Apesar de viver na Espanha, acompanho de perto tudo o que está acontecendo no Brasil e vejo com tristeza os ataques violentos que estão acontecendo nas escolas. Necessitamos com urgência estratégias de humanização, cultura de paz e educação emocional a partir da primeira infância.
Por isso resolvi criar essa aula que darei na quinta-feira dia 20 de abril. Será uma aula de duas horas de duração com emissão de Certificado.
Muito se fala sobre Educação Emocional na sala de aula, mas como se deve fazer? O que dizem as metanálises sobre como deve ser um programa de êxito? O que realmente é importante? Sabia que um bom programa de Educação Emocional deve ser transversal? Mas o que é isso? Quais são as capacidades emocionais que devem ser trabalhadas e como?
Nos últimos anos tenho criado e aplicado diversos programas. Também dou assessoria a entidades públicas e privadas, como o exemplo que deixo abaixo:
Esse programa que criei para a Editora Turminha do Bem se chama “Nossas emoções e a transformação social” e já está sendo vivenciado por mais de 5.000 crianças. Como por exemplo no Município de Bandeirantes.
Quero compartilhar com você esse conhecimento. Quer participar da aula?
A aula custa 57 Reais, para o Brasil e 15 euros Para Europa. Você poderá efetuar o pagamento por PIX (Brasil) ou Paypal para Europa. Basta entrar em contato comigo pelo formulário abaixo para receber mais informação.
AULA: O CONTO COMO FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
Será dia 6 de Dezembro às 19h (Brasília).
AULA GRATUITA, exatamente, não custa nada, nadinha, mas é exclusiva para quem já comprou ou compre o livro O GIGANTE QUE APRENDEU A SUSSURRAR, na LOJA DA EDITORA LITERARE BOOKS.
Lembre-se, para participar da aula você deverá comprar o livro até dia 30 de novembro e depois receberá o link da aula, que será gravada caso não possa assistir nesse dia.
Por que comprar esse livro?
Trata-se de um lindo livro em capa dura, com uma história que ajudará a compreender como podemos construir pontes de comunicação. O livro também contém uma Guia Didática com atividades práticas. Além disso, ao comprá-lo você tem acesso a diversos materiais que pode baixar por meio do QR Code contido no final do livro. Isso mesmo. um PDF com TABULEIRO DE JOGOS, CARTAS DE BARALHO com uma proposta de jogo, diversas atividades e moldes.
QUER MAIS??? Além de todo esse material incrível, preparei um material gratuito, que se chama PROJETO DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA, que contém um OFICINA PASSO A PASSO, mais atividades e moldes. Se quiser esse material gratuito, basta preencher o formulário abaixo para recebê-lo.
QUER RECEBER ESSE MATERIAL GRATUITO? ANTES QUERO MOSTRAR UM POUCO SOBRE ELE. VAMOS LÁ?
Preparei um material cheio de possibilidades para você colocar em prática, tanto com CRIANÇAS, como ADOLESCENTES e inclusive ADULTOS.
Gosto de fazer tudo com excelência, e não é porque se trata de um material gratuito que seria diferente. Se trata de um material em PDF, com uma parte prática, onde explico as bases da educação emocional, centrando-me nas duas pernas das competências sociais, que são: ASSERTIVIDADE E IMPATIA.
Também explico os três estilos de comunicação: passiva, agressiva e assertiva. Além disso, você poderá comprender a metodologia utilizada para criar esse material A CONTOEXPRESSÃO
Na PARTE PRÁTICA, você encontrará uma OFICINA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL sobre COMUNICAÇÃO ASSERTIVA, a qual está explicada passo a passo.
Também preparei outras atividades complementares, divertidas e dinâmicas. Além disso APRESENTO O JOGO DO ENCONTRO, que criei para ajudar a desenvolver a linguagem assertiva e melhorar as relações interpessoais.
QUER MAIS??? AO FINAL DO MATERIAL VOCÊ ENCONTRARÁ MOLDES, que poderá imprimir e utilizar. Como você pode ver, se trata de um material muito rico e completo. Caso queira este material, basta preencher o formulário abaixo e você receberá o PDF no seu e-mail:
Hoje quero compartilhar com vocês uma atividade muito interessante que fiz com meus alunos da Escola Bíblica Dominical, mas que você pode fazer na escola, em casa, no parque, nas oficinas de educação emocional e desenvolvimento da criatividade.
SOBRE A ATIVIDADE
Primeiro vou contar como realizei a atividade e depois explicarei os benefícios que elas produzem, também com base em pesquisas científicas. Esta atividade foi desenvolvida na escola bíblica dominical onde leciono. Costumo ensinar crianças dos 8 aos 12 anos, mas desta vez estiveram comigo várias idades (dos 3 aos 12 anos). Precisava de algo estimulante, criativo que pudesse ensinar e divertir todas as crianças, por isso escolhi esta atividade.
OBJETIVO DA ATIVIDADE: Ensino bíblico (vimos diferentes histórias da Bíblia e falamos sobre adorar a Deus) e desenvolvimento emocional e funções executivas.
COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS: competências sociais (trabalho em equipa e ajuda mútua); motor fino; organização do espaço de trabalho; desenvolvimento de habilidades motoras; gestão da frustração; planejamento.
MATERIAL NECESSÁRIO: 1. LIVRO QUEBRACABEÇA (usei “Heroes Bibles of Puzzles” publicado pela Scandinavia Publishing, que nos chegou do Equador – Livraria Clara Luz), tenho também um quenbracabeça de O Pequeno Príncipe LIVRO COM PUZZLES, Editorial NGV ( ambos contêm 6 quebra-cabeças e a história correspondente). 2 sacos plásticos.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
1. PREPARAÇÃO DO ESPAÇO
Cheguei cedo no local, separei os quebra-cabeças, tirei do livro e coloquei um a um dentro de sacos plásticos. Então eu os escondi por todo o espaço.
2. PROCURE O TESOURO
Recebi as crianças, perguntei como foi a semana e depois expliquei que faríamos uma atividade divertida. Eu disse a eles que por toda a sala eu havia escondido saquinhos de quebra-cabeças, que eram os tesouros de nossa atividade. E que eles deveriam procurá-los e começar a montá-los. As crianças iniciaram a atividade fazendo uma caça ao tesouro.
3. MONTANDO O QUEBRACABEÇA
Depois de encontrar os quebra-cabeças (um para cada criança – se não houver o suficiente, você pode colocar as crianças em pares), as crianças começaram a montá-los. A dificuldade aqui é que as crianças NÃO VIRAM ANTERIORMENTE as figuras do quebra-cabeça, então elas não sabiam exatamente o que estavam montando. Os mais velhos foram os primeiros a terminar e depois ajudaram os mais novos (aqui trabalhamos as competências sociais de empatia e assertividade). Colaborar para construir o quebra-cabeça foi divertido, estimulante e desafiador, pois eles tiveram que gerenciar uma comunicação assertiva e empática, ou seja, os grandes não podiam fazer tudo, tratava-se de ajudar os pequenos a montar.
4. DESCOBRINDO A HISTÓRIA.
Depois que todos os quebra-cabeças foram montados, cada criança teve que descobrir a qual história bíblica se referia e contar um pouco sobre essa história para seus colegas. Havia apenas uma história que as crianças não conseguiam identificar, então contei para todos e conversamos sobre como aplicá-la em nossas vidas hoje.
5. DO QUEBRACAEÇA AO LIVRO
Para finalizar a atividade, cada criança me ajudou a colocar o quebra-cabeça montado na página correspondente do livro e depois o ensinou, completando para os colegas.
ADAPTAÇÕES
Essa atividade pode ser feita dentro ou fora da igreja, tanto nas atividades bíblicas, como nas escolas, oficinas de educação emocional, etc.
Exemplos: 1. Usei histórias bíblicas porque estava fazendo uma atividade espiritual, mas poderia fazê-lo em associações (que me contratam para fazer oficinas) usando o livro quebra cabeça do Pequeno Príncipe ou outro que eu tivesse. 2. Você pode fazer em casa com uma ou mais crianças, escondendo os quebra-cabeças pela casa; 3. Você poderia fazê-lo no PARQUE, escondendo os quebra-cabeças entre as plantas (mas seria necessário ter uma superfície lisa e estática para montar o quebra-cabeça).
O QUEBRACABEÇA PARA FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
Agora deixo-vos com pequenos excertos do projeto final de licenciatura, realizado por María San Frutos González “QUEBRA-CABEÇAS PARA FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS” que pode ler na íntegra clicando aqui (atenção, está em castelhano)
A capacidade de síntese e análise.
Coordenação óculo-manuela.
inteligência visuoespacial.
Motricidade fina.
Pensamento lógico.
Criatividade.
Desenvolve o exercício mental, exercitando os lados direito e esquerdo do cérebro. O direito é responsável pela criatividade, emoções e pensamento intuitivo; e o esquerdo é o lado lógico, objetivo e metódico (Gordillo, 2020. p.2).
Segundo Moreno (2016), as funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas cujo principal objetivo é facilitar a adaptação das pessoas a novas situações. Essas habilidades são essenciais para a vida em geral, e para o adequado aprendizado acadêmico em particular, desde a primeira infância.
As funções executivas são a essência do nosso comportamento, são a base dos processos cognitivos e constituem o elemento de maior valor diferencial entre o ser humano e as outras espécies (Portellano, 2005), pois englobam um conjunto de competências cujo objetivo principal é facilitar a adaptação do indivíduo a situações novas e complexas, indo além dos comportamentos habituais e automáticos (Collette et al., 2006).
Algumas das habilidades que são trabalhadas através das funções executivas segundo Gioia et al. (2000a,b). Serão as seguintes que dividiremos em dois grandes blocos: habilidades socioemocionais e habilidades cognitivas.
1.1 Habilidades socioemocionais
Inibição: É a capacidade de interromper nosso próprio comportamento no momento certo, o que inclui ações e pensamentos ou atividade mental. O oposto da inibição é a impulsividade. Se temos uma fraqueza para interromper a ação dirigida por nossos impulsos, então somos “impulsivos”.
Mudança: É a capacidade de mover-se livremente de uma situação para outra e pensar com flexibilidade para responder adequadamente a uma situação.
Gestão Emocional: É a capacidade de modular as respostas emocionais, de modo que usemos pensamentos racionais para controlar os sentimentos.
Planejamento: É a capacidade de lidar com as demandas de uma tarefa orientada tanto para o presente quanto para o futuro.
Organização de materiais: É a capacidade de colocar ordem no trabalho, lazer e tempo livre e em espaços dedicados ao armazenamento.
1.2 Habilidades cognitivas
Em relação às habilidades cognitivas, mencionamos duas delas, que trabalharemos na proposta de intervenção. Que são:
Auto-supervisão, sendo esta a capacidade de manter o controle de nossas tarefas.
Ser autônomo ao medi-los e avaliá-los. Levando em conta modelos previamente estabelecidos, para que a criança saiba o que precisa ou o que se espera dela.
Da mesma forma, temos memória de trabalho, que leva em consideração a possibilidade de reter informações em nossa mente. É o tipo de memória responsável por reter e processar temporariamente a informação, uma vez realizadas as tarefas cognitivas (Flores, Fernández, 2016).
Gostou? O que você achou da atividade? Se você achou interessante, peço que compartilhe em suas redes sociais. E se você fizê-la, eu gostaria de saber como foi.
Antes de responder a essa pergunta, é muito importante esclarecer que é super natural que uma criança dessa idade tenha momentos em que expresse a raiva de uma forma bastante forte. Essa é a idade da birra, principalmente porque ao não conseguir se comunicar de forma adequada com o adulto a criança se frustra e daí surge a expressão da raiva. Poderia falar muito mais sobre esse assunto, inclusive citando a vários autores, porém prefiro ir direto à resposta que dei à psicóloga que me enviou essa pergunta:
Aqui vemos uma criança muito pequena, que está atuando de acordo com a sua idade. O que se pode fazer nesse caso é um processo psicopedagógico. Utilize contos com pouco texto e imagens potentes, com personagens humanos expressando as suas emoções. No meu livro “Carlota não quer falar” que você pode conhecer clicando aqui, trabalho diversas emoções e a criança pode interagir com a história. Também possuo material em PDF Gratuito que você pode solicitar o qual possui diversas atividades para aplicar com crianças de diversas idades. Se quiser o material preencha o formulário abaixo que lhe envio.
Outro dia, numa das aulas que dou no Instituto de Psicologia IASE, aqui na Espanha, uma das alunas que é psicóloga, explicou que deixou de trabalhar com o público infantil, porque os pais não se envolviam na terapia. Ela utilizou a seguinte metáfora: “Era se como as crianças chegassem sujas no meu consultório, então eu as lavava com carinho, deixava elas cheirosas e limpinhas e as entregava para os pais. E na seguinte sessão elas voltavam outra vez sujas.” Muitos profissionais me expressam a mesma frustração.
Por essa razão, penso que a ação mais importante é envolver os pais na terapia, e ensiná-los a lidar com as suas próprias emoções e também as emoções da criança. Do contrário, toda intervenção psicológica será em vão. Muitas alunas psicólogas me disseram que é difícil trabalhar com terapia infantil, porque os pais não estão dispostos a participar do processo, esperam que elas em uma ou duas sessões semanais “resolvam o problema”, no entanto é difícil efetuar um trabalho consistente quando a criança regressa a casa e os pais não ajudam no processo, porque não estão preparados e não querem preparar-se. Nesse caso, SUGIRO UTILIZAR CONTOS COM OS PAIS, para que eles identifiquem a sua necessidade de participar da terapia.
CONTO: RONALDO SOU EU
“Era um lindo dia e um jovem pai passeava no parque, empurrando o carrinho onde o seu filho chorava.
Enquanto o homem caminhava pelo parque, ia murmurando baixinho e suavemente:
_ Tranquilo, Ronaldo. Mantém a calma, Ronaldo. Tudo está bem! Relaxe-se, Ronaldo. Tudo irá bem, você verá.
Uma mulher que também passeava pelo parque, escutando as palavra daquele pai, lhe disse:
_ Você realmente sabe como falar com uma criança… com calma e suavemente. É admirável!!!
A mulher se inclinou sobre a criança que estava no carrinho e disse com ternura:
_ Qual é o problema, Ronaldo?
Então o pai disse rapidamente:
_ Oh, não senhora… ele é Enrique. Ronaldo sou eu!”