Resenha Filme: Mary Poppins

(Para leer la reseña en Español: Reseña de Película: Mary Poppins)

Loucos por Mary poppins
Fotografia de arquivo: Claudine Bernardes

Loucos por Mary Poppins

“O vento do leste e a brisa do mar espalham o que há de novo”.

Você já viu Mary Poppins? – Me perguntou um dia meu marido enquanto perambulávamos por uma grande loja. Peguei a caixa do DVD nas mãos, olhei bem… Quem não ouviu falar de Mary Poppins? No entanto minha resposta foi “Não “carinho”, nunca vi esse filme”. Desde então já organizamos muitas sessões de cinema, onde meu marido, o nosso pequeno e eu nos divertimos vendo Mary Poppins e comendo pipoca. É verdade que amamos ver filmes e séries antigas, inclusive nosso filho de 5 anos já está acostumado com os nosso personagens favoritos como Cantinflas, O Super-heroi Americano, Jennie o Gênio e outros. No entanto, com Mary Poppins dançamos juntos, pulamos pela sala, nos divertimos com os sapecas Jane e Michael Banks e choramos cada vez que demitem a Mr. Banks. É um filme lindo!

Embora seja um filme de 1964, não podemos negar que Mary Poppins é um Filme atemporal (ao menos no meu ponto de vista). O meu filho ama esse filme, inclusive de vez em quando me diz: “Mãe, já faz dias que não vemos Mary Poppins”, e lá vamos para outra sessão mais. Por que recomendo Mary Poppins? É um filme divertido, emocionante, e que ensina a importância da família. Ensina que os pais devem passar tempo com seus filhos e que os filhos devem expor seus sentimento aos pais.      

O que falar da trilha sonora? São todas canções lindas! Os irmãos Sherman fizeram um grande trabalho. Algumas são tão singelas enquanto outras são tão alegres e divertidas. Agora mesmo, enquanto escrevo este post escuto suas músicas. A minha preferida é Chim-Chim-Cheree:

Ou parte que gosto muito é quando Mary Poppins, Bert, Jane y Michell são tragados pela chaminé e começa a dança no telhado, Step in time (é uma pena que não encontrei nenhuma me português).

As vezes, assim sem mais, começo a cantar e o meu filho entra na canção comigo:

Com um pouco de açúcar
Até remédio é um prazer!
Remédio passa a ser, bom de paladar
Só um pouco de açúcar faz qualquer remédio ser
Bem gostoso de tomar.

Na verdade considero que Disney fez um grande trabalho com a produção e adaptação do livro de P. L. Travers, ainda que a autora não estivesse de acordo. Entendo o seu desacordo já que o filme ficou bastante diferente do livro. Entretanto, na minha opinião o que vale é o resultado final; se as crianças (grandes ou pequenas) gostaram e desfrutaram com o filme. E isso eu posso confirmar, nos divertimos muito com Mary Poppins. 

Resenha livro: Igreja entre aspas.

Somos pedra ou gente?

livro Tuco Egg, editora Grafar
Fotografia de arquivo: Claudine Bernardes

O autor desse livro, “Tuco Egg” é um desses cristãos que não encaixam na atual estrutura dos cristianismo brasileiro. Um tipo simpático, que gosta de aventuras “montanhescas” e tererê com limão. Conheci esse camarada e sua agradável família em uma “trip” inusitada ao Petar (Parque Estadual Turístico do Alto da Ribeira). Ele, juntamente com um grupo dos Montanhistas de Cristo, me receberam de braços abertos, e me incluíram na sua aventura sem nunca ter me visto antes.

Por isso, quando vi que Tuco estava lançando um livro fiquei super curiosa. Removi céus e terras para conseguir trazer o livro do Brasil e por fim consegui.  Mas, o que é isso de igreja entre aspas? Tuco Egg começa o segundo capítulo do livro com uma citação bastante interessante:

É difícil fugir da conclusão de que, hoje, uma das maiores barreiras que se erguem contra o evangelho de Jesus Cristo é a igreja institucionalizada.       (Snyder 2001:23)

Essa “igreja institucionalizada“, que é na verdade a igreja entre aspas indicada pelo autor, difere muito da Igreja de Cristo, um corpo formado por pessoas, não um templo feito de pedras. No entanto, hoje em dia se observa que para essa igreja o “crente” é um cliente “… então mantê-lo  interessado é questão de sobrevivência.”

E Tuco continua alfinetando a atual triste realidade do cristianismo ao dizer: “O cristão moderno tem música, revistas, programas de televisão e rádio, grifes de roupa, livrarias, eventos, feiras, restaurantes, shows, dança, teatro voltados para entretenimento próprio. Na nossa realidade cristã, o auge do discipulado acontece quando conseguimos transformar um crente novo em alguém tão esquisito e alienado quanto nós mesmos.” Estas são palavras muito fortes, mas precisavam ser ditas.

Percebi que a intenção do autor não é criticar por criticar, porque ele é um cristão comprometido e sincero. Por essa razão, apontando e revelando o problema, também nos convida a pensar, buscar uma solução e reagir. Não nos conformemos com a igreja entre aspas, vivamos a Igreja de Cristo, a Noiva, que não tem portas, janelas ou paredes. Que, no entanto, tem a mão estendida para ajudar aos necessitados, os braços para abraçar os que necessitam de amor, os pés para caminhar e alcançar os perdidos, e principalmente, a boca para anunciar o verdadeiro Evangelho de Cristo.

verdadeiro evangelho de Cristo
Fotografia frase e edição: Claudine Bernardes

Acredito que devamos fazer o exercício constante de renovar nossas mentes, autocriticar-nos para ver se o que estamos vivendo não é mais que um ato religioso, quando deveria ser uma relação com Deus. Por essa razão recomendo a leitura do livro “Igreja entre aspas. Somos pedras ou gente?” de Tuco Egg, publicado pela Editora Grafar. Tuco Egg também escreve no seu Blog “A Trilha“, ali você pode conhecer um pouco mais sobre o autor.

Lembre-se que “A Caixa de Imaginação” é um canal de comunicação bilateral. Será gratificante receber seus comentários e ideias.  Se gostou,  por favor, compartilhe! (En “La Caja de Imaginación” puedes leer también el post en Español: Reseña del libro “Iglesia entre comillas. ¿Somos piedras o personas“)

Resenha Filme: Caçadores de Obras-primas

Monuments Men

monuments men , resenha
Foto de arquivo: Claudine Bernardes

Estava desenvolvendo minhas atividades de “Amélia” no supermercado, quando me deparei com o DVD “Caçadores de Obras-primas “(Monuments men), por apenas seis euros. Fiquei tão emocionada quando o encontrei que até esqueci dos tomates! Talvez se esteja perguntando: não seria mais econômico baixar da internet? Me chame de boba se quiser, mas sou do tempo em que se costumava valorizar o trabalho realizado por outros e, portanto, respeito os direitos de autor.

O filme está baseado no livro de Robert M. Edsel, e conta a história de um grupo de especialistas em artes que, durante a Segunda Guerra Mundial, se alistam no exército americano. Sua missão é recuperar o patrimônio histórico e artístico roubado pelos nazistas. Deixo para verdadeiros críticos dizer qualquer coisa sobre a qualidade do filme, do elenco ou do roteiro. Simplesmente quero chamar a atenção sobre a importante mensagem que ele aporta: A importância de proteger a história de um povo.

caçadores de obras primas
Imagem dos verdadeiros “Monuments Men”.

Conforme palavras do crítico de cinema Márcio Sallem: “Para destruir uma nação não basta apenas invadir seu território, aniquilar suas estruturas e exterminar seu povo, mas também riscar dos anais da história toda sua memória cultural. Era isto que Adolf Hitler, cujo passado nebuloso na Academia de Belas Artes em Viena lhe qualificava para ser um ressentido “amante” da arte, planejava fazer enquanto pilhava, igual a um pirata, as obras de artes das cidades que ocupava. Trabalhos de Monet, Picasso, Cézanne e Rodin, todos bens da coletividade usurpados para integrar o acervo do jamais construído Museu do Führer e ornar as salas de estar dos generais alemães, quando não enviados para destruição e consequente esquecimento.

Uma das frases que mais me tocou durante o filme foi dita pelo personagem protagonizado por George Clooney (George Stout):

Frase filme caçadores de obras primas
Foto de arquivo e composição: Claudine Bernardes

Viver em um país tão carregado de história como Espanha, me fez compreender a importância de resguardar a cultura, e os patrimônios históricos. Entrar em castelos antigos, onde outrora caminharam os templários, por exemplo; tocar as paredes de um antigo monastério, ou a monumental Mesquita de Córdoba, produz em mim o sentimento de fazer parte do grande oceano que é a história da humanidade. É algo que desejo que meu filho e meus netos experimentem. Por essa razão, compreendo o importante trabalho realizado pelos “monuments men” durante a Segunda Guerra Mundial.

Há outra frase, que apesar de não ter sido dita no filme, reflete todo meu pensamento sobre a importância de conhecer a nossa história:

Não saber o que passou antes do teu nascimento
Foto de Arquivo: Claudine Bernardes

E quando me refiro à história, não penso somente nos grandes momentos históricos ou na biografia de personagens “importantes”. Penso que assim como a humanidade necessita conhecer sua história, cada integrante deste conjunto também deve ter o direito assegurado de conhecer sua própria história. Porque, o que é a história da humanidade senão o conjunto de histórias de todos os indivíduos?

Portanto, e apesar de toda crítica negativa que o filme recebeu, recomendo que você o assista. Além disso, para os amantes dos documentários, recomendo “O Estupro da Europa”, um documentário realizado por National Geographic que conta a história dos “Monuments men”.

Lembre-se que “A Caixa de Imaginação” é um canal de comunicação bilateral. Será gratificante receber seus comentários e ideias.  Se gostou,  por favor, compartilhe! (Pinche para leer el texto en Español: Monuents Men)