Oficina de Emoções com o Conto Carlota não quer falar

O objetivo da oficina é que os participantes compreendam o efeito das emoções, identificando-as no momento em que ocorrem (consciência emocional), não somente em si mesmas, mas também em outros.  Além disso, também aprenderão sobre a importância de falar sobre os seus sentimentos, e receberão ferramentas para administrá-los (regulação emocional). Exercitarão também a empatia e a assertividade que são essenciais  para melhorar suas competências sociais. 

O Conto Carlota não quer falar (de minha autoria e publicado no Brasil pela Editora Grafar) pode ser comprado no seguinte link  Conto Carlota Não Quer Falar

É importante esclarecer que ainda que este material num princípio tenha sido pensado para um público infantil, muitos professores e psicólogos estão utilizando com adolescentes e adultos. Eu mesma já adaptei esta oficina para trabalhar com um grupo de mães. 

Oficina de Emoções com Carlota

Oficina das emoções carlota não quer falar contoterapia sentimentos

A Oficina está formada de três partes  

  1. PRIMEIRA PARTE: CONEXÃO COM O PÚBLICO

Quando realizo esta atividade com público infantil por primeira vez, ou seja, com um público que não me conhece levo comigo o meu TAPETE MÁGICO.  Se trata de um tapete de crochê feito pela minha mãe. Digo aos participantes tenho um tapete mágico… não, não se trata de um tapete que voa, é um tapete que ajuda a minha imaginação a voar e criar novos contos. Mas esse tapete necessita de combustível… e o combustível é o amor. Pois ele foi feito com muito amor pela minha mãe. Por isso necessito que eles coloquem um pouco de amor no tapete. Distribuo fitas de cetim, peço que escrevam os seus nomes, que depositem um beijo na fita e que a amarrem no tapete. Agora eles me acompanharão sempre, porque um pouco do seu amor está no meu tapete. As crianças adoram esta parte.

2 . METÁFORA: O balão a caixa e a pedra

Metáfora terapêutica Taller oficina de emociones emoções sentimentos

Antes de começar a contação faço uma introdução bastante gráfica, utilizando um balão, uma caixa e uma pedra. Os participantes se divertem muito nesta parte e criamos uma conexão muito boa.  O conto começa com as frases: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.”

Para que os participantes possam compreender mais profundamente o sentido dessas metáforas, começo enchendo um balão vermelho. A medida que vou enchendo o balão, paro para conversar com elas e dizer-lhes que acho que ainda falta encher um pouco mais. As crianças começam a ficar preocupadas, porque o balão está muito cheio, porém não esperam que eu siga enchendo. Até que “bummm” o balão explode e elas se assustam.  “Isso é o que passa quando enchemos muito o balão”, lhes digo, e depois sigo com a caixa.

Se trata de uma caixa de sapatos decorada, com um coração na parte superior e um  buraco no centro, onde a criança pode introduzir a sua mão. Dentro da caixa coloco uma pedra pesada. A caixa simboliza o coração e a pedra simboliza os sentimentos que vamos guardando dentro dele. Primeiro peço para cada criança segurar a caixa, e pergunto: Está pesada ou leve? Vocês acham que seria fácil caminhar durante horas carregando este peso? Depois, cada criança introduz a mão na caixa, e faço outras perguntas: O objeto é suave ou áspero? É  agradável tocá-lo? Neste ponto, as crianças descobrem que se trata de um pedra, assim que retiro a tampa da caixa e mostro a pedra para elas.

Durante esta parte introdutória, não explico o sentido da metáfora, já que elas compreenderão o significado destes objetos, e a conexão deles com os sentimentos, durante a contação. Evito fazer explicações, para que as crianças possam captar o ensinamento, de acordo com a capacidade individual, a idade e experiências pessoais. Agindo assim, não subjugo o conhecimento delas. 

Depois de ter integrado na mente das crianças, os conceitos base, através da experimentação, passamos para a seguinte parte que é a contação.

 3. CONTAÇÃO: Carlota não quer falar

Como já disse, o conto está cheio de metáforas para explicar os sentimentos de forma experimental. Como se trata de um conto interativo, as crianças se sentem parte da história e participam ativamente durante toda a contação. É uma experiência muito significativa para elas. Começo a contação apresentando o problema de Carlota e convidando as crianças a ajudarem ela: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.” Vocês gostariam de ajudar a Carlota? Para isso, todos têm que falar por ela. Vocês estão de acordo? 

O conto apresenta quatro problemas: 1) Carlota incomodou-se com um menino no parque; 2) Carlota tem problemas para dormir; 3) Carlota se sentiu mal porque a sua melhor amiga Julia estava brincando com outra menina; 4) Carlota se sentiu mal porque pegou a boneca da sua amiga sem pedir. Apresento o problema, e pergunto às crianças o que está sentindo a protagonista. Depois, pergunto o que ela deve fazer para resolver o seu problema e sentir-se melhor. Para cada uma dessas questões, há duas opções dentro da história. Faço a criança pensar o que aconteceria ao escolher uma ou outra opção.

Exemplo: Carlota não consegue dormir. As crianças já identificaram que ela não consegue dormir porque sente medo. Opções: a) Ela deve ficar acordada toda a noite; b) Ela deve confiar que papai e mamãe estão cuidando dela.  O que aconteceria se ela ficasse acordada toda a noite? Como se sentiria no dia seguinte? Estaria bem para estudar ou brincar?

Depois que conversamos e pensamos nessas possibilidades e as crianças fizeram as suas escolhas, lhes digo: Vejamos qual foi a escolha da Carlota. Será que ela escutou o conselho de vocês?

Então, passamos a página e aí está o resultado. As crianças desfrutam muito nesta parte, porque esperam que Carlota tome a decisão correta. Nesta parte também introduzimos metáforas para explicar cada sentimento. Devemos conversar com as crianças sobre essas metáforas, fazendo perguntas para que elas possam entendê-las. Exemplo: “O perdão é como um banho de mar num dia de calor”. Quem gosta do verão? Faz muito calor, né? Quando sentimos muito calor, o que podemos fazer? Ir na praia é uma boa ideia. Agora imaginem que está fazendo muito sol, você sente muito calor e se joga na agua do mar, ou na piscina… o que você sente? Respostas que costumam aparecer: frescor, alivio, tranquilidade, alegria.

Terminamos a contação com Carlota agradecendo as crianças por ajudá-la a falar sobre os seus sentimentos. É Maravilhoso ver os olhinhos delas brilhando ao perceber que puderam ajudar a protagonista do conto. Todas estão sorrindo e felizes 🙂

Vejamos as metáforas que aprecem no conto:

4. Exercício de conhecimento e gestão dos sentimentos: O Semáforo

Metáfora terapeutica balão Globo pedra caixa lidera Caja

Depois que as crianças vivenciaram a história da protagonista, participando ativamente da contação, esperamos que elas ao menos tenham compreendido a importância de expressar os seus sentimentos, além de identificar alguns sentimentos apresentados na história.

Agora chegou o momento de que as crianças compreendam a importante de gerir estes sentimentos e para isso utilizo a Metáfora do Semáforo, que é uma técnica para aprender a identificar o grau de intensidade de um sentimento, além de como enfocá-lo. Dependendo do tempo que disponho, também utilizarei outra metáfora, que é a Técnica do Vulcão (esta última a modo de introdução para a outra).  Desenvolvo esta parte da seguinte maneira:

Mostro para as crianças a imagem de um Semáforo (pintado por mim) e pergunto se elas sabem o que é. Depois lhes peço que me expliquem o que significa cada cor no semáforo. As crianças explicam sem problemas, porque todas conhecem o seu funcionamento. Depois começo a explicar-lhes que os semáforos foram criados para ajudar a controlar o trânsito, principalmente os carros que gostam de correr muito rápido. Algumas vezes temos sentimentos que são como carros descontrolados, que correm a toda velocidade. Um carro descontrolado é muito perigoso e pode machucar tanto as pessoas que encontra pelo caminho, quanto a pessoa que vai dentro dele. Os sentimentos descontrolado podem provocar estragos semelhantes. Assim como o semáforo controla o trânsito, também podemos utilizar o semáforo dos sentimentos para ajudar a controlar o que sentimos. As vezes sentimentos raiva porque alguém nos ofendeu, e também as vezes essa raiva é tão forte que pode tomar controle da nossa mente e provocar que façamos dano a pessoa que nos ofendeu. Quando sentimos a raiva borbulhando dentro de nós, como um vulcão em erupção, pronto a explodir, então devemos PARAR (mostrar o Sinal vermelho), respirar fundo e contar de 5 até 0. Se já nos sentimos um pouco mais tranquilos então passaremos para o Sinal Amarelo (mostra sinal Amarelo – PENSAR). Vamos pensar nas opções que temos, e o resultado de tomar cada uma delas. Me sentiria bem se batesse na pessoa que me provocou? Isso resolveria o problema? Posso perdoá-la e tentar conversar sobre o problema com ela. Quando já pensamos na melhor opção, então chegou a hora de seguir adiante com o Sinal Verde (Mostrar Sinal Verde – Fazer). Agora vamos fazer aquilo que decidimos anteriormente.

Parece um pouco longo e complicado, mas na prática é muito fácil e as crianças compreendem muito bem a proposta. Depois da conversa/explicação, daremos os semáforos para que as crianças pintem e montem, para levar às suas casas.

Oficina das emoções carlota não quer falar contoterpia técnica semaforo gestão de sentimentos

Se ainda temos um pouco de tempo, jogamos o Ludo das Emoções, para colocar em prática um pouco do que aprendemos.


Também podemos realizar atividades corporais, jogos e brincadeiras de reconhecimento de emoções. Peça o Projeto de Educação Emocional e receba de forma GRATUITA.

No Projeto de Educação Emocional com Carlota você encontrará uma parte teórica, onde explico o que é a contoexpressão e como utilizá-la, também falo sobre a educação emocional. Há também uma parte teórico-prática com muitos jogos, técnicas de gestão dos sentimentos, fichas para colorir, atividades etc.  Para conseguir Projeto você só tem que preencher o formulário abaixo, e em breve enviarei o material em pdf e de forma gratuita para você.  Se gostou do conto e quer saber como comprá-lo clica aqui. 

Se gostou do post, compartilhe nas suas redes sociais. Também deixe seu comentário, gosto muito de interagir com os leitores.  Um grande abraço e até logo! 😉

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(Se no prazo de 3 dias você não recebeu a minha resposta, olhe na pasta de emails não desejados ou volte a escrever-me, as vezes algumas pessoas não escrevem o e-mail corretamente)

Novidades!!! Já realizamos dois cursos e foi um Sucesso! Contoexpressão: vem aprender também.

 

1 Contoexpressão Sao Paulo 16

Oi, Tudo bem??? Cheguei dia 9 de julho no Brasil e já coloquei as mãos na massa.  Depois de uma semana em São Paulo preparando tudo para o primeiro Curso, realizamos na UNIBES-Cultural o primeiro Curso de Contoexpressão no Brasil.

Foi no dia 14 de Julho na linda Biblioteca da UNIBES CULTURAL, organizado pelo Professora e Psicóloga Márcia Ferreira.

1 Contoexpressão Sao Paulo 17

Todos os participantes estavam muito felizes por terem participado do curso, e disseram que superou as expectativas!!!! Que legal!!!

Depois chegou o nosso segundo Curso na Cidade de Navegantes, na Santa e Bela Catarina. O Evento foi Organizado por Andrea Dias, professora e Narradora Oral. Mais um sucesso!!! Todos os participantes disseram que o curso foi revelador.

Quer participar também???

Ainda dá tempo!!! Visitarei algumas cidades antes de voltar para Espanha: Criciúma/SC dias 3 e 4 de Agosto. Curitiba/Paraná dia 18 de Agosto e Belo Horizonte dia 25 de agosto.

O que você aprenderá nesse curso???

O Curso de Contoexpressão: Educação Emocional e Terapia Através de Contos é um curso SEMIPRESENCIAL de 30 horas. São 8 Horas presenciais e as demais serão realizadas online através do Campus Virtual da EPsiHum (Escuela de Terapia Psicoexpresiva Humanista del Insituto IASE), com sede na Espanha e da qual eu sou professora.

Os participantes experimentarão em primeira pessoa a Contoexpressão. Depois da vivência conhecerão a técnica e suas ferramentas, e como utilizá-la no dia a dia, tanto na sala de aula, como em terapia e também na educação dos filhos.

Falaremos sobre a importância do estabelecimento de um Horizonte de Significado, o seu conceito e a importância dos contos e gêneros narrativos. Faremos um Tour pela Jornada do Heroi, explicada de uma forma didática e cheia de exemplos.

Faremos uma Oficina de Autoestima, a qual posteriormente será enviada aos participantes para que possam desenvolvê-la com grupos de diversas idades.

E para terminar os participantes conhecerão diversos contos e técnicas para aplicar com crianças com TDAH. Quer mais??? Não esqueça que ainda teremos a parte online e uma orientação individual para aplicar a técnica na área de atuação.

 

Quer mais informação? Basta preencher o formulário Abaixo:

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PICTOCONTOS: A importância da linguagem Simbólica no Autismo


Pictoconto - A excursão de Tika 1

Como vocês já sabem sou especialista em contos e fábulas terapêuticas e através deste blog compartilho formas de utilizar os contos na educação, como uma forma de dar suporte a tantos profissionais que buscam materiais e novas sugestões de atividades. Este material está dedicado à minha prima Alessandra Vieira, mãe de um lindo menino autista, e Diretora da AMA de Navegantes (Associação de Pais e Amigos de Autistas) Um dia ela me disse: Clau, por que não preparas algo para os autistas? Como promessa é dívida, aqui está este material. Espero que sirva de ajuda. Tenho outros mais que estarei postando pouco a pouco. Se inscreva neste blog para receber as atualizações e ter acesso a muitos outros materiais exclusivos.

LINGUAGEM SIMBÓLICA


Segundo a fonoaudióloga Nola Marriner (1992), a linguagem simbólica define-se como uma linguagem representada por símbolos ou signos, imagens, desenhos e palavras impressas, estas podem ser escritas e lidas. Portanto, a linguagem simbólica é uma representação gráfica audiovisual que indica atividades e ações reais provocando estímulos sensoriais perceptíveis. Porém, dentro de todo o que foi estudado até o presente momento, observamos que a linguagem simbólica vai muito mais além desta definição e encontrando-se como suporte necessário dentro da comunicação humana, e também para o desenvolvimento pessoal.

Para crianças afectadas pelo autismo, desenvolver uma linguagem simbólica é de grande importância, porque é um estímulo e suporte para despertar e aumentar a comunicação e compreensão da linguagem falada, ajudando a estruturar atividades, eventos previsíveis, rotinas, comportamentos e a se comunicar de forma interativa. De tal forma que a linguagem simbólica permite antecipar os eventos e também evitar a ansiedade ou comportamentos inadequados.

Através da linguagem simbólica, é possível desenvolver as habilidades e aprendizados da vida cotidiana, relacionamentos consigo mesmo, relacionamentos com os outros e com a natureza. De tal forma que crianças com autismo leve podem estar cientes de suas próprias necessidades, interagir com o ambiente ao seu redor, expressar sentimentos em relação a outras pessoas e ter comportamentos apropriados, etc.

Como afirma Reyes (2010) 2, todos os profissionais devem ter material adaptado para trabalhar no desenvolvimento das capacidades das crianças. Por exemplo, no caso de crianças com TEA, elas são aprendizes visuais, portanto, pictogramas, imagens que representam palavras e uma das ferramentas atuais de trabalho com crianças com dificuldades que os ajudam a entender melhor as histórias, devem ser usadas.

De alguma forma, as crianças autistas devem aprender habilidades sociais para relacionar-se com os outros. As histórias são uma boa ferramenta e os resultados geralmente são, na maioria dos casos,  positivos.

Todas esses contos adaptados a crianças com autismo compartilham uma série de características:

– As imagens são estruturadas e organizadas. Eles se destacam por sua cor e simplicidade para que as crianças possam reconhecê-los.

– As páginas têm frases curtas e simples para que não haja excesso de informação.

– Palavras têm suporte visual, pictogramas. Isso é útil para guiar as crianças e chamar sua atenção.

– Os contos são histórias curtas para que os leitores possam reter todas as informações.

– Aspectos cognitivos são trabalhados para fazer o leitor pensar e entender.

– Eles são projetados tanto para ativar a aprendizagem e incentivar o prazer pela leitura.

Assim, observamos que para o trabalho com crianças com autismo é necessário compreender a importância dos símbolos gráficos, já que estas crianças aprendem melhor através deles.

O que é um PICTOCONTO?

Para entender o que é um Pictoconto devemos entender primeiro o que é um pictograma. Pictogramas são representações de objetos e conceitos traduzidos em uma forma gráfica extremamente simplificada, mas sem perder o significado essencial do que se está representando. Seu uso geralmente está associado à sinalização pública, instruções, orientações e qualquer outro meio para transmitir informações. É muito comum encontraro uso de pictogramas em diversos contextos cotidianos, como placas em shoppings, aeroportos, guias, manuais, mapas, infográficos, etc..

O pictograma deve, por si só e sem o auxílio de textos, representar o objeto ou conceito que se deseja e ser facilmente identificado e compreendido por quem o observa. Bons pictogramas tendem a ser compreendidos de maneira universal, ultrapassando os limites linguísticos. Praticamente qualquer objeto ou situação pode ser transcrita em forma de pictogramas e suas aplicações são quase infinitas.

Veja abaixo um exemplo de pictograma para explicar o processo de escovar os dentes:

Rotina para limpar os dentes

Assim sendo um PICTOCONTO é uma história que pode ser contada total ou parcialmente através de pictogramas. Os Pictocontos se constituem num excelente material para ensinar e preparar as criança autistas para diversas circunstâncias.

 

ATIVIDADE: A EXCURSÃO DE TIKA 

A seguinte atividade proposta se chama “A excursão de Tika” e é um PICTOCONTO que ajudará a criança autista a compreender as circunstâncias que podem ser vividas num passei pelo campo e assim interiorizar este conhecimento (Este conto foi desenvolvido por Irene Ruiz Encinas). Tendo em vista que as crianças autistas aprendem melhor através de símbolos e signos visuais, ao contar a história à criança, indique os pictogramas contidos no material. Também seria interessante imprimir o Material e recortando os pictogramas de cada lâmina do conto, propor à criança que coloque em ordem as ações narradas.

Algumas imagens:

Baixe o material em PDF para poder imprimir e utilizá-loATIVIDADE PICTOCONTOS – Autismo – A excursão de Tika – conto

O conto pode ser contados algumas vezes, inclusive através de kamishibai e é possível perguntar às crianças sobre sentimentos que se pode experimentar num passeio ao campo. Utilize este material para dar passo a momentos de conversa, para falar sobre sentimentos, sobre situações já vividas e outras que se podem viver, tanto em família como nos grupos dos quais a criança faz parte.

Gostou desse material? Você já conhecia os pictocontos? Conhece material semelhante que poderia ser de ajuda? Compartilho conosco a sua experiência. Também compartilhe este post nas suas redes sociais e grupos, para que outras pessoas possam conhecer no nosso trabalho e ser de ajuda a muitas famílias e profissionais. Obrigada por passar pela “Caixa de Imaginação”

Se gostou da minha metodologia de trabalho, venha conhecer a Contoexpressão e saber como utilizar diferentes ferramentas na Educação, através do Curso Semipresencial Contoexpressão: Educação Emocional e Terapia Através de Contos. Aproveite esta oportunidade porque estarei no Brasil durante apenas algumas semanas. Cursos nas cidades de São Paulo, Sumaré, Curitiba, Criciúma, Belo Horizonte. Veja mais informação nesse link ou escreva-me através do formulário abaixo. Super abraço. 

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Quando a tristeza se disfarça de fúria: uma atividade para desenvolver a consciência emocional.

 (Para leer el artículo en castellano pincha aquí)

1 Atividade O Iceberg - educação Emocional - Claudine Bernardes

Escute este Post através do  Podcast:

Oi, tudo bem? Resolvi chamar esta atividade de “O Iceberg”, e você compreenderá o porquê durante a explicação. O Iceberg é uma atividade para ajudar a desenvolver a consciência emocional. Você pode utilizar este material tanto com crianças de primária, como adolescentes, jovens e adultos. É importante que eles já tenham tido algum contato com alguma atividade de educação emocional, para que a experiência seja mais completa, ou seja, é interessante que já tenham um vocabulário emocional básico (Para isso sugiro utilizar o meu conto “Carlota não quer falar” e o Projeto Educação Emocional com Carlota).

Durante o último mês estive utilizando este material com o meu grupo de prova, que está formado por aproximadamente 7 crianças (6 a 11 anos). Neste grupo existem crianças com situações muito diferentes, tais como: TDAH, altas capacidades, DEL (distúrbio específico da linguagem). Eles adoraram fazer as atividades propostas. Durante o processo tive que fazer algumas alterações e adaptações no material. Além disso também utilizei este material para realizar uma oficina com um grupo de adolescentes, e a resposta foi muito positiva. Porém, antes de apresentar a atividade em si, quero falar um pouco sobre a Consciência Emocional.

O QUE É CONSCIÊNCIA EMOCIONAL?

A CONSCIÊNCIA EMOCIONAL é a capacidade de reconhecer um sentimento no mesmo momento em que ele aparece; é a pedra angular da Inteligência Emocional.

A criança não possui um conhecimento emocional inato profundo. A percepção de nossas próprias emoções envolve saber como prestar atenção, ou decifrar o nosso próprio estado interno. Ou seja, se trata de fazer um auto-análise do que sentimos, no momento em que sentimos. Também é importante avaliar sua intensidade: é necessário detectá-los no momento em que aparecem, com pouca intensidade em princípio para poder controlá-los sem esperar a transbordar.

Muitos de nós não exercitamos a nossa consciência emocional quando éramos crianças, e isso torna as coisas mais difíceis agora que já somos adultos, você não acha? Então devemos começar a trabalhar nisso sem demora. O lado positivo é que podemos trabalhar as capacidades emocionais em qualquer lugar: Nas empresas onde trabalhamos; na sala de aula; nas igrejas; em casa; nas consultas; nas atividades estraescolares etc.

Agora vou contar uma pequena história pessoal para que você possa compreender a necessidade de trabalhar de forma específica a consciência emocional.

As vezes quando ia buscar meu filho ao colégio, ele me dizia: “_ Mãe, me sinto muito entediado.” – Confesso que, a princípio, me incomodou muito escutar isso, acho tão chato uma criança que reclama de tudo, principalmente de estar entediado, quando poderia utilizar a sua imaginação para divertir-se. No entanto, resolvi colocar de lado meus próprios sentimentos, e observar melhor aquela situação que estava repetindo- se constantemente. “_ Filho, porque você acha que está entediado? _É porque não tenho vontade de fazer nada. _Como assim você não quer fazer nada? Nem brincar com os teus brinquedos favoritos? _Me sinto muito cansado para brincar, mãe.”

Aí estava o problema! Ele estava cansado, porém como não conseguia compreender isso, dizia que se tratava de tédio.

Isso acontece com todos, adultos e crianças. Às vezes, a tristeza está disfarçada de raiva ou medo de frustração. Não reconhecer e expressar corretamente os sentimentos pode gerar sérios conflitos interpessoais.

Sugestões para desenvolver a consciência emocional

1. Aceitar que não compreendemos tudo: quando o assunto são as emoções, nada é tão claro e óbvio como pode parecer. Devemos saber que às vezes o sentimento que expressamos pode ser apenas “a ponta do iceberg”, uma reação a outro sentimento que está escondido abaixo, mais profundo, lá dentro de nós. A história de Jorge Bucay que proponho hoje pode ajudá-lo a criar essa consciência.

2. Pergunte e pergunte-se: De onde veio esse sentimento? O que causou isso? Existem outros sentimentos acorrentados a ele? Estou triste, é verdade. Mas, por que estou triste? O que aconteceu?

3. Conhecer as emoções: é importante saber como cada emoção é: como a sentimos internamente; como se expressa externamente; que linguagem é usada quando a sentimos; quais são as expressões corporais que acompanham uma determinada emoção

(através da minha história “Carlota não quer falar” e o Projeto de Educação Emocional que eu coloco à sua disposição gratuitamente em pdf é possível trabalhar essa habilidade).

Agora vamos ver como apliquei esta atividade

Painel Iceberg foto

1. Conte a história “A Fúria e a Tristeza”:

É uma maneira excelente para que os participantes compreendam a complexidade dos sentimentos:

Num reino encantado onde os homens nunca podem chegar, ou talvez onde os homens transitem eternamente sem se darem conta…
Num reino mágico onde as coisas não tangíveis se tornam concretas…
Era uma vez… Um tanque maravilhoso.

Era uma lagoa de água cristalina e pura onde nadavam peixes de todas as cores existentes e onde todas as tonalidades de verde se refletiam permanentemente… Aproximaram-se daquele tanque mágico e transparente a tristeza e a fúria para se banharem em mútua companhia.

As duas tiraram os vestidos e, nuas, entraram no tanque.
A fúria, que tinha pressa (como sempre acontece com a fúria), pressionada pela urgência – sem saber porquê – banhou-se rapidamente e, ainda mais rapidamente saiu da água… Mas a fúria é cega ou, pelo menos, não distingue claramente a realidade. Por isso, nua e apressada, pôs, ao sair, o primeiro vestido que encontrou….
E aconteceu que aquele vestido não era o dela, mas o da tristeza…
E assim, vestida de tristeza, a fúria foi-se embora.
Muito indolente, muito serena, disposta como sempre a ficar no lugar onde estava, a tristeza terminou o seu banho e, sem pressa – ou melhor dito, sem consciência da passagem do tempo – com preguiça e lentamente, saiu do tanque.
Na margem, deu-se conta de que a sua roupa já não estava lá.Como todos sabemos, se há uma coisa que não agrada à tristeza é ficar nua. Por isso vestiu a única roupa que havia junto do tanque: a roupa da fúria.
Contam que, desde então, muitas vezes nos encontramos com a fúria, cega, cruel, terrível e agastada. Mas se nos dermos tempo para olhar melhor, percebemos de que esta fúria não passa de um disfarce e, por detrás do disfarce da fúria, na realidade, está escondida a tristeza. (Jorge Bucay in “Contos para Pensar”)

2. Mostrar o Iceberg

Eu desenhei um Iceberg que você pode projetar ou imprimir e colocar na parede. Eu imprimi ele em A3 e o coloquei na parede para ilustrar o que eu estava explicando. O Iceberg é uma metáfora visual muito interessante para ensinar sobre sentimentos ocultos. Os grupos com os quais trabalhei foram capazes de entender muito bem toda a explicação do Iceberg e, em seguida, complementamos a atividade com os cartões para colocar os emojis, de acordo com a explicação abaixo.

Como já falamos, há sentimentos que são apenas a expressão externa de outros sentimentos mais profundos. Portanto, a raiva pode ser apenas a ponta do iceberg para sentimentos que estão escondidos e misturados como podem ser: medo, frustração, solidão. Depois de contar a história de Jorge Bucay “A Fúria e a Tristeza” você pode mostrar ao grupo O ICEBERG, e como há sentimentos ocultos, disfarçados. Na ponta do iceberg, vemos um sentimento que parece muito claro para nós, mas abaixo, nas profundezas existem outros sentimentos que podemos encontrar quando nos preocupamos em falar com a pessoa, fazendo-lhes perguntas, porque às vezes ela não sabe o que realmente está sentindo.

3. Contar um conto:

Escolha uma história onde os personagens vivam uma série de situações e através de seus comportamentos expressem seus sentimentos. Abaixo, coloquei algumas histórias como sugestões. Ao contar a história, é importante identificar alguns sentimentos para servir como base para aqueles que estão na parte inferior do iceberg. Exemplo: se você está contando a história da Branca de Neve, você pode dizer que ela sentiu muito medo de ficar sozinha na floresta, depois que foi abandonada pelo homem encarregado de matá-la. Esse sentimento de medo serve como uma base (ponta do iceberg – ou centro da ficha) para procurar outros sentimentos escondidos. Durante a atividade (jogo), esse sentimento base identificado durante a contação servirá como ponto de partida para identificar outros sentimentos. Você ajudará o grupo a identificar esses sentimentos através de perguntas: Vocês acham que a floresta é um lugar bonito? Por que uma pessoa pode sentir medo na floresta? Ela estava sozinha ou acompanhada? Ela era uma pessoa acostumada a estar sozinha na floresta? A partir das perguntas podemos identificar outros sentimentos que culminaram com medo, que podem ser: solidão, insegurança, decepção, etc.

Este material pode ser utilizado em muitas sessões. Você pode trabalhar com muitas histórias diferentes.

APÓS CONTAR A HISTÓRIA:

  • Colorir o iceberg (as crianças amam essa parte);
  • Escolha um personagem e um momento na história para analisar um sentimento básico e descobrir os sentimentos escondidos.

Além disso, você também pode usar os cartões com emojis quando o grupo já entendeu a atividade. Existem 4 modelos de fichas base para usar: Amor, Raiva, Tédio, ficha em branco. Junto com estes são também os emojis que expressam diferentes emoções. Você deve imprimi-los da maneira que melhor lhe convier. Eu, por exemplo, imprimi os cartões e os emojis e os plastifiquei. Eu também imprimi muitos cartões em branco para que as crianças pudessem desenhar emoções, foi muito positivo. No centro da ficha deve estar o sentimento base e nos extremos os sentimentos ocultos. Eles utilizaram o lista dos 40 Estados Emocionais como material de consulta.

ALGUMAS FOTOGRAFIAS DA ATIVIDADE COM O GRUPO DE PROVA

SUGESTÕES DE CONTOS PROPOSTA: O GÊNIO E O PESCADOR:

GÊNIO:

a) Que sentimento o gênio expressou quando saiu do vaso? (Fúria)
b) Agora pense em quanto tempo ele esteve preso no vaso. O que ele deve ter pensado durante esse tempo? Que sentimentos ele pode ter sentido?
c) A raiva que ele sentia poderia ter outros sentimentos escondidos? Será que o gênio sentiu solidão durante este tempo? Ele gostaria de retornar à sua prisão?

PESCADOR:

a) O que o pescador sentiu quando o Gênio disse que o mataria? (Medo)
b) Ele tinha uma família? O que poderia acontecer com sua família se ele morresse?           c) Quais outros sentimentos o pescador poderia sentir diante das ameaças do Gênio?

OUTRAS HISTÓRIAS SUGERIDAS:

1- O Patinho Feio;
2 – A roupa nova do Rei;
3 – Cinderela;
4 – O Pequeno Príncipe (é mais longo, mas pode ser feito com adolescentes, com o livro como leitura sugerida)

5 – A vespa afogada.
6 – A parábola do filho pródigo; 7 – Davi e Golias.

Por favor, COMPARTILHE ESTE POST. Espero que este material possa ajudá-lo. Se você tiver alguma dúvida, escreva-me.

Gostou das atividades? Quer ter esse material? Pois é muito fácil! Basta ser seguidor do meu Blog “A Caixa de Imaginação“, e preencher o formulário abaixo, que você receberá o PDF de forma gratuita, deixando a sua opinião 😉 Também agradeceria que você compartilhasse esse post nas suas redes sociais.

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O seu filho morde? Vem conhecer a Jaquinha, um lindo conto que fala sobre essa fase da criança.

Oi, tudo bem? Em primeiro lugar quero agradecer a todos vocês que me escrevem. Recebo vários e-mails todos os dias expressando gratidão pelo material que compartilho aqui no blog, e isso me motiva a seguir com o meu trabalho.

Sei que há muitos pais, psicólogos, psicopedagogos e professores que me seguem, por isso trouxe hoje para vocês esse lindo Conto Infantil escrito por Emilia Nuñez, escritora brasileira de contos infantis, também conhecida em Instagram como @maequele (conheça aqui o seu site)

1 A JACAREZINHA QUE MORDIA 2 capa

Esse lindo livro, que venho acompanhando desde a fase de criação, é um ótimo recurso para trabalhar as habilidades sociais com as crianças, e porque não com os pais.  Então, você conhece alguma crianças que está passando por esta fase?

A Jacarezinha que mordia  

“A Jacarezinha que mordia” conta a história de Jaquinha, uma linda jacarezinha risonha, que apesar de receber muito carinho de Dona Jaca, sua mãe, tem o mau hábito de morder a todos que encontra pelo caminho. Os animais da floresta, cansados de receber tantas mordidas, se apresentam diante da sua mãe pedindo que esta dê fim a este problema que está alterando o convivio social na floresta. Claro que D. Jaca, toda envergonhada,  tenta resolver o problema, e se empenha no assunto: amarra a boca da filha, resgata a chupeta, mas não tem jeito. Um dia chega um aluno novo na sala da Jaquinha, ele dá um lindo beijo na professora e esta fica muito feliz. Puxa! Aquilo muda o mundo da pequena jacarezinha, que observa como as pessoas ficam felizes ao receber um beijo (totalmente o contrário de quando são mordidas).

 Emilia nos conta um pouco sobre o Processo Criativo de “A Jacarezinho que mordia”:

Este é um livro feito pensando em uma fase muito específica que algumas crianças passam que é a fase “Mordedora”. Tenho uma Jaquinha em casa e quando uma mãe me pediu um livro sobre o tema e não encontrei nas livrarias, logo veio a inspiração!

Como você pode ver é uma história muito útil e meiga, e além disso as ilustrações são maravilhosas. De verdade que fiquei encanta, porque expressam exatamente a essência da mensagem do livro.  O ilustrador cuidou de cada detalhe, e isso é muito importante, para que além do texto, a criança que ainda não lê possa interiorizar o conteúdo da mensagem através do que vê.   Heitor Neto foi o ilustrador responsável por esses lindos desenhos, você pode segui-lo no instagram em @heitornetos ou na seu site.

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Aplicando o Conto

Sabemos que é normal a criança entre 1 e 3 anos passar pela fase de morder.

 No início da vida, a boca é a parte mais sensorial do corpo humano e, por meio dela, o indivíduo descobre o mundo e expressa suas emoções. Quando uma criança morde um adulto ou outra criança, provavelmente está querendo demonstrar afeto, resposta a uma frustração, curiosidade ou, ainda, o incômodo do nascimento dos dentes. No período entre um e três anos morder é comum – e normal. Algumas crianças o fazem mais que outras, porque é dessa forma que se comunicam. (Fundação Maria Cecilia)

Porém há crianças que depois desse período ainda recorrem a esta conduta, o que gera grandes constrangimentos para os pais. Nenhum pai gosta de pegar seu filho no jardim ou colégio e ver nele uma marca de mordida. Também posso te garantir que nenhum pai gosta de receber da professora, a constrangedora notícia de que seu filho está mordendo os coleguinhas. Bater, puxar o cabelo, arranhar, são todas condutas imediatistas que as crianças recorrem como forma de expressar sua frustração, raiva, descontento. Os adultos também fazemos isso, ainda que a nossa maneira de ataque é outra. As crianças podem ferir o corpo, mas nos ferimos o coração do outro. Exemplo: quando somos criticados tendemos à atacar a outra pessoa apontado os defeitos dela. As crianças que sofrem de TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade), principalmente aquelas sofrem de impulsividade, como  o caso do meu filho, costumam recorrer a esse tipo de conduta de forma mais habitual. Eu sinceramente creio que trabalhar a empatia da criança poderá ajudá-la a superar essa fase e conseguir controlar seus instintos. 

A minha proposta de atividades vale tanto para narração grupal, quanto individual. Não importa se você é pai, professor, psicólogo, somente adapte a proposta à sua situação especifica, já que farei um série de sugestões. Vamos lá!

1. Contação/Narração

  • Interpretando a ilustração: Se você vai utilizar o conto com crianças de forma individual, ou poucas crianças (como umas cinco no máximo) e se elas ainda não sabem ler, minha primeira proposta, é que antes de ler a história para elas, peça que observem a ilustração e expliquem o que acham que está acontecendo na historia. É uma boa forma de interiorizar as metáforas ilustradas.
  • Conte a historia de forma divertida,  seja criativo. Seria legal utilizar um fantoche para contar a história.

2. Vamos desenhar

Esse recurso tão simples também é muito importante para observar a compreensão que a criança teve da história. Peça para ela fazer um desenho da parte que mais gostou da historia e da parte que menos gostou.

3. Teatro

Uma forma de trabalhar a compreensão da história e trabalhar a empatia com as crianças é fazer um teatro com elas, com base no conto. Faça com que alguns participem do teatro, enquanto outros ficam de plateia, e depois os que ficaram de plateia serão os atores. Assim todos podem ver desde duas  perspectivas: dentro da história e fora da história.

 4. Análise das ilustrações

Não sei se sabes, mas num álbum ilustrado a ilustração tem o mesmo peso que o texto. Ou seja, ilustração e texto se completam para passar uma mensagem. Por isso que disse anteriormente que gostei muito da ilustração de Heitor Neto, porque completou perfeitamente a história escrita  por Emilia Nuñez.  Tanto  é assim, que ele introduziu uma metáfora muito interessante que enriqueceu a história: O PORCO ESPINHO.

1 A Jacarezinha que mordia 7

Veja bem! Por que o Porco Espinho é o único que não está nem aí para o problema? É que com ele a Jaquinha não se mete. Por que?

Além disso, analise com as crianças as expressões faciais dos personagens em cada parte da historia. Como eles se sentem? Que estarão pensando?  Gestos de medo, reprovação, raiva, tristeza, desespero, indiferença. Quantos sentimentos!

5. Trabalhos Manuais:

  • Que te parece se fazemos uma Jaquinha de rolos de papel higiênico com as crianças? Deixo essa proposta que encontrei em no site de Papelísimo. Está em castellano, porém o vídeo de explicação se entende perfeitamente. Está muito fácil. E para que fique igual a Jaquinha é só colocar uma um laço de fita rosa na cabeça. As crianças vão amar.     

1 A Jacarezinha que mordia de papel
Fotografia retirada da página http://www.papelisimo.es

Também podemos fazer outros animais da floresta como: Elefante, Tigrinho, Porco Espinho, Ursinha.

  • Fantoche de Papel:

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  •  A Jaquinha na cabeça:

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  6. Ficha de leitura:

Preparei uma ficha de leitura para trabalhar os sentimentos vividos pelos personagens da historia. Você pode baixar e utilizar livremente 😉

Ficha de leitura sentimentos a jacarezinha que mordia

Para terminar, gostaria de dizer que me senti muito identificada com a Dona Jaca. Muitas vezes passei por situações parecidas e sei que não é fácil. Nesses momentos devemos olhar a situação desde a perspectiva do amor. Como pais, professores, psicólogos, somos semeadores de amor, carinho e bons valores. Se não desistimos essa sementinha um dia brotará. Nunca desista de amar, porque o amor é dádiva.

Frase sobre amor não é recompensa Claudine Bernardes

Se gostou dessa historia, talvez também estejas buscando algum livro para trabalhar a educação emocional com o seu filho ou aluno. Te recomendo dar uma olhada no meu livro “Carlota não quer falar”, utilizado por muitos pais, professores, psicólogos e psicopedagogos de muitos lugares do mundo, para trabalhar as capacidades emocionais das crianças. Além do livro, distribuo gratuitamente o Projeto de Educação Emocional com Carlota. Entra nesse link para saber mais.

Metáforas, contos e contação: a contoexpressão na prática – Oficina de emoções.

(Para leer el texto en español pincha aquí)

Oi, tudo bem? Hoje falaremos sobre as metáforas como recurso junto à contação de histórias para ajudar as pessoas (crianças e adultos) a compreender os sentimentos (próprios e alheios), proporcionando uma oportunidade de mudança.

O que é a metáfora?

Metáfora é uma figura de linguagem onde se usa uma palavra ou uma expressão em um sentido que não é muito comum, revelando uma relação de semelhança entre dois termos.  Metáfora é um termo que no latim, “meta” significa “algo” e “phora” significa “sem sentido”. Esta palavra foi trazida do grego onde metaphorá significa “mudança” e “transposição“.

As Metáforas Terapêuticas

As Metáforas vem sendo utilizadas também com um fim terapêutico, já que proporcionam um espaço terapêutico, onde as crianças, as famílias e o terapeuta podem encontrar-se de forma mais natural.  Quando as metáforas são utilizadas dentro de um tratamento, o seu uso facilita o acesso a pontos dolorosos e conflitantes de uma forma não intrusiva e não ameaçadora.  A linguagem metafórica é uma ponte entre o simbólico e o real, entre o terapeuta e a família,  e também entre os diferentes membros da família. Seu uso oferece um espaço simbólico que agiliza os processos de elaboração do sintoma, onde a palavra não pode chegar.

  Uma metáfora terapêutica consegue mudanças na compreensão do paciente sobre o problema e sugere soluções adequadas sem impôr tarefas ou regras de comportamento. Ao empregar uma metáfora, o terapeuta destaca o que essas mudanças consistem, sem dizer-lhes literalmente; mas faz isso através da sugestão de uma comparação com uma experiência vivida (real ou indiretamente) pelo paciente. Assim, uma metáfora terapêutica apresenta ao paciente uma experiência conhecida ou, melhor ainda, vivida por ele, que está associada ao problema apresentado e oferecendo-lhe uma solução. Ao ouvi-lo, entendê-lo e revivê-lo, há uma mudança em seu comportamento. Com esta definição, a metáfora terapêutica pode consistir em uma única palavra ou uma narrativa de uma história.  ( José Antônio García Higuera – Artigo: Las Metáforas en la terapia de aceptación y compromiso

 Para que uma metáfora seja efetiva, é desejável que atenda às seguintes condições:

  1. A melhor metáfora terapêutica é aquela que se adapta ao problema que o paciente apresenta naquele momento. Além disso, para que seja efetiva é necessário que seja compreensível desde o ponto de vista do paciente, adaptando-se ao seu grau de desenvolvimento (tanto a nível de experiência como idade)
  2. O paciente deve ser refletido nela e identificado com algum ou alguns dos personagens que aparecem na narração.
  3. Deve estabelecer uma clara correspondência entre o problema do paciente e a experiência que ela conta.
  4. Dever ter uma estrutura de ação, para que o paciente possa encontrar na metáfora os passos que deve seguir para mudar o seu comportamento.
  5. A metáfora oferece uma solução para o problema, assim o paciente acessa um comportamento que ele não havia visto antes e que reinterpreta ou resolve o problema.

Desta forma, se o paciente muda de comportamento, o fará porque teve uma experiência pessoal através da metáfora, e não para agradar o terapeuta, ou por outros motivos que não seja uma real mudança interior.  Se desejas ler mais sobre este tema, recomendo este artigo  Las Metáforas en la terapia de aceptación y compromiso de José Antônio García Higuera (está em castelhano).

 Metáforas, Contos e Contação

Os contos em geral, são metáforas e contêm metáforas. E quando me refiro a contos, penso em narrativas de forma geral: contos modernos, contos de fadas (ou maravilhosos), lendas, fábulas, parábolas etc. Assim que, quando decidamos utilizar um conto dentro  de uma terapia (sempre realizada por profissionais capacitados), ou por profissionais da educação, é importante conhecer e compreender o sentido e o alcance das metáforas que estão intrínsecas no conto, bem como a metáfora geral do conto.

Para que uma metáfora perdure no tempo, dentro da memória das pessoas, é interessante dotá-la de imagem e proporcionar a sua experimentação. Para isso, nada melhor que uma eficaz contação, onde o contador da história utilize evoque imagens mentais e sentimentos já existentes nos ouvintes, e proporcionem uma participação ativa destes, através de perguntas, por exemplo.

Para uma melhor compreensão do que expliquei, vou utilizar como exemplo  uma das oficinas que realizo. Se trata da “Oficina de Emoções com Carlota”, preparada para um público infantil. Nesta oficina utilizo como base o meu conto “Carlota não quer falar” o qual possui várias metáforas para explicar os sentimentos. Se te interessa este tema, te recomendo que conheça melhor o conto assim compreenderás melhor o enfoque da Oficina de Emoções (Entre aqui). 

Oficina de Emoções com Carlota

Oficina das emoções carlota não quer falar contoterapia sentimentos

O objetivo da oficina é que as crianças compreendam o efeito das emoções, identificando a emoção no momento em que ocorre, não somente em si mesmas, mas também em outros.  Além disso, também aprenderão sobre a importância de falar sobre os seus sentimentos, e receberão ferramentas para administrá-los.

A Oficina está formada de três partes (e em todas utilizo metáforas):

1 . Introdução: O balão a caixa e a pedra

Metáfora terapêutica Taller oficina de emociones emoções sentimentos

Antes de começar a contação faço uma introdução bastante gráfica, utilizando um balão, uma caixa e uma pedra. As crianças se divertem muito nesta parte e criamos uma conexão muito boa.  O conto começa com as frases: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.”

Para que as crianças possam compreender mais profundamente o sentido dessas metáforas, começo enchendo um balão vermelho. A medida que vou enchendo o balão, paro para conversar com elas e dizer-lhes que acho que ainda falta encher um pouco mais. As crianças começam a ficar preocupadas, porque o balão está muito cheio, porém não esperam que eu siga enchendo. Até que “bummm” o balão explode e elas se assustam.  “Isso é o que passa quando enchemos muito o balão”, lhes digo, e depois sigo com a caixa.

Se trata de uma caixa de sapatos decorada, com um coração na parte superior e um  buraco no centro, onde a criança pode introduzir a sua mão. Dentro da caixa coloco uma pedra pesada. A caixa simboliza o coração e a pedra simboliza os sentimentos que vamos guardando dentro dele. Primeiro peço para cada criança segurar a caixa, e pergunto: Está pesada ou leve? Vocês acham que seria fácil caminhar durante horas carregando este peso? Depois, cada criança introduz a mão na caixa, e faço outras perguntas: O objeto é suave ou áspero? É  agradável tocá-lo? Neste ponto, as crianças descobrem que se trata de um pedra, assim que retiro a tampa da caixa e mostro a pedra para elas.

Durante esta parte introdutória, não explico o sentido da metáfora, já que elas compreenderão o significado destes objetos, e a conexão deles com os sentimentos, durante a contação. Evito fazer explicações, para que as crianças possam captar o ensinamento, de acordo com a capacidade individual, a idade e experiências pessoais. Agindo assim, não subjugo o conhecimento delas. 

Depois de ter integrado na mente das crianças, os conceitos base, através da experimentação, passamos para a segunda parte que é a contação.

 2. Contação: Carlota não quer falar

Como já disse, o conto está cheio de metáforas para explicar os sentimentos de forma experimental. Como se trata de um conto interativo, as crianças se sentem parte da história e participam ativamente durante toda a contação. É uma experiência muito significativa para elas. Começo a contação apresentando o problema de Carlota e convidando as crianças a ajudarem ela: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.” Vocês gostariam de ajudar a Carlota? Para isso, todos têm que falar por ela. Vocês estão de acordo? 

O conto apresenta quatro problemas: 1) Carlota incomodou-se com um menino no parque; 2) Carlota tem problemas para dormir; 3) Carlota se sentiu mal porque a sua melhor amiga Julia estava brincando com outra menina; 4) Carlota se sentiu mal porque pegou a boneca da sua amiga sem pedir. Apresento o problema, e pergunto às crianças o que está sentindo a protagonista. Depois, pergunto o que ela deve fazer para resolver o seu problema e sentir-se melhor. Para cada uma dessas questões, há duas opções dentro da história. Faço a criança pensar o que aconteceria ao escolher uma ou outra opção.

Exemplo: Carlota não consegue dormir. As crianças já identificaram que ela não consegue dormir porque sente medo. Opções: a) Ela deve ficar acordada toda a noite; b) Ela deve confiar que papai e mamãe estão cuidando dela.  O que aconteceria se ela ficasse acordada toda a noite? Como se sentiria no dia seguinte? Estaria bem para estudar ou brincar?

Depois que conversamos e pensamos nessas possibilidades e as crianças fizeram as suas escolhas, lhes digo: Vejamos qual foi a escolha da Carlota. Será que ela escutou o conselho de vocês?

Então, passamos a página e aí está o resultado. As crianças desfrutam muito nesta parte, porque esperam que Carlota tome a decisão correta. Nesta parte também introduzimos metáforas para explicar cada sentimento. Devemos conversar com as crianças sobre essas metáforas, fazendo perguntas para que elas possam entendê-las. Exemplo: “O perdão é como um banho de mar num dia de calor”. Quem gosta do verão? Faz muito calor, né? Quando sentimos muito calor, o que podemos fazer? Ir na praia é uma boa ideia. Agora imaginem que está fazendo muito sol, você sente muito calor e se joga na agua do mar, ou na piscina… o que você sente? Respostas que costumam aparecer: frescor, alivio, tranquilidade, alegria.

Terminamos a contação com Carlota agradecendo as crianças por ajudá-la a falar sobre os seus sentimentos. É Maravilhoso ver os olhinhos delas brilhando ao perceber que puderam ajudar a protagonista do conto. Todas estão sorrindo e felizes 🙂

Vejamos as metáforas que aprecem no conto:

3. Exercício de conhecimento e gestão dos sentimentos: O Semáforo

Metáfora terapeutica balão Globo pedra caixa lidera Caja

Depois que as crianças vivenciaram a história da protagonista, participando ativamente da contação, esperamos que elas ao menos tenham compreendido a importância de expressar os seus sentimentos, além de identificar alguns sentimentos apresentados na história.

Agora chegou o momento de que as crianças compreendam a importante de gerir estes sentimentos e para isso utilizo a Metáfora do Semáforo, que é uma técnica para aprender a identificar o grau de intensidade de um sentimento, além de como enfocá-lo. Dependendo do tempo que disponho, também utilizarei outra metáfora, que é a Técnica do Vulcão (esta última a modo de introdução para a outra).  Desenvolvo esta parte da seguinte maneira:

Mostro para as crianças a imagem de um Semáforo (pintado por mim) e pergunto se elas sabem o que é. Depois lhes peço que me expliquem o que significa cada cor no semáforo. As crianças explicam sem problemas, porque todas conhecem o seu funcionamento. Depois começo a explicar-lhes que os semáforos foram criados para ajudar a controlar o trânsito, principalmente os carros que gostam de correr muito rápido. Algumas vezes temos sentimentos que são como carros descontrolados, que correm a toda velocidade. Um carro descontrolado é muito perigoso e pode machucar tanto as pessoas que encontra pelo caminho, quanto a pessoa que vai dentro dele. Os sentimentos descontrolado podem provocar estragos semelhantes. Assim como o semáforo controla o trânsito, também podemos utilizar o semáforo dos sentimentos para ajudar a controlar o que sentimos. As vezes sentimentos raiva porque alguém nos ofendeu, e também as vezes essa raiva é tão forte que pode tomar controle da nossa mente e provocar que façamos dano a pessoa que nos ofendeu. Quando sentimos a raiva borbulhando dentro de nós, como um vulcão em erupção, pronto a explodir, então devemos PARAR (mostrar o Sinal vermelho), respirar fundo e contar de 5 até 0. Se já nos sentimos um pouco mais tranquilos então passaremos para o Sinal Amarelo (mostra sinal Amarelo – PENSAR). Vamos pensar nas opções que temos, e o resultado de tomar cada uma delas. Me sentiria bem se batesse na pessoa que me provocou? Isso resolveria o problema? Posso perdoá-la e tentar conversar sobre o problema com ela. Quando já pensamos na melhor opção, então chegou a hora de seguir adiante com o Sinal Verde (Mostrar Sinal Verde – Fazer). Agora vamos fazer aquilo que decidimos anteriormente.

Parece um pouco longo e complicado, mas na prática é muito fácil e as crianças compreendem muito bem a proposta. Depois da conversa/explicação, daremos os semáforos para que as crianças pintem e montem, para levar às suas casas.

Oficina das emoções carlota não quer falar contoterpia técnica semaforo gestão de sentimentos

Se ainda temos um pouco de tempo, jogamos o Ludo das Emoções, para colocar em prática um pouco do que aprendemos.


Hoje aprendemos um pouco sobre as metáforas e a importância delas na terapia e também na educação emocional. Se você gostou do que vimos hoje, e quer conhecer mais sobre a educação emocional, preparei um projeto bem interessante sobre o assunto.

No Projeto de Educação Emocional com Carlota você encontrará uma parte teórica, onde explico o que é a contoexpressão e como utilizá-la, também falo sobre a educação emocional. Há também uma parte teórico-prática com muitos jogos, técnicas de gestão dos sentimentos, fichas para colorir, atividades etc.  Para conseguir Projeto você só tem que preencher o formulário abaixo, e em breve enviarei o material em pdf e de forma gratuita para você.  Se gostou do conto e quer saber como comprá-lo clica aqui. 

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Ludo das Emoções: jogando aprendemos sobre nossas emoções.

(para leer esta entrada en castellano, pincha aquí)

Ludo das emoções conto Carlota não quer falar sentimentos

O Ludo das Emoções faz parte do Conto “Carlota não quer falar” e foi criado para promover um espaço lúdico em família, no colégio e inclusive dentro de um espaço terapêutico.  A diferença entre este material e os ludos normais, é que o Ludo das Emoções está acompanhado por 30 Cartas para ajudar as crianças a compreender, expressar e administrar as emoções, além de fomentar a empatia. Com o Ludo das Emoções fomentaremos as capacidades emocionais das crianças, e ao mesmo tempo elas se divertirão, e haverá uma troca de conhecimento e experiências.

Carlota não quer falar 31 cartas do ludo 1

As Cartas que acompanham o livro estão divididas em: Pergunta, Coringa, Sanção. Utilizando as cartas os jogadores falarão sobre sentimentos, compartilharão experiências, interpretarão situações e terão que fazer diversas escolhas de índole emocional e prática. Abaixo você pode ver as regras do jogo e observar que se trata de um ótimo material, muito simples de utilizar:

Carlota não quer falar 30 regras do ludo emoções

Como já dissemos, o Ludo das Emoções é parte integrante do Conto “Carlota não quer falar”, publicado na Espanha através da Editora Sar Alejandría e no Brasil, através da Editora Grafar (link para compra):

Livro conto Carlota não quer falar - infantil sentimentos

Como não foi possível incluir os peões e o dado juntamente com o livro, preparamos uma alternativa. Basta baixar a imagem abaixo para você ter um dado e peões que inclusive poderá cortar e pintar em família:

Dado ludo das emoções

Se você acha que esse material é interessante, compartilhe com os seus contatos e através das suas redes sociais. Se tiver alguma dúvida ou sugestão, escreva-me. Será um prazer trocar informação com você. 😉

¿O seu filho ainda não dorme sozinho? Carlota quer lhe ajudar.

(Para ver la entrada en Español pincha aquí)

Oi! Tudo bem? Depois que lancei o meu livro “Carlota não quer falar” tive a oportunidade de falar com muitos pais. Vi que muitos tinham uma preocupação em comum:

“Meu filho não quer dormir sozinho!”

Um dos sentimentos que trato no conto é exatamente o medo  expressado por Carlota ao enfrentar-se com a difícil tarefa de dormir sozinha.

Conto Carlota não quer falar medo de dormir 1
Foto de parte do Conto Carlota não quer falar, autora Claudine Bernardes.

Ensino, através da experiência vivida pela personagem, que o medo pode ser combatido pela confiança (medo X confiança) :

Conto Carlota não quer falar medo de dormir 2

Então, para ajudar a vocês, papais e mamães, que estão enfrentando a difícil tarefa de ensinar os filhos a dormir sozinhos, preparei um material de ajuda. Este material  está feito e baseado na nossa própria experiência familiar. 

O que proponho?

Vamos convidar a criança a que entre nesse processo de dormir sozinha, e será um desafio que ela desejará enfrentar.

  1. Vamos preparar a criança para a mudança

Conte o Conto “Carlota não quer falar”, e quando chegar na parte onde tratamos o medo de dormir sozinho, siga as instruções do Guia didático, introduzindo perguntas.

É importante deixar claro para à criança, que sentir medo não está mal. Que todos sentimos medo, mas que através da CONFIANÇA esse medo pode ser suportado. Explica-lhe que papai e mamãe estarão ATENTOS durante toda a noite. E que se ele(a) necessitar de ajuda, os papais irão correndo ajudá-lo. Convide o seu filho a CONFIAR em você e diga: a confiança tem o mágico poder de afastar o medo. 

Além disso, você pode contar-lhe alguma historia de como você também já sentiu medo, e como conseguiu vence-lo. Seu filho pensará: Puxa! Papai (mamãe) já sentiu medo também. Eu também posso vencer o medo!

2. Chegou a hora de dormir sozinho

Comece de forma positiva, explicando que vocês estão orgulhosos de como ele está crescendo e que agora chegou o momento de dar um novo passo: dormir sozinho.

Como apoio adicional proponho utilizar o “Calendario para dormir sozinho” 

Trata-se de um Calendario, mês a mês, que preparei, o qual você pode baixar gratuitamente e imprimí-lo. Como sugestão, você pode dizer-lhe: _Olha que legal esse Calendario! Vamos pintá-lo e colocá-lo na geladeira? Cada noite que você consiga dormir sozinho, colaremos a carinha da Carlota no Calendario. Se você conseguir 5 carinhas, lhe daremos um prêmio.

Recomendo que o prêmio seja algo sem valor financeiro, ou de pouco valor, que seja algo mais de conteúdo familiar, como: Fazer um passeio em familia; un pic-nic; levá-lo a algum lugar que ele deseja muito ir etc.

Nosso objetivo é conseguir que a criança durma sozinha varios dias, e que consiga ver isso como algo normal. Quando ela veja que dormir sozinha é normal, teremos alcançado o nosso objetivo. Aqui está o Calendário:

 

Estas são as carinhas para colar no calendário. Se você não quer utilizar as carinhas, pode desenhar ESTRELAS no dia que corresponda. Tenho certeza que o seu filho adorará esta atividade.

Calendario dormir solo Carlota caras

Se você ainda não conhece o conto “Carlota não quer falar” clica aqui para conhecê-lo. Você poderá comprá-lo diretamente na web da Editora Grafar. Eles enviarão para você em qualquer parte do Brasil.  Também está publicado em Português para Europa, através da Editora Sar Alejandría. Se tiver alguma dúvida escreva-me, será ótimo trocar experiência ou receber sugestões.

Por favor, compartilhe este post nas suas redes sociais, assim você poderá ajudar a outras familias que necessitam desse material. Obrigada por passar pela minha “Caixa de Imaginação”.

 

Jogos para baixar: Trabalhando as capacidades emocionais com crianças.

(Para leer el texto en español pincha aquí)

Inteligência Emocional. O que é?

A inteligência emocional é a capacidade de entender, tomar consciência e manejar nossas emoções e as emoções de outras pessoas. Partindo desta definição, pensemos: O que são as emoções? A emoção é um sentimento privado, caracterizado pela expressão ou manifestação de respostas somáticas e autónomas específicas. Também podem ser consideradas um conjunto de ações para defender-se ou preparar um ataque diante de possíveis ameaças.

Charles Darwin descreveu 4 emoções primárias, que considerava que eran inatas ao ser humano: raiva ou ira, alegria, medo e tristeza. Alguns autores também indicam   outras 4 emoções como secundárias: amor, surpresa, vergonha e aversão.

Agora vamos ver alguns jogos para exercitar as capacidades emocionais, tanto em casa como na escola.

Jogo 1: Jogo das emoções

O jogo das emoções ajudará as crianças a compreender as emoções dentro de si e também em outras pessoas. Ajuda a desenvolver a empatia e a capacidade de gerenciar as emoções. Vamos ver como jogá-lo. 

Em família:  Imprima as fichas. Há 6 fichas relacionadas com 6 emoções. Utiliza um dado para jogar. Tira o dado para escolher a ficha e diga ao seu filho que torne a tirar o dado para responder a pergunta ou atividade que está na ficha. O pai ou mãe também pode participar, tirando o dado e respondendo as perguntas. Assim será uma brincadeira onde  vocês compartirão suas historias e conhecimento. Será bem legal!

No Colégio:  Se você é professor(a) também pode utilizar esse jogo para exercitar as capacidades emocionais dos seus alunos.  Há muitas maneiras de jogar em classe. Em equipe: Divida a classe em 6 ou 12 equipes. Entregue uma ficha a cada equipe. Determine um tempo em que cada equipe deve responder e completar as propostas contidas nas fichas. Depois se pode dar um tempo para que cada equipe apresente as suas respostas a toda a turma, assim todos aprendem. Individual: Coloque as fichas pegadas no quadro negro. Faça com que cada aluno tire uma vez o dado, para que escolha uma ficha e depois volte a tirar o dado para responder uma pergunta. Será uma maneira divertida de aprender sobre as emoções e todos podem participar. Também seria legal colocar as fichas pegadas na parede, e fazer esse exercício todos os dias, ou alguns dias da semana, com a participação de um ou dois alunos por dia.  

Aqui estão as imagens que você poderá baixar:

Jogo 2: Memory das Emoções

Este é o jogo da memória. Cada folha contém 5 desenhos de expressões faciais de emoções.  Imprima   de preferência em cartulina. Pinta ou peça à criança que pinte as fichas, escolhendo uma cor para cada emoção. Depois só basta recortar as fichas, misturá-las, colocando-as com o desenho para baixo. Ganha o jogo quem conseguir encontrar o maior número de pares de emoções. Pode ser jogado individualmente ou com outra pessoa. Professores, vocês também podem jogar o Memory com os seus alunos, dividindo a sala em equipes, ou através de torneios entre dois alunos.

3. O pote das emoções

Eu já havia falado sobre o pote da emoção em outro post  (O Monstro de Colores ).

Se trata de fazer um pote para cada sentimento, como os de abaixo.

reseña monstro colores caja de imaginación

Quando a criança esteja triste deve escrever o que sente no cartão de cor azul e tirá-lo no pote, por exemplo. Se a criança não sabe escrever, o adulto pode escrever por ela. Além disso se pode falar sobre o que provocou aquele sentimento, e se for um sentimento negativo, como resolvê-lo. É um exercício muito bom, porque é como se a criança se estivesse desvinculando do sentimento negativo no momento em que coloca o cartão dentro do pote. Obtive bons resultados quando fiz esse exercício com o meu filho.

4. Dados

Preparei alguns dados para que você possa utilizar tanto com o Ludo, quanto com os jogos propostos. São dados para pintar e recortar, e que de preferência devem ser impressos em cartulina. Espero que seja de utilidade.

Se você é…

Professor, psicólogo, psicopedagogo  ou outro profissional que atua na área infantil, tenho um Projeto de Educação Emocional que você poderá utilizar com as suas crianças. Se trata de um Projeto de Educação Emocional en pdf e gratuito, com quase 80 páginas, parte teórica e  material de apoio incluido. Basta que você me escreva através do  link abaixo, dizendo que deseja recebê-lo. Atenção, costumo responder rapidamente, se em 2 dias não recebeu a minha resposta, deve estar entre seus emails bloqueados. Também pode voltar a escrever-me.  

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Todo esse material que você viu, e o Projeto de Educação Emocional que posso enviar para você,  (que conta com uma parte teórica e parte práctica, somando mais de  60 páginas), é algo que preparei com muito carinho tomando como base o meu livro “Carlota não quer falar”.  Esse livro infantil que foi desenvolvido com base na técnicas de contoterapia, está formado por um conto interativo + guia + Ludo das emoções com 30 páginas. Se você quiser conhece-lo é só pulsar aqui. 

Livro conto Carlota não quer falar - infantil sentimentos
Capa o conto

Espero que você tenha gostado. Se foi assim, por favor, compartilhe este post nas suas redes sociais. 😉

Carlota não quer falar, un conto com muitos valores

(Para leer la entrada en español pincha aquí)

Já no Brasil e Europa!

Livro conto Carlota não quer falar - infantil sentimentos

“Carlota não quer falar”  Mais que um conto

O livro está formado de três partes:

1. Conto interativo

“Carlota não quer falar”  é a história de uma menina que não consegue falar das suas emoções e sentimentos. Ela guardou tantos sentimentos dentro que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra. Você gostaria de ajudá-la?

1 Carlota não quer falar conto infantil sentimentos

Esse conto deve ser contado por uma adulto a uma criança, para que a experiência seja mais completa. Isso deve ser assim porque se trata de conto interativo, onde o adulto vai fazendo perguntas à criança, para que esta dê voz à Carlota, descobrindo, pouco a pouco, o que sente a pequena personagem.  O conto também abre a possibilidade de que o adulto compartilhe com a criança suas histórias e experiências pessoais, o que irá enriquecer a vida de ambos.  Por essa razão vemos que “Carlota não quer falar” é uma ponte, uma conexão entre o adulto e a criança para compartilhar histórias e falar das emoções.

2 Carlota não quer falar conto infantil sentimentos

É importante que o adulto faça as perguntas à criança, mas não lhe dê as respostas. Se a criança não dá a resposta correta, não há problema, ela deve  encontrar as suas respostas e assim gerar um conhecimento pessoal, para que o processo de aprendizagem ocorra de dentro para fora. Conte a história de forma divertida.

3 Carlota não quer falar conto infantil sentimentos

Quando a criança escolhe a resposta correta, e ao virar a página, ela fica muito surpresa quando percebe que Carlota seguiu o seu conselho. É algo mágico para a criança!

A medida que a criança ajuda a Carlota a compreender as suas emoções, a falar dos seus sentimentos e administrá-los, o mundo de Carlota vai entrando em ordem outra vez, até que ela possa falar por si.4 Carlota não quer falar conto infantil sentimentos

2. Guia Didático

O conto também vem acompanhado de um guia didático para ajudar ao adulto na contação, de acordo às técnicas de contoexpressão .   É muito importante ler o guia antes de contar o conto.

  3. Ludo das Emoções

Por último, no livro também está o “Ludo das emoções”, pensado para que seja um jogo familiar. O Ludo vai acompanhado de 30 cartas que estão divididas em: 20 Cartas de perguntas; 5 Cartas “Coringa”; 5 Cartas de sanção. As Cartas ajudarão aos jogadores a compreender as emoções, falar sobre os sentimentos e compartilhar histórias. Será muito divertido!  Clica aqui para conhecer mais sobre o “Ludo das Emoções”

Parches de las emociones que acompaña el cuento Carlota no quiere hablar
Aqui se observa as Cartas na edição original que é Espanhol.

“Carlota não quer falar” fortalecerá o vínculo de amor, respeito e afinidade dentro da família.   

Se você pensa que terminou por aqui, está completamente equivocado. Além de tudo que já comentamos, o projeto “Carlota não quer falar” inclui muito material gratuito que poderá ser baixado aqui no meu blog. Você pode entrar nos enlaces abaixo para ver os materiais gratuitos.

Como Comprar “Carlota não quer falar”

  • Se você vive no Brasil poderá fazer o seu pedido diretamente à Editora Grafar. Eles enviarão para você em qualquer lugar do Brasil. Além disso você poderá conseguir descontos a partir do terceiro livro. Clique aqui para ir à Livraria Grafar.
  • Se você vive na Europa pode comprar o livro em Português através da Editora Sar Alejandría: Para pedidos dentro de Espanha e  para enviar a outros países da Europa.
  • Se você vive na Espanha e quer o livro em Espanhol poderá fazer o pedido sem gastos de envio na página de Editorial Sar Alejandría.
  • Também podes receber o livro dedicado, comprando abaixo através de PayPal. Se tem alguma dúvida ou prefere pagar através de transferência bancária, entre em contato pelo formulário abaixo.

    Livro Carlota não quer falar, Português, entrega DENTRO Europa.

    Livro “Carlota não quer falar”, Português Europeu. Ed. Sar Alejandría. Autora Claudine Bernardes. O valor inclui Livro de Capa Dura que contêm: conto interativo + Guia de aplicação + Ludo das Emoções com 30 Cartas. No valor também está incluido o transporte em correio simples.

    €19,00

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Material Gratuito para baixar

Jogos: Preparei vários jogos para trabalhar as capacidades emocionais das crianças. Entra neste link e você poderá conhecê-los e baixá-los.

Desenhos para colorir: Neste link você encontrará varias folhas com ilustrações do conto, para que as crianças possam colorir e divertir-se.

Calendário para dormir sozinho: Se o seu filho tem dificuldades para dormir sozinho, preparei um material especial que pode lhe ajudar. Clica aqui.

Projeto Educação Emocional com Carlota: Se trata de um projeto desenvolvido para servir de suporte ao Conto. São quase 80 páginas, onde ensino o que é a contoexpressão e a educação emocional através de contos, juntamente com uma parte prática, composta por jogos, dinâmicas, fichas para atividades, desenhos etc. Para baixar o Projeto de forma gratuita clica aqui.  

Para receber mais materiais basta preencher o FORMULÁRIO ABAIXO que envio diversos materiais em PDF de forma totalmente GRATUITA para você! Ah! me siga pelo instagram @claudine.bernardes

Se você ficou com alguma dúvida, ou deseja conversar comigo, não duvide em escrever-me. Será um prazer conversar com você. Se vives na Europa e queres o livro com dedicatória, posso enviá-lo pessoalmente. Basta escrever-me.

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