Apesar de viver na Espanha, acompanho de perto tudo o que está acontecendo no Brasil e vejo com tristeza os ataques violentos que estão acontecendo nas escolas. Necessitamos com urgência estratégias de humanização, cultura de paz e educação emocional a partir da primeira infância.
Por isso resolvi criar essa aula que darei na quinta-feira dia 20 de abril. Será uma aula de duas horas de duração com emissão de Certificado.
Muito se fala sobre Educação Emocional na sala de aula, mas como se deve fazer? O que dizem as metanálises sobre como deve ser um programa de êxito? O que realmente é importante? Sabia que um bom programa de Educação Emocional deve ser transversal? Mas o que é isso? Quais são as capacidades emocionais que devem ser trabalhadas e como?
Nos últimos anos tenho criado e aplicado diversos programas. Também dou assessoria a entidades públicas e privadas, como o exemplo que deixo abaixo:
Esse programa que criei para a Editora Turminha do Bem se chama “Nossas emoções e a transformação social” e já está sendo vivenciado por mais de 5.000 crianças. Como por exemplo no Município de Bandeirantes.
Quero compartilhar com você esse conhecimento. Quer participar da aula?
A aula custa 57 Reais, para o Brasil e 15 euros Para Europa. Você poderá efetuar o pagamento por PIX (Brasil) ou Paypal para Europa. Basta entrar em contato comigo pelo formulário abaixo para receber mais informação.
AULA: O CONTO COMO FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
Será dia 6 de Dezembro às 19h (Brasília).
AULA GRATUITA, exatamente, não custa nada, nadinha, mas é exclusiva para quem já comprou ou compre o livro O GIGANTE QUE APRENDEU A SUSSURRAR, na LOJA DA EDITORA LITERARE BOOKS.
Lembre-se, para participar da aula você deverá comprar o livro até dia 30 de novembro e depois receberá o link da aula, que será gravada caso não possa assistir nesse dia.
Por que comprar esse livro?
Trata-se de um lindo livro em capa dura, com uma história que ajudará a compreender como podemos construir pontes de comunicação. O livro também contém uma Guia Didática com atividades práticas. Além disso, ao comprá-lo você tem acesso a diversos materiais que pode baixar por meio do QR Code contido no final do livro. Isso mesmo. um PDF com TABULEIRO DE JOGOS, CARTAS DE BARALHO com uma proposta de jogo, diversas atividades e moldes.
QUER MAIS??? Além de todo esse material incrível, preparei um material gratuito, que se chama PROJETO DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA, que contém um OFICINA PASSO A PASSO, mais atividades e moldes. Se quiser esse material gratuito, basta preencher o formulário abaixo para recebê-lo.
QUER RECEBER ESSE MATERIAL GRATUITO? ANTES QUERO MOSTRAR UM POUCO SOBRE ELE. VAMOS LÁ?
Preparei um material cheio de possibilidades para você colocar em prática, tanto com CRIANÇAS, como ADOLESCENTES e inclusive ADULTOS.
Gosto de fazer tudo com excelência, e não é porque se trata de um material gratuito que seria diferente. Se trata de um material em PDF, com uma parte prática, onde explico as bases da educação emocional, centrando-me nas duas pernas das competências sociais, que são: ASSERTIVIDADE E IMPATIA.
Também explico os três estilos de comunicação: passiva, agressiva e assertiva. Além disso, você poderá comprender a metodologia utilizada para criar esse material A CONTOEXPRESSÃO
Na PARTE PRÁTICA, você encontrará uma OFICINA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL sobre COMUNICAÇÃO ASSERTIVA, a qual está explicada passo a passo.
Também preparei outras atividades complementares, divertidas e dinâmicas. Além disso APRESENTO O JOGO DO ENCONTRO, que criei para ajudar a desenvolver a linguagem assertiva e melhorar as relações interpessoais.
QUER MAIS??? AO FINAL DO MATERIAL VOCÊ ENCONTRARÁ MOLDES, que poderá imprimir e utilizar. Como você pode ver, se trata de um material muito rico e completo. Caso queira este material, basta preencher o formulário abaixo e você receberá o PDF no seu e-mail:
Todo conto de fadas começa ou deveria começar assim, e este não foge a essa regra. Um reino distante, um bosque encantado, fadas, gigantes e a terrível Bruxa do Esquecimento, nos convidam a viver uma grande e transformadora aventura.
O Gigante que aprendeu a sussurrar nos mostra que pessoas tão distintas podem caminhar juntas, quando constroem pontes entre os seus corações.
Além do conto, o livro também possui uma guia didática com sugestão de atividades e material complementar (jogos de mesa, baralho e diversas atividades) que você poderá baixar por meio do QR code contido no livro
Por que criei O GIGANTE QUE APRENDEU A SUSSURRAR?
Ninguém é uma ilha, todos convivemos com outras pessoas: na família, no trabalho, na escola, entre amigos… É importante aprender a buscar uma forma de comunicação eficaz, mas que também seja assertiva e afetiva. E devemos fazer isso juntos… numa jornada que as vezes será muito difícil, como nessa história, onde a fada Lélia e o Gigante Talos empreendem uma jornada para buscar uma forma de conseguir se entender. O problema é que encontram pelo caminho a BRUXA DO ESQUECIMENTO, que lança sobre eles um feitiço terrível. Será que eles conseguirão vencer juntos tantos problemas? Espero que sim! Porque os finais felizes são sempre uma esperança que esperamos!
Além do conto, o livro possui uma GUIA DIDÁTICA com muitas atividades e o QR Code com o qual poderá baixar MATERIAL DE APOIO DIDÁTICO EM PDF.
Compre o livro e baixe o material didático em pdf. Nele você encontrará: Videoaulas para ajudar a pais, mães, educadores e psicólogos (sobre o uso dos contos na terapia; Como ajudar as crianças a gerir a raiva (Cinco chaves para educar as emoções), Jogos de Mesas (você poderá imprimir os tabuleiros quantas vezes quiser); Jogos de Narrativa (para imprimir), atividades para terapia familiar, desenhos para pintar e muito, muito mais.
E para terminar, tenho um super presente. Preparei uma OFICINA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL (VIVÊNCIA) GRATUITA. Se trata de um material completo, passo a passo, que você poderá aplicar com crianças, adolescentes e adultos. A temática é: Comunicação Assertiva e desenvolvimento da empatia. Se quiser este material deixe os seus dados abaixo:
Hoje quero compartilhar com vocês uma atividade muito interessante que fiz com meus alunos da Escola Bíblica Dominical, mas que você pode fazer na escola, em casa, no parque, nas oficinas de educação emocional e desenvolvimento da criatividade.
SOBRE A ATIVIDADE
Primeiro vou contar como realizei a atividade e depois explicarei os benefícios que elas produzem, também com base em pesquisas científicas. Esta atividade foi desenvolvida na escola bíblica dominical onde leciono. Costumo ensinar crianças dos 8 aos 12 anos, mas desta vez estiveram comigo várias idades (dos 3 aos 12 anos). Precisava de algo estimulante, criativo que pudesse ensinar e divertir todas as crianças, por isso escolhi esta atividade.
OBJETIVO DA ATIVIDADE: Ensino bíblico (vimos diferentes histórias da Bíblia e falamos sobre adorar a Deus) e desenvolvimento emocional e funções executivas.
COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS: competências sociais (trabalho em equipa e ajuda mútua); motor fino; organização do espaço de trabalho; desenvolvimento de habilidades motoras; gestão da frustração; planejamento.
MATERIAL NECESSÁRIO: 1. LIVRO QUEBRACABEÇA (usei “Heroes Bibles of Puzzles” publicado pela Scandinavia Publishing, que nos chegou do Equador – Livraria Clara Luz), tenho também um quenbracabeça de O Pequeno Príncipe LIVRO COM PUZZLES, Editorial NGV ( ambos contêm 6 quebra-cabeças e a história correspondente). 2 sacos plásticos.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
1. PREPARAÇÃO DO ESPAÇO
Cheguei cedo no local, separei os quebra-cabeças, tirei do livro e coloquei um a um dentro de sacos plásticos. Então eu os escondi por todo o espaço.
2. PROCURE O TESOURO
Recebi as crianças, perguntei como foi a semana e depois expliquei que faríamos uma atividade divertida. Eu disse a eles que por toda a sala eu havia escondido saquinhos de quebra-cabeças, que eram os tesouros de nossa atividade. E que eles deveriam procurá-los e começar a montá-los. As crianças iniciaram a atividade fazendo uma caça ao tesouro.
3. MONTANDO O QUEBRACABEÇA
Depois de encontrar os quebra-cabeças (um para cada criança – se não houver o suficiente, você pode colocar as crianças em pares), as crianças começaram a montá-los. A dificuldade aqui é que as crianças NÃO VIRAM ANTERIORMENTE as figuras do quebra-cabeça, então elas não sabiam exatamente o que estavam montando. Os mais velhos foram os primeiros a terminar e depois ajudaram os mais novos (aqui trabalhamos as competências sociais de empatia e assertividade). Colaborar para construir o quebra-cabeça foi divertido, estimulante e desafiador, pois eles tiveram que gerenciar uma comunicação assertiva e empática, ou seja, os grandes não podiam fazer tudo, tratava-se de ajudar os pequenos a montar.
4. DESCOBRINDO A HISTÓRIA.
Depois que todos os quebra-cabeças foram montados, cada criança teve que descobrir a qual história bíblica se referia e contar um pouco sobre essa história para seus colegas. Havia apenas uma história que as crianças não conseguiam identificar, então contei para todos e conversamos sobre como aplicá-la em nossas vidas hoje.
5. DO QUEBRACAEÇA AO LIVRO
Para finalizar a atividade, cada criança me ajudou a colocar o quebra-cabeça montado na página correspondente do livro e depois o ensinou, completando para os colegas.
ADAPTAÇÕES
Essa atividade pode ser feita dentro ou fora da igreja, tanto nas atividades bíblicas, como nas escolas, oficinas de educação emocional, etc.
Exemplos: 1. Usei histórias bíblicas porque estava fazendo uma atividade espiritual, mas poderia fazê-lo em associações (que me contratam para fazer oficinas) usando o livro quebra cabeça do Pequeno Príncipe ou outro que eu tivesse. 2. Você pode fazer em casa com uma ou mais crianças, escondendo os quebra-cabeças pela casa; 3. Você poderia fazê-lo no PARQUE, escondendo os quebra-cabeças entre as plantas (mas seria necessário ter uma superfície lisa e estática para montar o quebra-cabeça).
O QUEBRACABEÇA PARA FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
Agora deixo-vos com pequenos excertos do projeto final de licenciatura, realizado por María San Frutos González “QUEBRA-CABEÇAS PARA FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS” que pode ler na íntegra clicando aqui (atenção, está em castelhano)
A capacidade de síntese e análise.
Coordenação óculo-manuela.
inteligência visuoespacial.
Motricidade fina.
Pensamento lógico.
Criatividade.
Desenvolve o exercício mental, exercitando os lados direito e esquerdo do cérebro. O direito é responsável pela criatividade, emoções e pensamento intuitivo; e o esquerdo é o lado lógico, objetivo e metódico (Gordillo, 2020. p.2).
Segundo Moreno (2016), as funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas cujo principal objetivo é facilitar a adaptação das pessoas a novas situações. Essas habilidades são essenciais para a vida em geral, e para o adequado aprendizado acadêmico em particular, desde a primeira infância.
As funções executivas são a essência do nosso comportamento, são a base dos processos cognitivos e constituem o elemento de maior valor diferencial entre o ser humano e as outras espécies (Portellano, 2005), pois englobam um conjunto de competências cujo objetivo principal é facilitar a adaptação do indivíduo a situações novas e complexas, indo além dos comportamentos habituais e automáticos (Collette et al., 2006).
Algumas das habilidades que são trabalhadas através das funções executivas segundo Gioia et al. (2000a,b). Serão as seguintes que dividiremos em dois grandes blocos: habilidades socioemocionais e habilidades cognitivas.
1.1 Habilidades socioemocionais
Inibição: É a capacidade de interromper nosso próprio comportamento no momento certo, o que inclui ações e pensamentos ou atividade mental. O oposto da inibição é a impulsividade. Se temos uma fraqueza para interromper a ação dirigida por nossos impulsos, então somos “impulsivos”.
Mudança: É a capacidade de mover-se livremente de uma situação para outra e pensar com flexibilidade para responder adequadamente a uma situação.
Gestão Emocional: É a capacidade de modular as respostas emocionais, de modo que usemos pensamentos racionais para controlar os sentimentos.
Planejamento: É a capacidade de lidar com as demandas de uma tarefa orientada tanto para o presente quanto para o futuro.
Organização de materiais: É a capacidade de colocar ordem no trabalho, lazer e tempo livre e em espaços dedicados ao armazenamento.
1.2 Habilidades cognitivas
Em relação às habilidades cognitivas, mencionamos duas delas, que trabalharemos na proposta de intervenção. Que são:
Auto-supervisão, sendo esta a capacidade de manter o controle de nossas tarefas.
Ser autônomo ao medi-los e avaliá-los. Levando em conta modelos previamente estabelecidos, para que a criança saiba o que precisa ou o que se espera dela.
Da mesma forma, temos memória de trabalho, que leva em consideração a possibilidade de reter informações em nossa mente. É o tipo de memória responsável por reter e processar temporariamente a informação, uma vez realizadas as tarefas cognitivas (Flores, Fernández, 2016).
Gostou? O que você achou da atividade? Se você achou interessante, peço que compartilhe em suas redes sociais. E se você fizê-la, eu gostaria de saber como foi.
Você conhece a importância do mal nos contos de fadas e na narrativa em geral?
Os contos de fadas ajudam as crianças (e, claro, também adolescentes e adultos) a enfrentar seus conflitos internos. Essas histórias projetam no exterior a luta interna entre o bem e o mal que vive em todos nós.
Porém há muito mais sobre esse tema, e conhecer isso abrirá um leque de possibilidades tanto na sua vida pessoal como profissional.
Como muito de você sabem sou especialista em Educação Emocional e Contos Terapêuticos (narrativa na terapia). Há anos venho ensinado psicólogos, educadores e diversos profissionais a como utilizar este conhecimento, tanto no trabalho com crianças, como adolescente a adultos. Como fruto desse trabalho tenho um livro publicado junto às minhas alunas, o qual é um bestseller (CONTOS QUE CURAM: EDUCAÇÃO EMOCIONAL E POR MEIO DE CONTOS) e agora estou preparando um novo livro.
Gostaria de convidar você a participar dessa aula que ficará gravada, caso você não possa assistir nessa data.
Será dia 23 de Maio às 18h, não perca porque não sei quando voltarei a abordar esta temática.
E TEM MAIS…
Quem se inscrever nessa aula terá acesso ao link da minha aula anterior TOUR PELO MUNDO MÁGICO SÍMBOLICO, para compreender os contos e os arquétipos através da Jornada do Herói de Joseph Campbell 🤭
A aula será realizada por Zoom e caso você se inscreva mas não possa participar, receberá um link para ver a gravação posteriormente ou rever a aula com tranquilidade. Peça informação pelo whatsapp ao lado ou no formulário abaixo.
Obrigada por contactar comigo. Costumo responder em 24 horas, caso não você não receba a resposta veja na sua pasta de spam ou escreva a info@claudinebernardes.com
Vem comigo!!! Vamos fazer um TOUR pelo “mundo mágico-simbólico”, visitaremos lugares incríveis: contos, lendas, mitos; veremos o seu simbolismo, conheceremos os arquétipos do inconsciente coletivo e como eles se manifestam nas nossas vidas.
Estudaremos a Jornada do Herói de Joseph Campbell e aprenderemos como podemos aplicar este conhecimento à vida prática (à nossa, dos nossos pacientes, clientes etc).
Você coach, psicólogo, professor, contador de histórias e quer conhecer um pouco mais de todo potencial dos contos maravilhosos, venha participar dessa aula.
Vagas limitadas. VIDEO-AULA POR ZOOM Quinta dia 23 de Fevereiro às 19h (hora de Brasília)
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Efetue o pagamento abaixo e depois você receberá o link de acesso à aula que será realizada por Zoom. Também pode deixar os seus dados de contato (whatssap, nome completo e e-mail no formulário abaixo).
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O conto motor é uma variante do conto narrado, e poderíamos chamar de um conto representado, ou “conto em jogo”, no qual há um narrador e um grupo de participantes que representa o que está sendo narrado. É uma variante do conto, e uma atividade extremamente motivadora, educativa e estimulante, que é muito eficaz principalmente na escola primária e infantil, para o desenvolvimento psicológico, físico e mental da criança. Não se trata simplesmente de adaptar um conto à uma peça teatral. Aqui se trata de um jogo de improvisação, onde os participantes, devem dramatizar a história que estão escutando.
Autores como o Conde Caveda (1994) e Ruiz Omeñaca (2011), afirmam que a história motora é utilizada como meio de explorar, brincar, construir, criar, dentro da educação psicomotora e da educação física escolar. Além disso, cumpre todas as condições para incluí-lo como uma alternativa válida ao ensino durante o jogo, inerente à qualidade lúdica. Não se trata de jogar, mas sim de educar. Portanto, o jogo é a ferramenta educacional mais valiosa.
Deve-se notar também que é importante conceber a história em um contexto pedagógico, a fim de construir um aspecto pessoal e social. Também é importante que a história chegue ao aluno capturando seus interesses, para que o professor tenha que antecipar o que pode acontecer e imaginar todo o contexto da aula.
Ruiz Omeñaca (2009), sugere que o processo da história motora consiste em ler uma história e introduzir uma série de atividades motoras para os alunos. São elementos de grande importância no processo pedagógico: a motivação, o envolvimento ativo dos alunos, o desafio como fator de melhoria e transformação da classe em uma comunidade de apoio em que a convivência adquire grande importância.
Autores como o Conde Caveda (1994) e Ruiz Omeñaca (2011), afirmam que o conto motor pode ser utilizada como meio de explorar, brincar, construir, criar, dentro da educação psicomotora e da educação física escolar. Além disso, cumpre todas as condições para incluí-lo como uma alternativa válida ao ensino através do brincar, inerente à qualidade lúdica. Não se trata de jogar, mas sim de educar. Portanto, o jogo é uma ferramenta educacional muito valiosa.
Deve-se notar também que é importante conceber a conto num contexto pedagógico, a fim de construir um aspecto pessoal e social. Também é importante que o conto capture o interesse do participante, para que o facilitador tenha que antecipar o que pode acontecer e imaginar todo o contexto da atividade.
Ruiz Omeñaca (2009), sugere que o processo do conto motor consiste em ler uma história e introduzir uma série de atividades motoras para o grupo. São elementos de grande importância no processo pedagógico: a motivação, o envolvimento ativo dos participantes, o desafio como fator de melhoria e transformação do grupo numa comunidade de apoio em que a convivência adquire grande importância.
No que diz respeito ao desenvolvimento e prática do conto motor, deve-se ter em conta a necessidade de criar ambiente propício à participação. Ao ler ou narrar a história deve-se enfatizar os aspectos desejados, introduzindo as variações necessárias.
O autor Ruíz Omeñaca (2011) afirma que, ao finalizar cada conto motor é importante abrir um espaço de tempo para reflexão e diálogo; Para realizar uma avaliação com o objetivo de melhoria, a aprendizagem contextualizada é avaliada.
PROPOSTA DE ATIVIDADE COM UM CONTO MOTOR
Estudamos a parte teórica de como aplicar um conto motor, agora veremos um exemplo de atividade que pode ser desenvolvida de forma grupal.
Inicialmente é necessário fazer um aquecimento geral das articulações com os participante. Depois se explicará em que consiste a atividade, ou seja, o que é um conto motor e o que se espera dos participantes. É muito importante que os participantes compreendam que eles devem realizar os gestos indicados durante a narração do conto. Se é a primeira vez que o grupo participa deste tipo de atividade, seria interessante que o facilitador guiasse os movimentos durante a narração.
Em seguida, faça o grupo sentar-se em círculo e peça que observem onde estão. Pergunte se eles conhecem algum tipo de cultura onde as pessoas se sentam em círculos. Explique que vamos fazer um teatro sobre índios, onde todos serão índios e devem seguir e fazer o que diga o conto:
CONTO MOTOR: SOMOS ÍNDIOS
“Uma bela manhã de segunda-feira, os pequenos índios da tribo “mãos cruzadas”, levantam-se da tenda com grande entusiasmo para ver que novas aventuras os aguardam. Os pequenos índios esticam seus braços e bocejam muito alto (aqui encorajamos o aluno a fazê-lo repetidamente) enquanto vão ao rio para lavar seus rostos com água fria, três vezes seguidas.
Depois que eles tenham o rosto limpo, os índios executam danças rituais todos juntos, para agradecer pelo novo dia (uma música na qual trabalhamos e dançamos juntos). Então eles montam nos seus cavalos e vão em busca de um grande rio está bem longe da sua aldeia (quando montam nos cavalos, galopam ao redor do ginásio várias vezes e o facilitador faz o barulho do galope do cavalo). Quando eles chegam no rio, descem dos cavalos e deixam eles pastarem livremente.
Depois, entram em sua longa canoa para chegar na ilha que fica do outro lado do rio. Mas, para chegar lá, os índios têm que trabalhar juntos e remar muito e ao mesmo tempo.(formando uma fila as crianças devem sentar-se, como se estivem dentro de uma grande canoa. Cada índio segura um remo na mão direita e outro na mão esquerda, quando escutam o número três (o facilitador conta 1, 2, 3 -fazendo o gesto de remar, e anima os alunos dizendo_ outra vez: 1, 2 3. – Deve repetir várias vezes esse processo)
Quando os índios finalmente chegam à ilha, eles se dirigem para seu lugar favorito de caça, porém para chegar lá devem atravessar um riacho cheio de pedras, então os índios, todos bem juntinho, cruzam pouco a pouco as rochas que estão muito escorregadias. Depois cruzam uma ponte de madeira muito longa e muito alta. A ponte balança que os índios gritam de susto! (Anime as crianças a gritar de susto). Mas eles sabem que se querem chegar no outro lado devem tranquilizar-se, por isso respiram contando até dez (contar com eles até dez).
Perto do lugar onde os animais estão, há uma caverna pequena e escura. Os pequenos índios passam silenciosamente pela caverna, e chegam a uma parte que devem agachar-se para não bater com a cabeça nas pedras da caverna.
Saindo da caverna os pequenos índios pegam as flechas que estavam nas suas costas e silenciosamente buscam um animal para caçar. De repente encontram pegada de um javali e começam a segui-la. Cinco passos para a direita(o facilitador conta até cinco), três passos para a frente (conta até três), três passos para a esquerda, e aí encontra um grande, enorme javali que está pastando. Os índios se agacham para não serem vistos pelo javali e lançam suas flechas com grande força.
Puxa! O Javali fugiu!!!! Não se preocupem, os pequenos índios não voltaram com as mãos vazias para casa. Colherão jabuticabas e amoras, assim que os pequenos índios estendem as suas mãos e começam a colher as frutas e as colocam nas suas bolsas.
Para voltar à casa, os índios escolhem outro caminho, atravessando uma grande montanha. Chegam à casa e despejam as frutas numa grande cesta, depois se sentam em círculo para descansar e percebem que estão muito cansado. Foi um dia cheio de aventuras e os pequenos índios se deitam, fecham os olhos e dormem, sonhando com as novas aventuras que viverão no dia seguinte. (os participantes se sentam e depois se deitam fazendo de conta que estão dormindo)”
INFORMAÇÃO:
(Texto traduzido e adaptado de: LOPEZ, A. Propuesta De Intervención En Psicomotrocidad Para Alumnos Con Tdah En Educación Infantil, A Través De Los Cuentos Motores. 2016. Universidad de Valladolid (Segovia)
ENTÃO, O QUE ACHOU?
Se gostou, te convido a compartilhar post nas suas redes sociais. Também gostaria de saber a sua opinião, deixe um recadinho para mim, é bom saber que se estou ajudando. Ahhh, caso queira aprender a utilizar os contos como ferramentas de educação emocional e também dentro da terapia, lhe convido e entrar na minha LOJA e ver os cursos e materiais disponíveis.
Também deixo o meu contato de whatssap aqui ao lado, caso queira pedir informação sobre os cursos disponíveis.
Muitas pessoas possuem dúvidas sobre como adaptar os CONTOS DE FADAS para as crianças de forma respeitosa, ou seja, sem dilacerar os simbolismos mais importantes destes contos, o que poderia trazer grandes prejuízos.
Já vimos diversas adaptações realizadas por Disney, que embora tenham deixado o conto mais romântico e até bonito, provocaram mudanças na sua estrutura simbólica, provocando a criação de outra coisa, ou seja, outro conto distinto… com uma mensagem completamente distinta da original.
Tanto dos meus cursos presenciais no Instituto IASE de Valência (aqui na Espanha), quanto nas minhas aulas on-line, e até pelo meu Instagram e Blog as pessoas me perguntam: DEVO CONTAR O CONTO ORIGINAL PARA AS CRIANÇAS? E esses contos que possuem violência? Por que a princesa deve ficar com o príncipe? Esses contos não são prejudicais e sexistas?
Nessa Aula Online de 2 horas, abordarei estes temas, utilizando como base TRÊS CONTOS INCRÍVEIS: Branca de Neve, Pequena Sereia e Pele de Asno (é possível que você não conheça este porém recomendo conhecê-lo).
EMITIREMOS CERTIFICADO DE ASSISTÊNCIA DE 2 HORAS.
ENTÃO, ACHOU INTERESSANTE? VEM PARA A AULA, garanta a sua vaga, porque são limitadas, veja os preços:
LOTE 1: 49 reais (5 primeiras matrículas)
Este link será desativado quando atinja a quantidade estabelecida.
LOTE 2: 69 reais (próximas matrículas)
Pague com este link se o anterior não funcionar
Caso queira mais informações ou pagar por PIX solicite a chave pelo whatssap abaixo
Livro: QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU – O impacto do politicamente correto na formação das crianças.
Hoje eu tenho uma resenha de um livro super interessante. Tinha muita vontade de ler esse livro, tanto que mandei trazer do Brasil. Quer conhecê-lo?
Livro: Quem tem medo do Lobo Mau (O impacto do politicamente correto na formação da criança)
Autores: Ilan Brenman e Luiz Felipe Pondé
Editorial Papirus 7 Mares
“Seria um abuso sexual o príncepe roubar um beijo da Bela adormecida? Quem brinca de polícia e ladrão pode virar assassino?”
Nesse livro, que é uma conversa entre o escritor e psicólogo Ilan Brenman e o filósofo Luiz Felipe Pondé, essas duas figuras incríveis falam sobre temas muito controvertidos na atualidade, e chamam a atenção para como o “politicamente correto” está produzindo muitos estragos na educação das crianças.
É um livro de fácil leitura e não é muito extenso, porém considero que é uma jóia, porque trata temas muito relevantes. Como especialista no uso dos contos em psicoeducação tenho recebido muitas perguntas sobre os contos clássicos, e tenho visto uma verdadeira perseguição a diversos contos incríveis, em virtude de uma interpretação puramente racional desta literatura que é sumamente simbólica.
Ilan Brenman conta que em uma oportunidade, há muitos anos atrás, foi contar contos numa escola… e durante a contação cantou uma musiquinha onde aparecia a palavra BUNDA… isso mesmo, BUNDA… a diretora ficou HORRORIZADA, pediu para ele não usar essa palavra, que estava mal usá-la… ele se negou a tal coisa e foi convidado a se retirar. Parece engraçado, não acha? Mas isso é só o começo! Contos onde aparecem bruxas e duendes são mal vistos em muitos lugares. Grupos de pressão tentam tirar dos colégios contos como A bela adormecida, porque o fato do príncipe beijá-la quando estava dormida, se constitui em assédio sexual. Brincadeiras como a QUEIMADA são taxadas de bullying.
Parafraseando os autores, o contrário do politicamente correto não é o politicamente incorreto, se queremos educar os nosso filhos para que sejam livres pensadores, devemos fazê-lo utilizando o equilíbrio e deixar-nos guiar pelo bom senso. Não sejamos “papagaios” das ideias de outros… escute, observe, veja resultados e tome as suas decisões.
Algumas frases incríveis que extraí do livro:
“O politicamente correto não fornece o material simbólico necessário para fortalecer nossas crianças e nossos jovens, muito pelo contrário, fragiliza-os mais ainda.”
Ilan Brenman
“… a prática oposta ao politicamente correto não é o incorreto; é ter educação doméstica e sensibilidade social.”
Luiz Felipe Pondé
Considero um excelente livro para refletir e trazer a tona este tão necessário tema. Será que estamos sobreprotegente as nossas crianças? Algo que sempre falo nas minhas palestras sobre o uso dos contos na educação é que observo que muitos pais estão afastando os filhos de temáticas como a MORTE, ou os RITUAIS DA MORTE, por exemplo. Pensam que vai traumatizar a criança, e isso é um grande erro. Se na infância a criança não desenvolve ferramentas emocionais para lidar com situações como a perda, por exemplo, na vida adulta, quando inegavelmente sofra uma perda, não terá estruturas emocionais para lidar com essa situação o que pode inclusive produzir a depressão ou suicidio. Já pensou nisso?
“A criança quer ter o poder e o controle sobre o mundo que a oprime, e nada melhor do que a fantasia para lhe dar essa sensação.”
Ilan Brenman
Essa é uma grande verdade! Vou contar uma fato que aconteceu na minha última viagem ao Brasil que expressa bem isso.
Conheci uma menina que não tinha cumprido 4 anos ainda. Ela sempre falava sobre o Lobo Mau… quando tinha medo de que algo ruim pudesse acontecer com alguém, dizia: _Cuidado! O lobo mau anda por aí… cuidado com ele.
Quando fazia algo errado, e chamavam a atenção dela, dizia: _Não fui eu! Foi o lobo mau.
Por que ela fazia isso? A resposta é, talvez difícil de assimilar, porém, já vi muitos casos semelhantes. Se chama PROJEÇÃO.
O LOBO MAU simboliza tudo o que há de mau… porque na mente da criança, onde tudo está polarizado em bom e mau… a princesa, a Chapeuzinho Vermelho (ou seja, o protagonista) é a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA BONDADE. Por outro lado, a bruxa, a madrasta, o lobo mau (ou seja, o antagonista) é a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA MALDADE.
Com isso quero dizer, que no caso da menina que sempre jogava a CULPA no LOBO MAU, fazia isso porque não conseguia INTEGRAR ou ACEITAR que podia ter algo mau dentro dela, e projetava a maldade sobre o personagem que sabia que era mau. ESSE NÃO É UM PROCESSO CONSCIENTE, e acontece inclusive com adultos, quando PROJETAMOS as nossas sombras (a culpa daquela eficiência que temos, sobre outras pessoas). Exemplo: “_Eu explodi de raiva, porque você me provocou.” Na verdade, você explodiu de raiva, porque não consegue administrar essa emoção, outras pessoas na mesma situação poderiam não ter a mesma reação. Deu para entender?
Bem, mas voltando para o livro, realmente devemos repensar como estamos educando as nossas crianças. Criar temas “tabus” impede que nossos filhos possam desenvolver o seu sentido crítico. Claro que devemos abordar os temas difíceis ou críticos de forma respeitosa, porém isso não significa que devam ser excluídos.
O que achou? Já conhecia o livro? Já vivenciou alguma situação parecida? Deixe a sua opinião, comentário, compartilhe esta publicação nas suas redes sociais, assim saberei que as minhas publicações são relevantes.
E se quiser aprender como utilizar os CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA, se quiser aprender a criar contos terapêuticas e oficinas de emoções, venha estudar comigo. Deixo aqui o link para que conheça os meus cursos.