Metáfora do NINHO aplicada em oficinas de emoções

A dica de hoje é sobre o uso da METÁFORA DO NINHO em oficinas de emoções, ou inclusive atividades terapêuticas dentro da psicologia ou psicopedagogia clínica. A METÁFORA é uma ferramenta incrível, que pode ser utilizada tanto na educação como na terapia, com excelentes resultados a curto e longo prazo.

O NINHO COMO METÁFORA é símbolo evidente do LAR. Dentro deste conceito podemos trabalhar aspectos como:

O ACOLHIMENTO e COMPOSIÇÃO DO LAR:

Se como filhos – crianças e adolescentes – nos sentimos acolhidos.

Como é o nosso lar?

Quais emoções se experimentam com mais frequência no nosso lar?

Quais emoções são rechazadas no lar?)

Com o adulto, podemos trabalhar em como foi construído o lar; quais são as emoções que estamos vivenciando em família; quais  valores são a base do lar e se realmente estes valores se praticam. 

A ZONA DE CONFORTO:

Aqui podemos trabalhar com público adulto para que possam analisar como está construída a sua zona de conforto, esse lugar no qual se sente seguro, porém que também pode ter espinhos. É hora de sair desse ninho? É hora de empreender novos voos?

Também podemos trabalhar com o adolescente, já que nessa fase ele sente a necessidade de se distanciar das figuras paternas, porque está no processo da sua construção como indivíduo e da sua subjetividade. Que valores o meu lar possui que me ajudarão nessa nova fase?

ADOÇÃO E PREPARAÇÃO PARA MATERNIDADE:

Aqui podemos fazer uma atividade para que futuros pais e mães possam analisar quão sadio está o seu ninho.

Este ninho em construção está preparado para acolher outro ser?

Como está COMPOSTO EMOCIONALMENTE este ninho?

Que é necessário melhorar?

Podemos trabalhar com pessoas em processo de adoção, ou inclusive com pais e mães “tentantes”.

SEJA CRIATIVO

Como você pode ver, as possibilidades são inumeráveis e tudo depende da sua criatividade. 

É possível trabalhar com diversos públicos, crianças, adolescentes ou adultos.

As fotos que aparecem no post foram realizadas dentro de um PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL para mães, composto por diversas oficinas.  

Nesta oficina, especificamente, foi incrível o resultado. Elas se emocionaram muito durante a construção do ninho e com os contos que escolhi para dar suporte à atividade.

Achou interessante?

Compartilha nas suas redes sociais e deixa o seu comentário. Será ótimo poder trocar ideias como você. 

Ahhh! E se quiser aprender como criar Atividades Contoexpressivas como as que eu realizo, venha estudar Educação e Terapia por meio de Contos comigo. Deixo aqui o link do Curso para que você possa conhecê-lo.

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Oficina de Emoções com o Conto Carlota não quer falar

O objetivo da oficina é que os participantes compreendam o efeito das emoções, identificando-as no momento em que ocorrem (consciência emocional), não somente em si mesmas, mas também em outros.  Além disso, também aprenderão sobre a importância de falar sobre os seus sentimentos, e receberão ferramentas para administrá-los (regulação emocional). Exercitarão também a empatia e a assertividade que são essenciais  para melhorar suas competências sociais. 

O Conto Carlota não quer falar (de minha autoria e publicado no Brasil pela Editora Grafar) pode ser comprado no seguinte link  Conto Carlota Não Quer Falar

É importante esclarecer que ainda que este material num princípio tenha sido pensado para um público infantil, muitos professores e psicólogos estão utilizando com adolescentes e adultos. Eu mesma já adaptei esta oficina para trabalhar com um grupo de mães. 

Oficina de Emoções com Carlota

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A Oficina está formada de três partes  

  1. PRIMEIRA PARTE: CONEXÃO COM O PÚBLICO

Quando realizo esta atividade com público infantil por primeira vez, ou seja, com um público que não me conhece levo comigo o meu TAPETE MÁGICO.  Se trata de um tapete de crochê feito pela minha mãe. Digo aos participantes tenho um tapete mágico… não, não se trata de um tapete que voa, é um tapete que ajuda a minha imaginação a voar e criar novos contos. Mas esse tapete necessita de combustível… e o combustível é o amor. Pois ele foi feito com muito amor pela minha mãe. Por isso necessito que eles coloquem um pouco de amor no tapete. Distribuo fitas de cetim, peço que escrevam os seus nomes, que depositem um beijo na fita e que a amarrem no tapete. Agora eles me acompanharão sempre, porque um pouco do seu amor está no meu tapete. As crianças adoram esta parte.

2 . METÁFORA: O balão a caixa e a pedra

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Antes de começar a contação faço uma introdução bastante gráfica, utilizando um balão, uma caixa e uma pedra. Os participantes se divertem muito nesta parte e criamos uma conexão muito boa.  O conto começa com as frases: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.”

Para que os participantes possam compreender mais profundamente o sentido dessas metáforas, começo enchendo um balão vermelho. A medida que vou enchendo o balão, paro para conversar com elas e dizer-lhes que acho que ainda falta encher um pouco mais. As crianças começam a ficar preocupadas, porque o balão está muito cheio, porém não esperam que eu siga enchendo. Até que “bummm” o balão explode e elas se assustam.  “Isso é o que passa quando enchemos muito o balão”, lhes digo, e depois sigo com a caixa.

Se trata de uma caixa de sapatos decorada, com um coração na parte superior e um  buraco no centro, onde a criança pode introduzir a sua mão. Dentro da caixa coloco uma pedra pesada. A caixa simboliza o coração e a pedra simboliza os sentimentos que vamos guardando dentro dele. Primeiro peço para cada criança segurar a caixa, e pergunto: Está pesada ou leve? Vocês acham que seria fácil caminhar durante horas carregando este peso? Depois, cada criança introduz a mão na caixa, e faço outras perguntas: O objeto é suave ou áspero? É  agradável tocá-lo? Neste ponto, as crianças descobrem que se trata de um pedra, assim que retiro a tampa da caixa e mostro a pedra para elas.

Durante esta parte introdutória, não explico o sentido da metáfora, já que elas compreenderão o significado destes objetos, e a conexão deles com os sentimentos, durante a contação. Evito fazer explicações, para que as crianças possam captar o ensinamento, de acordo com a capacidade individual, a idade e experiências pessoais. Agindo assim, não subjugo o conhecimento delas. 

Depois de ter integrado na mente das crianças, os conceitos base, através da experimentação, passamos para a seguinte parte que é a contação.

 3. CONTAÇÃO: Carlota não quer falar

Como já disse, o conto está cheio de metáforas para explicar os sentimentos de forma experimental. Como se trata de um conto interativo, as crianças se sentem parte da história e participam ativamente durante toda a contação. É uma experiência muito significativa para elas. Começo a contação apresentando o problema de Carlota e convidando as crianças a ajudarem ela: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.” Vocês gostariam de ajudar a Carlota? Para isso, todos têm que falar por ela. Vocês estão de acordo? 

O conto apresenta quatro problemas: 1) Carlota incomodou-se com um menino no parque; 2) Carlota tem problemas para dormir; 3) Carlota se sentiu mal porque a sua melhor amiga Julia estava brincando com outra menina; 4) Carlota se sentiu mal porque pegou a boneca da sua amiga sem pedir. Apresento o problema, e pergunto às crianças o que está sentindo a protagonista. Depois, pergunto o que ela deve fazer para resolver o seu problema e sentir-se melhor. Para cada uma dessas questões, há duas opções dentro da história. Faço a criança pensar o que aconteceria ao escolher uma ou outra opção.

Exemplo: Carlota não consegue dormir. As crianças já identificaram que ela não consegue dormir porque sente medo. Opções: a) Ela deve ficar acordada toda a noite; b) Ela deve confiar que papai e mamãe estão cuidando dela.  O que aconteceria se ela ficasse acordada toda a noite? Como se sentiria no dia seguinte? Estaria bem para estudar ou brincar?

Depois que conversamos e pensamos nessas possibilidades e as crianças fizeram as suas escolhas, lhes digo: Vejamos qual foi a escolha da Carlota. Será que ela escutou o conselho de vocês?

Então, passamos a página e aí está o resultado. As crianças desfrutam muito nesta parte, porque esperam que Carlota tome a decisão correta. Nesta parte também introduzimos metáforas para explicar cada sentimento. Devemos conversar com as crianças sobre essas metáforas, fazendo perguntas para que elas possam entendê-las. Exemplo: “O perdão é como um banho de mar num dia de calor”. Quem gosta do verão? Faz muito calor, né? Quando sentimos muito calor, o que podemos fazer? Ir na praia é uma boa ideia. Agora imaginem que está fazendo muito sol, você sente muito calor e se joga na agua do mar, ou na piscina… o que você sente? Respostas que costumam aparecer: frescor, alivio, tranquilidade, alegria.

Terminamos a contação com Carlota agradecendo as crianças por ajudá-la a falar sobre os seus sentimentos. É Maravilhoso ver os olhinhos delas brilhando ao perceber que puderam ajudar a protagonista do conto. Todas estão sorrindo e felizes 🙂

Vejamos as metáforas que aprecem no conto:

4. Exercício de conhecimento e gestão dos sentimentos: O Semáforo

Metáfora terapeutica balão Globo pedra caixa lidera Caja

Depois que as crianças vivenciaram a história da protagonista, participando ativamente da contação, esperamos que elas ao menos tenham compreendido a importância de expressar os seus sentimentos, além de identificar alguns sentimentos apresentados na história.

Agora chegou o momento de que as crianças compreendam a importante de gerir estes sentimentos e para isso utilizo a Metáfora do Semáforo, que é uma técnica para aprender a identificar o grau de intensidade de um sentimento, além de como enfocá-lo. Dependendo do tempo que disponho, também utilizarei outra metáfora, que é a Técnica do Vulcão (esta última a modo de introdução para a outra).  Desenvolvo esta parte da seguinte maneira:

Mostro para as crianças a imagem de um Semáforo (pintado por mim) e pergunto se elas sabem o que é. Depois lhes peço que me expliquem o que significa cada cor no semáforo. As crianças explicam sem problemas, porque todas conhecem o seu funcionamento. Depois começo a explicar-lhes que os semáforos foram criados para ajudar a controlar o trânsito, principalmente os carros que gostam de correr muito rápido. Algumas vezes temos sentimentos que são como carros descontrolados, que correm a toda velocidade. Um carro descontrolado é muito perigoso e pode machucar tanto as pessoas que encontra pelo caminho, quanto a pessoa que vai dentro dele. Os sentimentos descontrolado podem provocar estragos semelhantes. Assim como o semáforo controla o trânsito, também podemos utilizar o semáforo dos sentimentos para ajudar a controlar o que sentimos. As vezes sentimentos raiva porque alguém nos ofendeu, e também as vezes essa raiva é tão forte que pode tomar controle da nossa mente e provocar que façamos dano a pessoa que nos ofendeu. Quando sentimos a raiva borbulhando dentro de nós, como um vulcão em erupção, pronto a explodir, então devemos PARAR (mostrar o Sinal vermelho), respirar fundo e contar de 5 até 0. Se já nos sentimos um pouco mais tranquilos então passaremos para o Sinal Amarelo (mostra sinal Amarelo – PENSAR). Vamos pensar nas opções que temos, e o resultado de tomar cada uma delas. Me sentiria bem se batesse na pessoa que me provocou? Isso resolveria o problema? Posso perdoá-la e tentar conversar sobre o problema com ela. Quando já pensamos na melhor opção, então chegou a hora de seguir adiante com o Sinal Verde (Mostrar Sinal Verde – Fazer). Agora vamos fazer aquilo que decidimos anteriormente.

Parece um pouco longo e complicado, mas na prática é muito fácil e as crianças compreendem muito bem a proposta. Depois da conversa/explicação, daremos os semáforos para que as crianças pintem e montem, para levar às suas casas.

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Se ainda temos um pouco de tempo, jogamos o Ludo das Emoções, para colocar em prática um pouco do que aprendemos.


Também podemos realizar atividades corporais, jogos e brincadeiras de reconhecimento de emoções. Peça o Projeto de Educação Emocional e receba de forma GRATUITA.

No Projeto de Educação Emocional com Carlota você encontrará uma parte teórica, onde explico o que é a contoexpressão e como utilizá-la, também falo sobre a educação emocional. Há também uma parte teórico-prática com muitos jogos, técnicas de gestão dos sentimentos, fichas para colorir, atividades etc.  Para conseguir Projeto você só tem que preencher o formulário abaixo, e em breve enviarei o material em pdf e de forma gratuita para você.  Se gostou do conto e quer saber como comprá-lo clica aqui. 

Se gostou do post, compartilhe nas suas redes sociais. Também deixe seu comentário, gosto muito de interagir com os leitores.  Um grande abraço e até logo! 😉

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Lançamento

Estou feliz da vida porque este ano lanço dois novos livros no Brasil.

Dia 22 de Agosto será lançado o livro “Contos que Curam: Oficinas de educação Emocional por meio de contos”.

Este livro, publicado por Literare Books é o resultado de um ano de intenso trabalho, do qual além de autora do primeiro capítulo, sou coordenadora editorial junto à Flavia Gama. O livro está formado por 24 capítulos, contendo 24 oficinas para trabalhar diversos aspectos da educação emocional, tanto com crianças como adolescentes e adultos.

Estas oficinas foram criadas por excelentes profissionais de diversas áreas (educadoras, coachs, psicólogas, contadoras de histórias etc) que fizeram o curso de Contoexpressão comigo durante a minha viagem ao Brasil nos meses de julho e agosto de 2018.

Se você é professor, psicólogo, psicopedagogos, coach e necessita de material para desenvolver atividades grupais, este livro vai ajudar-lhe muito. Cada oficina foi supervisada por mim e o livro além de ter uma oficina criada por mim, também possui diversos contos de minha autoria.

Se quiser comprar o “Contos que Curam” com uma super oferta de lançamento: Apenas 45 reais com gastos de envio incluido, basta escrever a claudinebernardes@acaixadeimaginacao.com assunto: contos que curam e entraremos em contato com você.

JÁ A VENDA: Oficinas de vivências através de contos – Contoexpressão

oficinas 

Nos últimos meses tenho recebido muitas mensagens de profissionais que gostariam de obter as minhas Oficinas Contoexpressivas. Tenho consciência do efeito destas oficinas, porque vejo constantemente mudanças de atitude nas pessoas que participam delas (tanto crianças, como adolescentes, adultos ou idosos). Por esta razão resolvi disponibilizá-las para venda.

Estas oficinas podem ser oferecidas para associações de pais, educadores, a grupos em geral, e para todas as idades, por um valor adequado ao seu desenvolvimento profissional (quando realizo uma oficina costumo cobrar entre 100 e 200 euros por cada oficina de 2 horas, com um máximo de 20 participantes). Você poderá amortizar o investimento muito rápido!!!

O que é uma oficina de vivência através de contos?

Em uma oficina de vivência através de contos, convidamos os participantes a experimentar as histórias de forma sensorial. As oficinas possuem um objetivo didático e por essa razão, tanto os contos, quanto a técnica aplicada e material de apoio selecionados, ajudam a alcançar estes objetivos. As atividades realizadas convidam os participantes a olhar dentro de si, fazendo uma introspeção profunda, que os ajudará a analisar as suas condutas e sentimentos, e produzir uma mudança positiva de pensamento e comportamento.

Por que através de contos?

A alma humana tem uma necessidade inextinguível de que a sustância dos contos flua através de suas veias; assim como o corpo necessita ter substâncias nutritivas que circulam através dele.”  (Rudolf Steiner)

Quando escutamos falar sobre contos imediatamente o associamos à infância, inclusive nos produz lembranças felizes. É verdade! Os contos são elementos essenciais durante a infância, porém sua importância não deveria diminuir durante a adolescência ou a vida adulta. Os contos carregam a essência humana, nossa estrutura vital: um princípio, um processo de desenvolvimento e um fim, portanto as oficinas que realizaremos se dirigem às necessidades emocionais, tanto de crianças, como adolescentes e adultos.

Os contos, através de suas metáforas e simbolismos, alcançam nosso inconsciente, já que conseguem esquivar as barreiras criadas pela razão; e uma vez ali, despertam o conhecimento ou plantam sementes para o futuro. Dotar a mente de simbolismo é altamente importante, já que 80% das nossas decisões são tomadas pelo inconsciente. Por este motivo, os contos servem como instrumento perfeito para educar as emoções, ensinar valores, animar, fortalecer a resiliência, a autoestima etc.

 A vida é um maravilhoso conto de fadas. Hans Christian Andersen

ALGUMAS OFICINAS DISPONÍVEIS 

1.  Sonhos ou castelos no ar? 

Os sonhos são os combustíveis que fazem que a vida siga o seu caminho. Porém, quando o tempo passa e eles não se fazem realidade, sentimos que os nossos sonhos são como castelos no ar, e por isso nos sentimos frustrados. Através desta oficina ajudaremos os participantes a identificar aqueles sonhos que podem ser realizados; também daremos nome aos gigantes que custodiam estes sonhos, os conheceremos mais a fundo para poder vencê-los. Geralmente estes gigantes são condutas ou sentimentos que nos impossibilitam avançar. Finalmente, através da criatividade, buscaremos os pequenos e grandes passos que necessitamos dar, para começar a mover-nos em direção ao nosso objetivo. Se trata de uma oficina prática, onde os participantes receberão motivação e ferramentas para dar os primeiros passos ao encontro daquilo que desejam. Público: Crianças a partir de 10 anos, Adolescentes, adultos, idosos, grupos de mulheres, grupos de mães, dependentes químicos em recuperação etc. 

 

  


2. Para dias nublados, guarda-chuva colorido.

Administração da ira e fomento do otimismo e resiliência. Através de contos e diversas atividades, os participantes compreenderão como atua a ira, o que passa quando sucumbimos ao seu poder e como utilizar ferramentas de gestão dos sentimentos, para evitar danos emocionais, tanto próprios como alheios. Também utilizaremos jogos de dramatização para exercitar a empatia e experimentar os sentimentos desde um lugar seguro. Para completar a experiência, os participantes receberão ferramentas para fomentar o otimismo e alcançar um estilo de vida mais equilibrado e feliz. Público: Crianças (7-12 anos), adolescentes, adultos, grupo de toxicômanos, associação de pais, empresários, trabalhadores de empresas etc.


3. Um mundo de emoções: O Iceberg.

Educar a mente sem educar o coração não é educação. (Aristóteles)

Não existem emoções boas ou más, na verdade elas são agradáveis ou desagradáveis. Para ter uma vida equilibrada, devemos conhecê-las, experimentá-las e escolher aquelas que fomentarão o nosso crescimento pessoal. Porém, as vezes não é tão fácil reconhecer as emoções no mesmo momento em que as vivemos, ou os sentimentos que outros estão experimentando. Os sentimentos se misturam, se disfarçam e nos confundem, por isso é necessário observá-los mais atentamente, para poder compreendê-los. Através desta oficina, os participantes escutarão contos, participarão de atividades e exercícios para compreender melhor como as emoções atuam internamente e como se exteriorizam, para então poder canalizá-las de forma apropriada. Público: Crianças a partir de 10 anos, adolescentes, adultos, grupo de toxicômanos, associação de pais, empresários, trabalhadores de empresas etc.

 


4. O que te faz único é…

Você é único e irrepetível! Sabia? Teoricamente todos sabemos disso, porém quando ocorrem situações que atacam a nossa auto-estima, começamos a ter uma visão distorcida de nós mesmos. Através de uma linda história, metáforas visuais e uma atividade chamada “A Caixa da Auto-estima”, os participantes compreenderão que amar-se é o primeiro passo para amar e respeitar de forma plena aos que nos rodeiam. Através desta oficina os participantes reconhecerão o seu valor; receberão mensagens de ânimo e otimismo que farão carícias na alma, e ferramentas que os ajudarão quando o desânimo apareça. Público: Crianças (7-12 anos), adolescentes, adultos, grupo de toxicômanos, associação de pais, trabalhadores de empresas etc. Essa oficina possui uma versão familiar, para pais e filhos.

 

5. A Janela Mágica

Muitas pessoas pensam que a vida é um caos de acontecimento, como se o universo estivesse conspirando contra elas. Fazer uma leitura sobre a sua linha vital, observar desde uma perspectiva segura a sua historia, seus problemas, perdas e logros ajudará os participantes a buscar alternativas mais positivas aos seus problemas. A partir deste ponto, ter uma consciência mais plena e fechar o círculo para começar um novo caminho de crescimento pessoal. Público: Crianças a partir de 10 anos, adolescentes, adultos, idosos, desentendes químicos, grupo de pessoas em depressão, pessoas que passaram por perdas pessoais, trabalhadores de empresas, etc.

 


Os contos de fadas são mais que verdades; não porque digam que os dragões existem, mas sim porque nos dizem que os dragões podem ser derrotados. Gilbert Keith Chesterton

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Para mais informação preencha o formulário abaixo:

Metáforas, contos e contação: a contoexpressão na prática – Oficina de emoções.

(Para leer el texto en español pincha aquí)

Oi, tudo bem? Hoje falaremos sobre as metáforas como recurso junto à contação de histórias para ajudar as pessoas (crianças e adultos) a compreender os sentimentos (próprios e alheios), proporcionando uma oportunidade de mudança.

O que é a metáfora?

Metáfora é uma figura de linguagem onde se usa uma palavra ou uma expressão em um sentido que não é muito comum, revelando uma relação de semelhança entre dois termos.  Metáfora é um termo que no latim, “meta” significa “algo” e “phora” significa “sem sentido”. Esta palavra foi trazida do grego onde metaphorá significa “mudança” e “transposição“.

As Metáforas Terapêuticas

As Metáforas vem sendo utilizadas também com um fim terapêutico, já que proporcionam um espaço terapêutico, onde as crianças, as famílias e o terapeuta podem encontrar-se de forma mais natural.  Quando as metáforas são utilizadas dentro de um tratamento, o seu uso facilita o acesso a pontos dolorosos e conflitantes de uma forma não intrusiva e não ameaçadora.  A linguagem metafórica é uma ponte entre o simbólico e o real, entre o terapeuta e a família,  e também entre os diferentes membros da família. Seu uso oferece um espaço simbólico que agiliza os processos de elaboração do sintoma, onde a palavra não pode chegar.

  Uma metáfora terapêutica consegue mudanças na compreensão do paciente sobre o problema e sugere soluções adequadas sem impôr tarefas ou regras de comportamento. Ao empregar uma metáfora, o terapeuta destaca o que essas mudanças consistem, sem dizer-lhes literalmente; mas faz isso através da sugestão de uma comparação com uma experiência vivida (real ou indiretamente) pelo paciente. Assim, uma metáfora terapêutica apresenta ao paciente uma experiência conhecida ou, melhor ainda, vivida por ele, que está associada ao problema apresentado e oferecendo-lhe uma solução. Ao ouvi-lo, entendê-lo e revivê-lo, há uma mudança em seu comportamento. Com esta definição, a metáfora terapêutica pode consistir em uma única palavra ou uma narrativa de uma história.  ( José Antônio García Higuera – Artigo: Las Metáforas en la terapia de aceptación y compromiso

 Para que uma metáfora seja efetiva, é desejável que atenda às seguintes condições:

  1. A melhor metáfora terapêutica é aquela que se adapta ao problema que o paciente apresenta naquele momento. Além disso, para que seja efetiva é necessário que seja compreensível desde o ponto de vista do paciente, adaptando-se ao seu grau de desenvolvimento (tanto a nível de experiência como idade)
  2. O paciente deve ser refletido nela e identificado com algum ou alguns dos personagens que aparecem na narração.
  3. Deve estabelecer uma clara correspondência entre o problema do paciente e a experiência que ela conta.
  4. Dever ter uma estrutura de ação, para que o paciente possa encontrar na metáfora os passos que deve seguir para mudar o seu comportamento.
  5. A metáfora oferece uma solução para o problema, assim o paciente acessa um comportamento que ele não havia visto antes e que reinterpreta ou resolve o problema.

Desta forma, se o paciente muda de comportamento, o fará porque teve uma experiência pessoal através da metáfora, e não para agradar o terapeuta, ou por outros motivos que não seja uma real mudança interior.  Se desejas ler mais sobre este tema, recomendo este artigo  Las Metáforas en la terapia de aceptación y compromiso de José Antônio García Higuera (está em castelhano).

 Metáforas, Contos e Contação

Os contos em geral, são metáforas e contêm metáforas. E quando me refiro a contos, penso em narrativas de forma geral: contos modernos, contos de fadas (ou maravilhosos), lendas, fábulas, parábolas etc. Assim que, quando decidamos utilizar um conto dentro  de uma terapia (sempre realizada por profissionais capacitados), ou por profissionais da educação, é importante conhecer e compreender o sentido e o alcance das metáforas que estão intrínsecas no conto, bem como a metáfora geral do conto.

Para que uma metáfora perdure no tempo, dentro da memória das pessoas, é interessante dotá-la de imagem e proporcionar a sua experimentação. Para isso, nada melhor que uma eficaz contação, onde o contador da história utilize evoque imagens mentais e sentimentos já existentes nos ouvintes, e proporcionem uma participação ativa destes, através de perguntas, por exemplo.

Para uma melhor compreensão do que expliquei, vou utilizar como exemplo  uma das oficinas que realizo. Se trata da “Oficina de Emoções com Carlota”, preparada para um público infantil. Nesta oficina utilizo como base o meu conto “Carlota não quer falar” o qual possui várias metáforas para explicar os sentimentos. Se te interessa este tema, te recomendo que conheça melhor o conto assim compreenderás melhor o enfoque da Oficina de Emoções (Entre aqui). 

Oficina de Emoções com Carlota

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O objetivo da oficina é que as crianças compreendam o efeito das emoções, identificando a emoção no momento em que ocorre, não somente em si mesmas, mas também em outros.  Além disso, também aprenderão sobre a importância de falar sobre os seus sentimentos, e receberão ferramentas para administrá-los.

A Oficina está formada de três partes (e em todas utilizo metáforas):

1 . Introdução: O balão a caixa e a pedra

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Antes de começar a contação faço uma introdução bastante gráfica, utilizando um balão, uma caixa e uma pedra. As crianças se divertem muito nesta parte e criamos uma conexão muito boa.  O conto começa com as frases: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.”

Para que as crianças possam compreender mais profundamente o sentido dessas metáforas, começo enchendo um balão vermelho. A medida que vou enchendo o balão, paro para conversar com elas e dizer-lhes que acho que ainda falta encher um pouco mais. As crianças começam a ficar preocupadas, porque o balão está muito cheio, porém não esperam que eu siga enchendo. Até que “bummm” o balão explode e elas se assustam.  “Isso é o que passa quando enchemos muito o balão”, lhes digo, e depois sigo com a caixa.

Se trata de uma caixa de sapatos decorada, com um coração na parte superior e um  buraco no centro, onde a criança pode introduzir a sua mão. Dentro da caixa coloco uma pedra pesada. A caixa simboliza o coração e a pedra simboliza os sentimentos que vamos guardando dentro dele. Primeiro peço para cada criança segurar a caixa, e pergunto: Está pesada ou leve? Vocês acham que seria fácil caminhar durante horas carregando este peso? Depois, cada criança introduz a mão na caixa, e faço outras perguntas: O objeto é suave ou áspero? É  agradável tocá-lo? Neste ponto, as crianças descobrem que se trata de um pedra, assim que retiro a tampa da caixa e mostro a pedra para elas.

Durante esta parte introdutória, não explico o sentido da metáfora, já que elas compreenderão o significado destes objetos, e a conexão deles com os sentimentos, durante a contação. Evito fazer explicações, para que as crianças possam captar o ensinamento, de acordo com a capacidade individual, a idade e experiências pessoais. Agindo assim, não subjugo o conhecimento delas. 

Depois de ter integrado na mente das crianças, os conceitos base, através da experimentação, passamos para a segunda parte que é a contação.

 2. Contação: Carlota não quer falar

Como já disse, o conto está cheio de metáforas para explicar os sentimentos de forma experimental. Como se trata de um conto interativo, as crianças se sentem parte da história e participam ativamente durante toda a contação. É uma experiência muito significativa para elas. Começo a contação apresentando o problema de Carlota e convidando as crianças a ajudarem ela: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.” Vocês gostariam de ajudar a Carlota? Para isso, todos têm que falar por ela. Vocês estão de acordo? 

O conto apresenta quatro problemas: 1) Carlota incomodou-se com um menino no parque; 2) Carlota tem problemas para dormir; 3) Carlota se sentiu mal porque a sua melhor amiga Julia estava brincando com outra menina; 4) Carlota se sentiu mal porque pegou a boneca da sua amiga sem pedir. Apresento o problema, e pergunto às crianças o que está sentindo a protagonista. Depois, pergunto o que ela deve fazer para resolver o seu problema e sentir-se melhor. Para cada uma dessas questões, há duas opções dentro da história. Faço a criança pensar o que aconteceria ao escolher uma ou outra opção.

Exemplo: Carlota não consegue dormir. As crianças já identificaram que ela não consegue dormir porque sente medo. Opções: a) Ela deve ficar acordada toda a noite; b) Ela deve confiar que papai e mamãe estão cuidando dela.  O que aconteceria se ela ficasse acordada toda a noite? Como se sentiria no dia seguinte? Estaria bem para estudar ou brincar?

Depois que conversamos e pensamos nessas possibilidades e as crianças fizeram as suas escolhas, lhes digo: Vejamos qual foi a escolha da Carlota. Será que ela escutou o conselho de vocês?

Então, passamos a página e aí está o resultado. As crianças desfrutam muito nesta parte, porque esperam que Carlota tome a decisão correta. Nesta parte também introduzimos metáforas para explicar cada sentimento. Devemos conversar com as crianças sobre essas metáforas, fazendo perguntas para que elas possam entendê-las. Exemplo: “O perdão é como um banho de mar num dia de calor”. Quem gosta do verão? Faz muito calor, né? Quando sentimos muito calor, o que podemos fazer? Ir na praia é uma boa ideia. Agora imaginem que está fazendo muito sol, você sente muito calor e se joga na agua do mar, ou na piscina… o que você sente? Respostas que costumam aparecer: frescor, alivio, tranquilidade, alegria.

Terminamos a contação com Carlota agradecendo as crianças por ajudá-la a falar sobre os seus sentimentos. É Maravilhoso ver os olhinhos delas brilhando ao perceber que puderam ajudar a protagonista do conto. Todas estão sorrindo e felizes 🙂

Vejamos as metáforas que aprecem no conto:

3. Exercício de conhecimento e gestão dos sentimentos: O Semáforo

Metáfora terapeutica balão Globo pedra caixa lidera Caja

Depois que as crianças vivenciaram a história da protagonista, participando ativamente da contação, esperamos que elas ao menos tenham compreendido a importância de expressar os seus sentimentos, além de identificar alguns sentimentos apresentados na história.

Agora chegou o momento de que as crianças compreendam a importante de gerir estes sentimentos e para isso utilizo a Metáfora do Semáforo, que é uma técnica para aprender a identificar o grau de intensidade de um sentimento, além de como enfocá-lo. Dependendo do tempo que disponho, também utilizarei outra metáfora, que é a Técnica do Vulcão (esta última a modo de introdução para a outra).  Desenvolvo esta parte da seguinte maneira:

Mostro para as crianças a imagem de um Semáforo (pintado por mim) e pergunto se elas sabem o que é. Depois lhes peço que me expliquem o que significa cada cor no semáforo. As crianças explicam sem problemas, porque todas conhecem o seu funcionamento. Depois começo a explicar-lhes que os semáforos foram criados para ajudar a controlar o trânsito, principalmente os carros que gostam de correr muito rápido. Algumas vezes temos sentimentos que são como carros descontrolados, que correm a toda velocidade. Um carro descontrolado é muito perigoso e pode machucar tanto as pessoas que encontra pelo caminho, quanto a pessoa que vai dentro dele. Os sentimentos descontrolado podem provocar estragos semelhantes. Assim como o semáforo controla o trânsito, também podemos utilizar o semáforo dos sentimentos para ajudar a controlar o que sentimos. As vezes sentimentos raiva porque alguém nos ofendeu, e também as vezes essa raiva é tão forte que pode tomar controle da nossa mente e provocar que façamos dano a pessoa que nos ofendeu. Quando sentimos a raiva borbulhando dentro de nós, como um vulcão em erupção, pronto a explodir, então devemos PARAR (mostrar o Sinal vermelho), respirar fundo e contar de 5 até 0. Se já nos sentimos um pouco mais tranquilos então passaremos para o Sinal Amarelo (mostra sinal Amarelo – PENSAR). Vamos pensar nas opções que temos, e o resultado de tomar cada uma delas. Me sentiria bem se batesse na pessoa que me provocou? Isso resolveria o problema? Posso perdoá-la e tentar conversar sobre o problema com ela. Quando já pensamos na melhor opção, então chegou a hora de seguir adiante com o Sinal Verde (Mostrar Sinal Verde – Fazer). Agora vamos fazer aquilo que decidimos anteriormente.

Parece um pouco longo e complicado, mas na prática é muito fácil e as crianças compreendem muito bem a proposta. Depois da conversa/explicação, daremos os semáforos para que as crianças pintem e montem, para levar às suas casas.

Oficina das emoções carlota não quer falar contoterpia técnica semaforo gestão de sentimentos

Se ainda temos um pouco de tempo, jogamos o Ludo das Emoções, para colocar em prática um pouco do que aprendemos.


Hoje aprendemos um pouco sobre as metáforas e a importância delas na terapia e também na educação emocional. Se você gostou do que vimos hoje, e quer conhecer mais sobre a educação emocional, preparei um projeto bem interessante sobre o assunto.

No Projeto de Educação Emocional com Carlota você encontrará uma parte teórica, onde explico o que é a contoexpressão e como utilizá-la, também falo sobre a educação emocional. Há também uma parte teórico-prática com muitos jogos, técnicas de gestão dos sentimentos, fichas para colorir, atividades etc.  Para conseguir Projeto você só tem que preencher o formulário abaixo, e em breve enviarei o material em pdf e de forma gratuita para você.  Se gostou do conto e quer saber como comprá-lo clica aqui. 

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