 5 desenhos de expressões faciais de emoções.  Imprima   de preferência em cartulina. Pinta ou peça à criança que pinte as fichas, escolhendo uma cor para cada emoção. Depois só basta recortar as fichas, misturá-las, colocando-as com o desenho para baixo. Ganha o jogo quem conseguir encontrar o maior número de pares de emoções. Pode ser jogado individualmente ou com outra pessoa. Professores, vocês também podem jogar o Memory com os seus alunos, dividindo a sala em equipes, ou através de torneios entre dois alunos.

3. O pote das emoções

Eu já havia falado sobre o pote da emoção em outro post  (O Monstro de Colores ).

Se trata de fazer um pote para cada sentimento, como os de abaixo.

reseña monstro colores caja de imaginación

Quando a criança esteja triste deve escrever o que sente no cartão de cor azul e tirá-lo no pote, por exemplo. Se a criança não sabe escrever, o adulto pode escrever por ela. Além disso se pode falar sobre o que provocou aquele sentimento, e se for um sentimento negativo, como resolvê-lo. É um exercício muito bom, porque é como se a criança se estivesse desvinculando do sentimento negativo no momento em que coloca o cartão dentro do pote. Obtive bons resultados quando fiz esse exercício com o meu filho.

4. Dados

Preparei alguns dados para que você possa utilizar tanto com o Ludo, quanto com os jogos propostos. São dados para pintar e recortar, e que de preferência devem ser impressos em cartulina. Espero que seja de utilidade.

Se você é…

Professor, psicólogo, psicopedagogo  ou outro profissional que atua na área infantil, tenho um Projeto de Educação Emocional que você poderá utilizar com as suas crianças. Se trata de um Projeto de Educação Emocional en pdf e gratuito, com quase 80 páginas, parte teórica e  material de apoio incluido. Basta que você me escreva através do  link abaixo, dizendo que deseja recebê-lo. Atenção, costumo responder rapidamente, se em 2 dias não recebeu a minha resposta, deve estar entre seus emails bloqueados. Também pode voltar a escrever-me.  

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Todo esse material que você viu, e o Projeto de Educação Emocional que posso enviar para você,  (que conta com uma parte teórica e parte práctica, somando mais de  60 páginas), é algo que preparei com muito carinho tomando como base o meu livro “Carlota não quer falar”.  Esse livro infantil que foi desenvolvido com base na técnicas de contoterapia, está formado por um conto interativo + guia + Ludo das emoções com 30 páginas. Se você quiser conhece-lo é só pulsar aqui. 

Livro conto Carlota não quer falar - infantil sentimentos
Capa o conto

Espero que você tenha gostado. Se foi assim, por favor, compartilhe este post nas suas redes sociais. 😉

Contoterapia – Que bicho é esse?

(Para leer el texto en Español pincha en: Cuentoterapia)

A caixa de imaginação contoterapia

Hoje vou compartilhar com vocês algo muito importante para mim e que tem sido um grande instrumento na educação do meu filho.

Antes de ser mãe havia lido dezenas de livros sobre como educar os filhos. Com tanta informação, pensei que já estava preparada e que tiraria de letra essa tarefa. Hoje dou risadas de mim mesma, e da minha grande ignorância. Os primeiros anos com o meu filho foram desastrosos e eu me sentia perdida e desesperada.  Foi então que descobri o mundo mágico dos contos e como poderia usá-los para educar ao meu pequeno terremoto. Para minha surpresa, ele reagia positivamente e captava os ensinamentos das historias que eu criava e havia uma mudança de comportamento.

Um exemplo: Ele começou a utilizar constantemente a palavra tédio. “Que tédio, mamãe!” “Que entediado estou.” “Não me divirto nada, que tédio!”

Criei horror a essa palavra. Eu não podia aceitar que o meu filho crescesse pensando que a vida é um tédio. Então, criei um conto cuja mensagem final é “Quem tem imaginação nunca se entediará.” Esse passou a ser o seu conto favorito e consegui arrancar essa “maldita” palavra do pensamento dele.

Houve uma mudança de pensamento, baseada na reflexão aprendida através do conto.

Depois dessa experiência comecei a pesquisar sobre o assunto e vi que existem muitos profissionais tanto na área da educação como da psicologia que realizaram vários estudos sobre a influência dos contos na conduta humana. Acabei me apaixonando pelo assunto e agora estou fazendo uma Posgraduação em Contos e Fábulas Terapéuticas.

O Conceito de Contoterapia que mais se identifica ao enfoque que estudo é:

A contoterapia é a técnica e ferramenta que se baseia no uso de contos e material didático, para abordar diversas situações socioemocionais e comportamentais apresentadas por algumas crianças, entre elas: manifestações de tristeza, ansiedade, emoções positivas e negativas, baixa regulação como condutas imediatistas, impaciência, deficiência no controle de impulsos e intolerância. Também estão comportamentos perturbadores como: agitação, distração, gritos, maltrato físico ou verbal por parte da criança. Além disso também podem ser tratadas temas como: conflito armado, morte, mudanças na estrutura familiar e déficit em habilidades comunicativas. (1)

Conforme explica Bruno Bettelheim, os contos

Ajudam as crianças a elaborar seus medos e conflitos afetivos, a criar identificação positiva e formar referentes que lhe darão segurança no seu processo de amadurecimento. Os contos são especialmente adequados para as crianças, já que prendem sua atenção, porque são capazes de diverti-las, aumentar sua curiosidade, estimular sua imaginação e enriquecer sua vida, ao mesmo tempo que ajudam a desenvolver seu intelecto, reconhecer suas emoções, tratar a ansiedade e abordar seus sonhos.

No entanto, algo que tenho percebido é que a contoterapia está enfocada para ser um instrumento dentro da educação escolar, quando a minha proposta é aproximar esta técnica à esfera familiar.

O instrumento principal será um conto, uma historia para ser contada pelo pai/mãe ao filho/filha. Além da história darei algumas sugestões de como trabalhá-la para alcançar um objetivo determinado. Um exemplo simples é o meu livro “Carlota não quer falar”, no qual aplico as técnicas da contoterapia para criar um espaço onde pais, professores e psicólogos podem trabajar as capacidades emocionais das crianças. Tudo isso através de um conto interativo, um jogo (Ludos das Emoções com trinta cartas) e um Projeto de Educação Emocional, cheio de jogos, dinâmicas e atividades. Através deste material as crianças aprenderão sobre os sentimentos, e se fortalecerão os vínculos familiares.  

Bem, não quero ser muito extensa nesse post, já que se trata de uma introdução a outros, onde pouco a pouco vamos desenvolvendo e compreendendo como aplicar a contoterapia em casa.

Obrigada por acompanhar-me até aqui. Se você tem alguma sugestão ou dúvida deixe seu comentário, será um prazer trocar ideias. Até breve.

 


(1) Cuentoterapia un programa funcional de intervención psicopedagógica de conductas internalizantes y externalizantes en niños de básica primaria. Autores: Martínez Luján, Catalina. Ramírez Atehortúa, Cristina. Pineda Córdoba, Manuela.

logo do blog a caixa de imaginação

O Monstro de Cores: aprendendo sobre os sentimentos

(Para leer el texto en Español pincha en: El monstruo de colores)

Educando a emocionalidade

Uma resenha muito especial

Sou uma amante dos contos infantis! Gosto muito de aprender e ensinar através dos contos. As histórias infantis não foram criadas somente para entretener as crianças. Na verdade elas possuem um forte componente didático que deve ser aproveitado ao máximo para ajudar as crianças no seu processo de aprendizagem de vida.

Por essa razão e aproveitando que estamos buscando presentes de Natal para dar aos nossos filhos, sobrinhos, netos etc, sugiro esse livro. O Monstro de Cores foi escrito e ilustrado por Anna Llenas. Se você quiser pode conhecer outros livros dela no seu site e também pode seguir o seu blog.

O livro conta a história do monstro de cores, cada cor simboliza um sentimento: Tristeza (azul),  Medo (negro),  Raiva (vermelho),  Calma (verde), Alegria (amarelo), Amor (rosa).

Uma menina encontra o Monstro todo colorido, simbolizando que todos os seus sentimentos estão misturados e por isso ele se sente confuso. Ela explica-lhe que é necessário ordenar os sentimentos, separa-los de acordo com as suas cores. Explica como funciona cada sentimento.

O monstro de cores

Com essa história as crianças aprendem a identificar os sentimentos de acordo com o que sentem no momento. É muito interessante, porque não nos enganemos, há muito marmanjo por aí que não consegue compreender o que realmente está sentindo.

Meu filho amou receber esse livro de presente. Além disso, para que ele aprendesse mais sobre os sentimentos e como enfrentar os sentimentos negativos, fizemos algo muito legal. Pegamos etiquetas em potes de vidro com os sentimentos escritos nelas. Cortamos papel com as mesmas cores e quando o meu menino sente raiva, por exemplo, escrevemos o sentimento no papel vermelho, conversamos sobre como ele está se sentindo e colocamos o papel dentro do “Pote da raiva”.

resenha livro infantil a caixa de imaginação

Depois disso nos abraçamos (porque ele aprendeu que o carinho remove os sentimentos ruins), e chegado a esse ponto toda a raiva que ele sentia já se dissipou. Esse exercício ajuda a criança a falar e enfrentar os sentimentos negativos e a desfrutar dos sentimentos positivos. 

Eduquemos as emoções das nossas crianças! Somente assim elas poderão ser adultos sadios e maduros. 

 

Se gostou deste conto tenho certeza que também gostará do meu Conto que acaba de ser publicado em PORTUGUÊS,   “Carlota não quer falar”, entra para ver tudo que esse conto oferece.

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