Resenha: Quem tem medo do lobo mau?

Livro: QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU – O impacto do politicamente correto na formação das crianças.

Hoje eu tenho uma resenha de um livro super interessante. Tinha muita vontade de ler esse livro, tanto que mandei trazer do Brasil. Quer conhecê-lo?


Livro: Quem tem medo do Lobo Mau (O impacto do politicamente correto na formação da criança)

Autores: Ilan Brenman e Luiz Felipe Pondé

Editorial Papirus 7 Mares

“Seria um abuso sexual o príncepe roubar um beijo da Bela adormecida? Quem brinca de polícia e ladrão pode virar assassino?”


Nesse livro, que é uma conversa entre o escritor e psicólogo Ilan Brenman e o filósofo Luiz Felipe Pondé, essas duas figuras incríveis falam sobre temas muito controvertidos na atualidade, e chamam a atenção para como o “politicamente correto” está produzindo muitos estragos na educação das crianças. 


É um livro de fácil leitura e não é muito extenso, porém considero que é uma jóia, porque trata temas muito relevantes. Como especialista no uso dos contos em psicoeducação tenho recebido muitas perguntas sobre os contos clássicos, e tenho visto uma verdadeira perseguição a diversos contos incríveis, em virtude de uma interpretação puramente racional desta literatura que é sumamente simbólica. 

Ilan Brenman conta que em uma oportunidade, há muitos anos atrás, foi contar contos numa escola… e durante a contação cantou uma musiquinha onde aparecia a palavra BUNDA… isso mesmo, BUNDA… a diretora ficou HORRORIZADA, pediu para ele não usar essa palavra, que estava mal usá-la… ele se negou a tal coisa e foi convidado a se retirar. Parece engraçado, não acha? Mas isso é só o começo! Contos onde aparecem bruxas e duendes são mal vistos em muitos lugares. Grupos de pressão tentam tirar dos colégios contos como A bela adormecida, porque o fato do príncipe beijá-la quando estava dormida, se constitui em assédio sexual. Brincadeiras como a QUEIMADA são taxadas de bullying.


Parafraseando os autores, o contrário do politicamente correto não é o politicamente incorreto, se queremos educar os nosso filhos para que sejam livres pensadores, devemos fazê-lo utilizando o equilíbrio e deixar-nos guiar pelo bom senso. Não sejamos “papagaios” das ideias de outros… escute, observe, veja resultados e tome as suas decisões.


Algumas frases incríveis que extraí do livro:

“O politicamente correto não fornece o material simbólico necessário para fortalecer nossas crianças e nossos jovens, muito pelo contrário, fragiliza-os mais ainda.”

Ilan Brenman

“… a prática oposta ao politicamente correto não é o incorreto; é ter educação doméstica e sensibilidade social.”

Luiz Felipe Pondé

Considero um excelente livro para refletir e trazer a tona este tão necessário tema. Será que estamos sobreprotegente as nossas crianças? Algo que sempre falo nas minhas palestras sobre o uso dos contos na educação é que observo que muitos pais estão afastando os filhos de temáticas como a MORTE, ou os RITUAIS DA MORTE, por exemplo. Pensam que vai traumatizar a criança, e isso é um grande erro. Se na infância a criança não desenvolve ferramentas emocionais para lidar com situações como a perda, por exemplo, na vida adulta, quando inegavelmente sofra uma perda, não terá estruturas emocionais para lidar com essa situação o que pode inclusive produzir a depressão ou suicidio. Já pensou nisso?

“A criança quer ter o poder e o controle sobre o mundo que a oprime, e nada melhor do que a fantasia para lhe dar essa sensação.”

Ilan Brenman

Essa é uma grande verdade! Vou contar uma fato que aconteceu na minha última viagem ao Brasil que expressa bem isso.

Conheci uma menina que não tinha cumprido 4 anos ainda. Ela sempre falava sobre o Lobo Mau… quando tinha medo de que algo ruim pudesse acontecer com alguém, dizia: _Cuidado! O lobo mau anda por aí… cuidado com ele.

Quando fazia algo errado, e chamavam a atenção dela, dizia: _Não fui eu! Foi o lobo mau.

Por que ela fazia isso? A resposta é, talvez difícil de assimilar, porém, já vi muitos casos semelhantes. Se chama PROJEÇÃO.

O LOBO MAU simboliza tudo o que há de mau… porque na mente da criança, onde tudo está polarizado em bom e mau… a princesa, a Chapeuzinho Vermelho (ou seja, o protagonista) é a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA BONDADE. Por outro lado, a bruxa, a madrasta, o lobo mau (ou seja, o antagonista) é a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA MALDADE.

Com isso quero dizer, que no caso da menina que sempre jogava a CULPA no LOBO MAU, fazia isso porque não conseguia INTEGRAR ou ACEITAR que podia ter algo mau dentro dela, e projetava a maldade sobre o personagem que sabia que era mau. ESSE NÃO É UM PROCESSO CONSCIENTE, e acontece inclusive com adultos, quando PROJETAMOS as nossas sombras (a culpa daquela eficiência que temos, sobre outras pessoas). Exemplo: “_Eu explodi de raiva, porque você me provocou.” Na verdade, você explodiu de raiva, porque não consegue administrar essa emoção, outras pessoas na mesma situação poderiam não ter a mesma reação. Deu para entender?

Bem, mas voltando para o livro, realmente devemos repensar como estamos educando as nossas crianças. Criar temas “tabus” impede que nossos filhos possam desenvolver o seu sentido crítico. Claro que devemos abordar os temas difíceis ou críticos de forma respeitosa, porém isso não significa que devam ser excluídos.

O que achou? Já conhecia o livro? Já vivenciou alguma situação parecida? Deixe a sua opinião, comentário, compartilhe esta publicação nas suas redes sociais, assim saberei que as minhas publicações são relevantes. 

E se quiser aprender como utilizar os CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA, se quiser aprender a criar contos terapêuticas e oficinas de emoções, venha estudar comigo. Deixo aqui o link para que conheça os meus cursos.

COMO POSSO AJUDAR UMA CRIANÇA QUE EXPRESSA MUITA RAIVA?


Antes de responder a essa pergunta, é muito importante esclarecer que é super natural que uma criança dessa idade tenha momentos em que expresse a raiva de uma forma bastante forte. Essa é a idade da birra, principalmente porque ao não conseguir se comunicar de forma adequada com o adulto a criança se frustra e daí surge a expressão da raiva. Poderia falar muito mais sobre esse assunto, inclusive citando a vários autores, porém prefiro ir direto à resposta que dei à psicóloga que me enviou essa pergunta:


Aqui vemos uma criança muito pequena, que está atuando de acordo com a sua idade. O que se pode fazer nesse caso é um processo psicopedagógico. Utilize contos com pouco texto e imagens potentes, com personagens humanos expressando as suas emoções. No meu livro “Carlota não quer falar” que você pode conhecer clicando aqui, trabalho diversas emoções e a criança pode interagir com a história. Também possuo material em PDF Gratuito que você pode solicitar o qual possui diversas atividades para aplicar com crianças de diversas idades. Se quiser o material preencha o formulário abaixo que lhe envio.

Também é importante que a criança se sinta acolhida, ou seja, que compreenda que o adulto não vai “deixar de amá-la” por expressar estas emoções, que é normal sentir-se assim. Isso não significa passar a mão na cabeça da criança, aqui o importante é acolher a emoção e redirecionar a atitude, ou seja, mostrar para a criança que existe outras formas de resolver o problema. Venho ensinando isso há tempo, e o resultado é ótimo. Caso queira saber mais como enfrentar a raiva infantil e inclusive aprender ferramentas que você pode ensinar aos pais das crianças, conheça o KIT DA RAIVA, um material muito completo.


Outro dia, numa das aulas que dou no Instituto de Psicologia IASE, aqui na Espanha, uma das alunas que é psicóloga, explicou que deixou de trabalhar com o público infantil, porque os pais não se envolviam na terapia. Ela utilizou a seguinte metáfora: “Era se como as crianças chegassem sujas no meu consultório, então eu as lavava com carinho, deixava elas cheirosas e limpinhas e as entregava para os pais. E na seguinte sessão elas voltavam outra vez sujas.” Muitos profissionais me expressam a mesma frustração.

Por essa razão, penso que a ação mais importante é envolver os pais  na terapia, e ensiná-los a lidar  com as suas próprias emoções e também as emoções da criança. Do contrário, toda intervenção psicológica será em vão. Muitas alunas psicólogas me disseram que é difícil trabalhar com terapia infantil, porque os pais não estão dispostos a participar do processo, esperam que elas em uma ou duas sessões semanais “resolvam o problema”, no entanto é difícil efetuar um trabalho consistente quando a criança regressa a casa e os pais não ajudam no processo, porque não estão preparados e não querem preparar-se. Nesse caso, SUGIRO UTILIZAR CONTOS COM OS PAIS, para que eles identifiquem a sua necessidade de participar da terapia. 

CONTO: RONALDO SOU EU

“Era um lindo dia e um jovem pai passeava no parque, empurrando o carrinho onde o seu filho chorava.

Enquanto o homem caminhava pelo parque, ia murmurando baixinho e suavemente:

_ Tranquilo, Ronaldo. Mantém a calma, Ronaldo. Tudo está bem! Relaxe-se, Ronaldo. Tudo irá bem, você verá.

Uma mulher que também passeava pelo parque, escutando as palavra daquele pai, lhe disse:

_ Você realmente sabe como falar com uma criança… com calma e suavemente. É admirável!!!

A mulher se inclinou sobre a criança que estava no carrinho e disse com ternura:

_ Qual é o problema, Ronaldo?

Então o pai disse rapidamente:

_ Oh, não senhora… ele é Enrique. Ronaldo sou eu!”

ACHOU INTERESSANTE? QUER CONHECER MAIS CONTOS? QUER APRENDER COMO UTILIZAR OS CONTOS NA TERAPIA COM CRIANÇAS E ADULTOS, VEM ESTUDAR CONTOEXPRESSÃO: Educação Emocional e Terapia por meio de Contos

Deixe as suas dúvidas e comentários. Me ajude a ajudar.

Voltar

Sua mensagem foi enviada

Obrigada por entrar em contato. Em breve lhe responderemos.
Atenção
Atenção
Atenção
Atenção!

Conto inédito Esperança de Natal. De Claudine Bernardes

Vamos ser sinceros, há um ano ninguém imaginava que viveríamos um natal tão estranho… mas não foi estranho o primeiro Natal? Ou foi um mar de rosas para Maria e José… nada disso… estavam longe de casa, Maria super grávida e sem um lugar para poder ter um parto normal… que naquela época não é que fosse algo fácil por si só. Mas aqui estamos, em meio de uma pandemia e precisamos trazer esperança para as pessoas… e se sou sincera… todos necessitamos dessa esperança… há uma semana o meu querido irmão, um jovem professor de matemática na UTI entre a vida e a morte por causa do COVID.

Todos necessitamos esperança e fé de que tudo isso vai passar… as nossas crianças necessitam dessa esperança… e devem saber que elas também podem ajudar de alguma forma. Por isso deixo para vocês uma atividade de Natal. Fui convidada a participar do Natal da Associação Atividades Brasileiras em Madrid. Para o evento criei um conto especial. Não fiz uma oficina, simplesmente foi uma contação de histórias cheia de possibilidades e emoção.

Antes de contar a história conversei com as crianças e perguntei se esse Natal seria diferente… talvez algumas quisessem estar com algum familiar porém não seria possível (veja que estava falando com crianças brasileiras que vivem na Espanha, muitos planos de viajar ao Brasil para passar o natal com a família teve que ser cancelado). Veja que muitas familias não poderão estar juntas para evitar o contágio. Depois de conversar com as crianças comecei a contar o conto. Utilizei o Flanelógrafo o qual foi muito fácil de construir. Abaixo você encontrará mais fotografias. Também abaixo você encontrará os símbolos que trabalhei no conto.

CONTO: ESPERANÇA DE NATAL

Era uma vez um vilarejo que se escondia entre as montanhas Daqui e De Lá, um lugar especial e alegre, onde a magia habitava no coração de cada morador. E sabe por que a magia do coração era tão especial? Porque sempre que acontecia algo triste, a magia do coração fazia brotar uma ideia mirabolante que ajudava a solucionar o problema e restaurar a situação. 

Ah! Mas voltemos para a nossa história. Era dezembro y fazia muiiiito frio, porém as ruas estavam repletas de pessoas caminhando, sorrindo… o vilarejo estava alvoroçado. Sabe por que?

Porque estava chegando o Natal, a festa mais importante do ano. Na noite de Natal todo o vilarejo se reunia na praça da cidade, onde todas as famílias compartilhavam um jantar delicioso, brincadeiras, trocas de presente e abraços quentinhos e cheios de carinho. Ahhh, e não podiam faltar as historias… isso mesmo! O festival de contos natalinos se realizava a cada ano depois da ceia… os contadores de historias compartilham contos inéditos e antigos… e todos se sentavam para escutar. 

Umas semanas antes da grande ceia de Natal, algo estranho aconteceu. Muitos moradores começaram a ficar doentes… cada vez que alguém chegava perto para ajudar… acabava adoecendo também… até alguns médicos e enfermeiros do vilarejo ficaram bem doentes. Tudo mudou de repente… desapareceu o sorriso, a alegria foi embora e as ruas ficaram vazias. Foi então que a preocupação, a incerteza e o medo aproveitaram para entrar no vilarejo, cobrindo tudo com uma névoa cinzenta. 

Havia desaparecido a magia do coração, ao menos era isso o que todo mundo dizia…

Agora escutem bem! Porque vou contar um segredo. O que eles não sabiam é que magia era mais forte no coração das crianças… isso mesmo! De crianças como vocês.

E foi assim, que quando os adultos haviam pensado que o Natal havia terminado… a magia começou a fervilhar no coração das crianças, e quer saber o que aconteceu?

Umas crianças brincavam na rua e começaram a observar como os adultos caminham tristes… sem ânimo e paffff… de repente a magia do coração das crianças começou a movimentar-se, fazendo nascer uma incrível ideia. As crianças se entreolharam, sabendo o que tinham que fazer… saíram correndo e voltam rapidamente, cada uma trazendo coisas numa bolsa. Foi então que começou um fuzuê, elas desenhavam, cortavam, riam, colavam… e depois começaram a enfeitar os pinheirinhos que estavam na rua do vilarejo. Encheram os pinheirinhos de corações coloridos e uma estrela bonita e brilhante na ponta. Toda a cidade ficou colorida e as pessoas curiosas com aquilo. Pela primeira vez em tantas semanas, elas já não pensavam na tristeza e na dor… porque a magia havia transbordado do coração das crianças, trazendo cor e alegria ao vilarejo.

Ah!!! Mas não termina por aí! Muita gente estava doente, sozinha e triste nas suas casas, e não podiam sair… então a magia começou a borbulhar outra vez no coração das crianças, e elas sentiram uma vontade louca de cantar… criaram canções e foram cantando de casa em casa. Elas não podiam entrar para abraçar os seus vizinhos, mas a música sim! Podia atravessar os vidros da janela, entrar pelas gretas da porta e fazer companhia para aqueles que estavam sozinhos. 

Todo vilarejo se encheu de música e até quem estava doente voltou a sorrir. Aquele foi um Natal tão diferente! Não houve ceia de natal no centro do vilarejo… não houve festival de contação de histórias… mas pela primeira vez os pinheirinhos, cheios de pequenas velinhas, iluminaram a noite do vilarejo e durante o dia tudo estava muito colorido. Não houve trocas de abraços, mas a música das crianças tocou o coração de cada vizinho e fez companhia para cada pessoa que se sentia sozinha.

O que aconteceu com o vírus? Ah O vírus acabou passando… desaparecendo… o que não desapareceu foi a magia… porque ela transbordou do coração das crianças, enchendo também o coração dos adultos, e fazendo nascer uma ENOOOORRRME Esperança de Natal. Porque eles aprenderam que sempre quando venha a escuridão, devemos buscar uma pequena luz no fundo no nosso coração. 

AUTORIA: Claudine Bernardes

ALGUNS SÍMBOLOS UTILIZADOS NO CONTO:

MONTANHA: símbolo de lugar sagrado. Proteção, refúgio no sagrado. Neste conto simboliza que o vilarejo estava protegido por algo superior. Como nosso mundo, um lugar sagrado onde cada morador desenvolve a sua existência baixo a proteção de Deus (embora atualmente seja um lugar caído, onde também existe morte e doenças como se aprecia no conto).

Coração: Aqui simboliza a essência do ser humano, onde guarda parte de si e do sagrado.

Magia do Coração: Aqui magia não tem nada de místico, somente simboliza a criatividade e imaginação. O homem/mulher, feito à imagem de Deus, o qual é criativo por essência e portanto, somos subcriadores (como muito bem disse Tolkien), e portanto podemos utilizar essa “magia” para enfrentar-nos às adversidades do mundo caído.

Criança: ser que acredita, que confia e vive o imaginário a ponte de levar à prática a sua crença e transformar o impossível no possível por meio da fé (fé prática e real).

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Como atividade complementar a minha proposta é, depois de contar o conto, fazer uma CHUVA DE IDEIAS com as crianças… ou seja, COLOCAR PRA FUNCIONAR A “MAGIA DO CORAÇÃO” delas e criar coisas que possam nos aproximar daquelas pessoas que não podemos abraçar. Podemos fazer com as crianças uma pequena lista de pessoas que estão longe ou que não podemos abraçar durante o Natal e depois pensar “O QUE PODEMOS FAZER PARA ALEGRAR O DIA DESSA PESSOA”. Como sugestão poderíamos:

  1. COLLAGE: Fazer um COLLAGE com fotos onde apareça a pessoa e se possível a pessoa conosco, com alguma frase bonita e inspiradora. Podemos enviar-lhe por correio, ou simplesmente fazer uma foto do COLLAGE e enviar para a pessoa, ou colocar em facebook ou Instagram etiquetando a pessoa, junto a uma mensagem bem bonita.
  2. CARTÃO DE NATAL: Algo parecido com o collage, porém com cartão de natal.
  3. Música: podemos cantar uma música de natal para a pessoa e enviar-lhe por whatssap, sozinha ou acompanhada de um cartão de Natal.
  4. VÍDEO: Podemos fazer-lhe um video dizendo que sentimos muita saudade, que desejamos estar com ela, e que quando tudo isso passe nos daremos um grande abraço, junto com felicitações natalinas.
  5. VIDEO-CAFÉ NATALINO: Podemos marcar um video café NATALINO com a pessoa, preparamos um bela mesa, com bolos e biscoitos natalinos, e ela também. Marcamos uma hora e todos juntos tomamos um café natalino, enquanto conversamos por video-chamada.

E você o que faria? Deixe no comentário as suas ideais.

Abaixo algumas fotos do Flanelógrafo:

ENTÃO, Gostou? Compartilha nas suas redes sociais. E se quiser aprender a escrever contos ou a utilizá-los como ferramentas psicopedagógicas, vem estudar CONTOEXPRESSÃO COMIGO. Será um prazer ter você na nossa Tribu Contoexpressão.

A importância dos Contos na Educação e Terapia

“A alma humana tem a necessidade inextinguível de que a substância dos contos flua através de suas veias; assim como o corpo necessita ter substâncias nutritivas que circulam através dele.”

(Rudolf Steiner)

Você pode escutar este post através do Podcast que preparamos:

Quando escutamos falar sobre contos, imediatamente os associamos a infância e nos traz lembrança felizes. É verdade! Os contos são elementos essenciais durante a infância, porém sua importância não deveria diminuir durante a adolescência ou na vida adulta. Os contos carregam a esseˆncia humana, nossa estrutura vital: um princ ́ıpio, um processo de desenvolvimento e um fim.

Os contos, através de suas metáforas e simbolismos, alcançam nosso inconsciente, já que conseguem esquivar as barreiras criadas pela razão. E uma vez ali, despertam o conhecimento ou plantam sementes para o futuro. Dotar a mente de simbolismo é altamente importante, já que 80% das nossas decisões são tomadas pelo inconsciente. Por este motivo, os contos servem como instrumento perfeito para educar as emoções, ensinar valores, animar, fortalecer a resiliência, a autoestima, a assertividade, etc.

É importante esclarecer que utilizamos o termo “conto”, como forma geral para o gênero narrativo que engloba: contos de fadas, contos modernos, fábulas, mitos, parábolas, lendas, etc. A pessoa (como leitor ou ouvinte) encontra significados nos contos, pois eles transmitem importantes mensagens à mente consciente e inconsciente. Essas histórias encorajam o seu desenvolvimento, ao mesmo tempo que aliviam pressões conscientes e inconscientes. Na medida em que as histórias se desenvolvem, dão espaço à consciência, mostrando caminhos para satisfazer as necessidades e desejos, de acordo com as exigências do ego e superego. Ocorre uma transformação interior que acaba afetando toda a vida do indivíduo.

A psicanálise foi a primeira disciplina a admitir as complicações decorrentes da divisão do sujeito: o consciente e o inconsciente. Porém, dentro do mundo literário, sabemos que isto é um fato consumado, já que a literatura cria personagens contraditórios, onde nem sempre se produz uma síntese.

Bruno Bettelheim, psicólogo e psicanalista que dedicou grande parte de sua pesquisa científica a utilização de contos no desenvolvimento da criança, explica que as histórias contribuem com mensagens importantes para o consciente, o pré-consciente e inconsciente infantil. Ao referir-se aos problemas humanos universais, especialmente aqueles que preocupam a mente da criança, essas histórias se comunicam com seu pequeno “ego” em formação, estimulando o seu desenvolvimento. A medida que as histórias são decifradas, elas dão crédito consciente e corpo as pulsões do id e mostram os diferentes modos de satisfazê-las, de acordo com as exigências do ego e do superego (Bettelheim, p. 12).

A linguagem simbólica é um valioso recurso que se esconde por trás da simplicidade das histórias e que é usada para explicar problemas, etapas ou fatos por meio de símbolos ou imagens direcionadas ao inconsciente humano, sugerindo possibilidades e alternativas. Graças a essa linguagem específica, as crianças veem suas preocupações e desejos expressos. Atualmente, usamos essa linguagem para representar coisas que não estão ao alcance do entendimento humano, isto é, coisas que não podemos explicar com fatos.

“Usamos termos simbólicos constantemente para representar conceitos que não podemos definir ou compreender de forma alguma. Esta é uma das razões pelas quais todas as religiões usam linguagem ou imagens simbólicas. Mas esse uso consciente de símbolos é apenas um aspecto de um fato psicológico de grande importância: o homem também produz símbolos inconsciente e espontaneamente na forma de sonhos.”

(Carl G. Jung, 1995.)

A linguagem simbólica transporta-nos para o nosso interior pela força do seu sentido, do seu apelo emotivo e afetivo, sem nos persuadir ou convencer com argumentos e provas.

Segundo Bruno Bettelheim (2013), o conto tem um efeito terapêutico, pois a criança encontra uma solução para as suas incertezas através da contemplação do que a história parece implicar acerca dos seus conflitos pessoais atuais. O conto de fadas não informa sobre as questões do mundo exterior, mas sim, sobre processos internos que ocorrem no cerne do sentimento e do pensamento.

Os contos garantem à criança que as dificuldades, os perigos, as fatalidades, podem ser vencidas por todos os que pretendem vencer na vida. E a criança que é desprotegida por natureza, sente que também ela pode ser capaz de superar os seus medos, angústias e desconhecimentos. Portanto, ela poderá aceitar com otimismo as decepções e desilusões que vai encontrando, pois sabe que, tal como acontece nos contos, os esforços por vencer darão a recompensa desejada.

“É exatamente esta a mensagem que os contos de fadas trazem à criança por múltiplas formas: que a luta contra graves dificuldades na vida é inevitável, faz parte intrínseca da existência humana – mas que se o homem não se furtar a ela, e com coragem e determinação enfrentar dificuldades, muitas vezes inesperadas e injustas, acabará por dominar todos os obstáculos e sair vitorioso.”

(Bettelheim, 2013, p.16).

Sendo assim, os contos possuem ao menos cinco funções ou utilidades que influenciam a vida do ser humano:

1. Mágica: Estimular a imaginação e a fantasia;
2. Lúdica: entreter e divertir; 3.Ética: transmitir ensinamentos morais e identificar valores;
4. Espiritual: Compreensão de verdades metafísicas e filosóficas;
5. Terapêutica: encontrar nos personagens e situações, referências para a nossa vida.

CONTOEXPRESSÃO

Agora falaremos um pouco sobre a metodologia que serve de norte para a criação dos materiais que compartilho neste blog.

Antes de explicar o que é a Contoexpressão, gostaria de compartilhar com você como e porque criei esta metodologia. Como mãe de uma criança com TDAH (Transtorno por Deficit de Atenção e Hiperatividade) encontrei-me em uma situação muito complicada, já que diante do grande desafio de educar o meu filho, percebi que não possuía as ferramentas necessárias para ajudá-lo. Ao mesmo tempo percebi que era necessário investir na sua educação emocional. Na minha necessidade de encontrar uma maneira de comunicar-me com ele, observei que ao utilizar contos a nossa comunicação era mais fluida, além disso ele entendia melhor o que eu queria ensinar-lhe. Por essa razão, resolvi estudar profundamente tanto educação emocional, como os contos terapêuticos. Ao fazer um mestrado nessa área e vários estudos posteriores, percebi o poder dos contos na educação emocional, porém, me deparei com a falta de ferramentas práticas que ajudassem a alcançar resultados palpáveis.

Dediquei-me, então, a partir de tudo o que eu havia estudado, a construir uma metodologia prática, formada por 4 ferramentas, para aplicação dos contos na educação e terapia.

Esta metodologia foi abraçada pela EpsiHum (Escuela de Terapia Psicoexpresiva Humanista del Instituto IASE), onde leciono e para a qual desenvolvi o Mestrado em Contoepressão: contos, mitos e fábulas terapêuticas como ferramentas psicoeducativas.

O que é contoexpressão?

Contoexpressão é a arte de compartilhar, provocar e despertar conhecimento de forma sensorial e simbólica através de contos. É uma técnica que busca produzir mudanças de pensamento, que culminará em mudanças de conduta auxiliando o ser humano no árduo processo de buscar uma melhor versão de si.

A Contoexpressão é considerada uma arte, já que partimos do ponto de vista de que o educador (dentro desse conceito integramos todos aqueles que de alguma forma compartilham conhecimento) é um artista. A educação é a arte de inspirar no outro o desejo de aprender e transcender, e a arte de comunicar e despertar conhecimento de forma consciente e respeitosa.

Numa oficina Contoexpressiva é possível uma experimentação sensorial do conhecimento, transportando os símbolos internos à materialização através de atividades projetivas Tudo isso será feito utilizando quatro ferramentas contoexpressivas, que estarão inseridas dentro de uma oficina o sessão terapêutica, ou seja:

1.Conexão emocional. Os participantes se conectarão com os símbolos existentes no conto, ajudando-os a compreendê-los.

2.Metáforas e sımbolos existentes nos contos. utilizaremos vários símbolos presentes no “inconsciente coletivo”, que serão de fácil compreensão para os participantes, ou potenciaremos essa compreensão através de metáforas sensoriais.

3. Método Socrático ou Mayêutica que era o método utilizado pelo filósofo Sócrates e difundido por Platão, no qual o professor deveria guiar o aluno, ajudando-o a “parir” determinado conhecimento através de perguntas.

4. Atividade didática. Se utilizam atividades didáticas que podem ser psicoexpressivas, projetivas, arteterapêuticas, etc. Essas atividades ajudam a melhorar a compreensão, expandir o conhecimento ou fixá-lo.

Como você pode observar, estamos diante de uma metodologia que respeita os processos internos de cada pessoa, despertando o conhecimento sobre alguma circunstância específica que esteja “madura para a colheita”.

Se você quiser uma Oficina Contoexpressiva de Presente de forma GRATUITA, leia o post que está no presente link e preencha o formulário que lhe enviaremos a Oficina do Otimismo e Resiliência da Amendoeira Triste.

QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?

Tenho disponível o curso ONLINE CONTOEXPRESSÃO: EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA POR MEIO DE CONTOS. Entre aqui para saber mais, ou me escreva pelo formulário abaixo:

Voltar

Mensagem enviada. Logo responderemos.

Atenção
Atenção
Atenção
Atenção!

Mais um ano cheio de contos: O que aconteceu em 2019

Quero iniciar 2020 agradecendo a sua companhia durante todo 2019. “A Caixa de Imaginação” conquistou um espaço muito importante durante este ano, com quase 500.000 visualizações, e mais de 100.000 visitantes, o que é muito para um blog desta categoria. Quero aproveitar para contar um pouco do que foi esse ano e as coisas incríveis que aconteceram. Vamos lá?

1. CRIAÇÃO DO CURSO ONLINE DE CONTOEXPRESSÃO

Depois de 2 meses viajando pelo Brasil em 2018, e a pedido de muitos seguidores, criamos o Curso Online de Contoexpresssão: Educação Emocional e Terapia através de Contos. Saiba mais aqui. O curso tem sido um sucesso com muitos alunos que estão felizes e colocando em prática esta técnica.

2. EDITORA EM Sar Alejandría Ediciones

Em fevereiro fui convidada a fazer parte da equipe da Editorial Espanhola Sar Alejandría. A minha missão consistiria em levar a coleção infantil dessa editorial a um novo nível, transformando-a em editora especialista em literatura infantil, com contos que fomentassem a educação socioemocional.

Depois de 10 meses de árduo trabalho e mais de 15 livros lançados, e um aumento exponencial de novos autores, posso dizer que este objetivo foi alcançado. Também criei a “Colección Didáctica” formada por livros pensado para profissionais da educação e psicologia, com um enfoque didático, porém muito prático, cheio de atividades, com um interior muito colorido, alegre e que convidasse a colocar em prática o seu conteúdo. Vejamos isso em fotos:

4. Lançamento A Amendoeira Triste no Brasil

Depois de ter sido lançado na Espanha em dezembro de 2018, a Amendoeira Triste, foi lançada no Brasil em Agosto de 2019. Este livro foi pensado para ajudar no desenvolvimento das capacidades emocionais, principalmente no otimismo e resiliencia, tanto de crianças, como adolescentes e Adultos. Veja mais sobre ele aqui.

5. Lançamento livro Contos que Curam: Oficinas de Educação Emocional por meio de contos.

Como resultado dos dois meses de curso em 2018 e a minha viagem ao Brasil, nasceu esse projeto editorial lindo, junto a minha parceira e amiga Flavia Gama (conhecida como a coach das histórias). O livro conto com 24 oficinas criadas com base na Contoexpressão, com a participação de diversas profissionais (psicólogas, psicopedagogas, coach’s, professoras, contadoras de histórias etc.). As oficinas estão dirigidas a crianças, adolescentes e adultos. O livro foi lançado em agosto pela Editora Literare Books, com uma tiragem inicial de 8.000 exemplares que já se esgotaram entrando já em segunda Edição. Saiba mais sobre ele aqui.

6. Conto Oficial Villarreal F.C: Un Submarino Amarillo en el Corazón.

Para fechar com chave de ouro, em dezembro foi o lançamento oficial de “Un Submarino Amarillo en el Corazón”. Se trata do conto Oficial do Villarreal CF. O Villarreal é um clube de Futebol de Primeira divisão, com participação na Europa Ligue, na Liga Espanhola, Copa del Rey etc. Para este livro criei um conto que conectasse a história da equipe com valores importantes como resiliência e valentia.

O livro foi publicado através de Sar Alejandría Edições e faz parte da Coleção “Equipos de Futbol”, dividindo espaço com os Contos oficiais de outros times como Sevilla FC. Betis, Levante e Valencia. Conheça aqui o Villarreal CF.

Algumas fotos do Evento:

Novidades para 2020

Para 2020 temos o lançamento de um novo livro que já está ilustrado pela maravilhosa ilustradora espanhola Nanna Garzón e se chamará Tuá. É uma história cheia de vertentes, onde texto e ilustração contarão muitas historias, trará mensagens tanto para crianças, como adolescentes e adultos.

Também teremos o lançamento de novos cursos, como por exemplo “Ferramentas práticas de Educação Emocional”. E muitas publicações com atividades gratuitas que compartilharei neste blog. Assim que Feliz 2020!!!!

QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?

Tenho disponível o curso ONLINE CONTOEXPRESSÃO: EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA POR MEIO DE CONTOS. Entre aqui para saber mais, ou me escreva pelo formulário abaixo:

Voltar

Mensagem enviada. Logo responderemos.

Atenção
Atenção
Atenção
Atenção!

Conheça o Conto “A Amendoeira Triste”, um material completo para trabalhar a tristeza, o otimismo e a resiliência. Vem com o Jogo do Otimismo.

Uma alma triste pode matar mais rapidamente que uma bactéria 

(John Steinbeck) 

Quando lancei o meu primeiro livro “Carlota não quer falar”, juntamente com o “Projeto de Educação Emocional com Carlota” recebi diversas mensagens perguntando porque não havia introduzido a tristeza entre as emoções trabalhadas no citado material. Não o fiz porque desejava trabalhar a tristeza de forma mais profunda, e aqui estou para cumprir esse propósito. 

IMPORTANTE: VOCÊ ESTÁ DIANTE DE UM MATERIAL PSICOPEDAGÓGICO PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS. 

Como disse o escritor John Steinbeck a tristeza é uma emoção que tem um grande impacto nas nossas vidas. Por essa razão é muito importante saber compreendé-la e administrá-la. 

O Conto “A Amendoeira Triste” foi criado utilizando símbolos e metáforas que se conectarão com o ouvinte/leitor, convidando-o a uma reflexão profunda sobre os motivos da sua tristeza, sua visão frente à vida e como fluir de forma mais positiva, para enfrentar a tristeza e ser mais resiliente.

“À beira de uma montanha, ao lado de um caminho, vivia uma amendoeira triste que passava reclamando o dia inteiro.” 

Ao começar este conto cada ouvinte se coloca na pele da personagem: uma bela árvore de amendoas que vive na beira de uma montanha e que reclama de estar rodeada de ervas daninhas. Ela gostaria de viver num pomar junto a outras amendoeiras para que seu fruto pudesse ser apreciado por quem reconhece o seu valor. 

Este conto é uma metáfora da vida de cada pessoa, porque todos temos nossas próprias dificuldades, sendo que às vezes nos deixamos dominar pela tristeza e a insegurança como se somente nós passásemos por dificuldades. Assim, quem vive como a Amendoeira Triste deixa de ver as coisas belas da vida e se centra em todas as coisas desagradáveis do dia a dia, aumentando de forma exponencial o seu poder.

Até que um dia “A Grande Montanha” fala com a murcha Amendoeira, mostrando-lhe que ela não está só:

“Vês aquela casa ao outro lado do caminho? Ali vive uma menina que te observa o dia inteiro.” 

Muitas vezes esquecemos que também somos um exemplo para aqueles que estão sob nosso cuidado ou, simplesmente, dentro do nosso círculo social ou laboral. A verdade é que a conduta de outros influencia a nossa vida, incidindo sobre a construção da nossa personalidade, e também é verdade que a nossa conduta influencia outras pessoas. 

Todas as personagens deste conto (Amendoeira, Montanha e a menina), como cada emoção e situação (tristeza, pesar, egoísmo, os conselhos e a mudança de pensamento), ajudarão a compreender um pouco melhor a tristeza, os seus efeitos e como a tristeza deve seguir o seu processo. 

“A Amendoeira Triste” é um conto terapêuticoque ajudará num processo de transformação interior (mudança de pensamento) que culminará numa mudança de conduta. Lembre-se que a transformação começa com a educação e este livro é um excelente material que já está sendo utilizado por diversos profissionais para a Educação Emocional de crianças, adolescentes e adultos. 

Jogo “A Amendoeira otimista” 

O livro “A Amendoeira triste” vem com um jogo de tabuleiro. Este jogo utiliza 30 cartas que contêm frases que fomentam o otimismo e a resiliência. Como um jogo pode fazer isso? Como vocês sabem sou Especialista em Contos e Fábulas Terapêuticas, meu trabalho está baseado no uso dos símbolos. Para poder guardar tanta informação na memória, o fazemos através dos símbolos que sintetizam informações mais complexas e as guardam no nosso inconsciente. Essas informações as vezes surgem em momentos de necessidade, para ajudar-nos ou até mesmo para prejudicar-nos. 

Com esse jogo vamos semear símbolos de otimismo e resiliência no inconsciente, para que possam ser ferramentas de ânimo frente a situações de dificuldade (presentes e futuras). 

GOSTOU DO LIVRO? Pulse aqui para ir na página da Editora Grafar e saber como comprá-lo. 

Como vocês sabem os meus livros e materiais costumam ser utilizados por psicólogos, terapeutas, educadores e psicopedagogos de muitas partes do mundo. O meu livro “Carlota não quer falar”possui material de apoio que distribuo gratuitamente (se ainda não conhece este material pulsa aqui) e com “A Amendoeira Triste” não poderia ser diferente. 

OUTROS MATERIAIS QUE ACOMPANHAM O LIVRO

Criei dois materiais GRATUITOS: 

1 – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL “A AMENDOEIRA TRISTE”– A Arte de Crescer Frente a Adversidade: Material gratuito de distribuiçãoEXCLUSIVA para quem compre o livro A Amendoeira Triste. Este material foi criado para, junto ao livro, desenvolver as habilidades sociemocionais de crianças, adolescentes e adultos. Está formado por: Parte Teórica (1. A importância dos contos na educação; 2. A Contoexpressão) Parte Prática (3. Oficina da Resiliência; 4. Lista de Palavras Bonitas; 5. Cartões de ânimo; 6. Expressão e interpretação simbólica; 7 Formas de Expressão Artística). 

O Programa pode ser desenvolvido por psicólogos em tratamento individual, em oficinas grupais por professores, psicólogos, psicopedagogos, educadores, agentes sociais, atividades religiosas, atividades em CRAS, grupos terapêuticos etc. As possibilidades são incríveis e o resultado será maravilhoso. 

Veja Abaixo algumas imagens do Programa:

2. OFICINA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL “A Amendoeira Triste”:Se trata de uma Oficina Contoexpressiva criada com base no conto, para desenvolver a compreensão da tristeza e da resiliência, e uma visão mais otimista da vida. MATERIAL GRATUITO de DISTRIBUIÇÃO LIVRE a todos que me pedirem. Basta enviar-me um e-mail a claudinebernardes@acaixadeimaginacao.com ou preencher o formulário abaixo que lhe enviarei. Este material é uma forma de conhecer o meu trabalho, o potencial do livro e da contoexpressão. Não duvide em pedir-me, lhe enviarei com muito alegria. 

Ficou com dúvida? Quer mais informação? Quer fazer o meu Curso Online de Contoexpressão? Quer o material gratuito? Escreva-me abaixo.

Voltar

Sua mensagem foi enviada

Atenção
Atenção
Atenção
Atenção
Atenção!

QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?

Tenho disponível o curso ONLINE CONTOEXPRESSÃO: EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA POR MEIO DE CONTOS. Entre aqui para saber mais, ou me escreva pelo formulário abaixo:

Voltar

Mensagem enviada. Logo responderemos.

Atenção
Atenção
Atenção
Atenção!

OFICINA “PONTE ENTRE GERAÇÕES” – Livro Contos que Curam

Como vocês já sabem, há pouco lançamos o livro Contos que Curam. Este livro está formado por 24 Oficinas de Educação Emocional por meio de contos. Além de ser coordenadora editorial junto à Flavia Gama, também sou autora da oficina que abre este livro, que se chama “Ponte entre Gerações”. Antes de contar um pouco mais sobre esta oficina, gostaria que soubessem que para criá-la me inspirei no trabalho realizado pela minha amiga e contadora de histórias ANDREA DIAS, que realiza um belo trabalho com crianças, despertando nelas o desejo de compartilhar histórias.

Esta oficina tem como objetivo mostrar ao público infantil a importância de valorizar os idosos, como pessoas com uma bagagem de experiência e histórias vitais, que podem ser uma fonte de sabedoria, ajuda e companheirismo. Também busca despertar na criança o desejo de escutar as histórias vividas pelos seus avós ou outras pessoas mais idosas que fazem parte do seu círculo social, criando uma ponte entre distintas gerações.

Nesta oficina você encontrará dois contos inéditos escritos por mim: O Carvalho e os Contos (que é a história de abertura) e “MISSÃO: HERÓI DE CONTOS” (para finalizar a oficina).

Por que uma oficina com esta temática?

Durante milênios, os idosos foram visto pela sociedade como fontes de sabedoria e referência para os mais jovens. Eram eles, também, que durante as noites reuniam a família para contar histórias antigas que transmitiam os valores familiares, sociais e culturais. Por meio dessas histórias os mais jovens podiam compreender que a vida é uma grande jornada cheia de desafios que devem ser enfrentados com valentia; compreendiam o valor de aprender e de quem os ensinava. No entanto, com as mudanças tecnológicas atuais, a sociedade em geral destituiu o idoso do seu milenar papel de transmissor de histórias, criando um abismo entre gerações. Fazendo com que unse outros se sintam mais vazios e solitários, conforme ensina Boff: “asociedade contemporânea, chamada sociedade do conhecimento e da comunicação, está criando, contraditoriamente, cada vez mais incomunicação e solidão entre as pessoas. (BOFF, 1999, p.11)
Por meio dos elementos simbólicos existentes na história “O Carvalho e os contos” e das atividades propostas, esta oficina tem como objetivo resgatar os idosos da sua invisibilidade, promovendo a valorização desse coletivo, suas histórias e sabedoria.

Acima você pode observar o material que de apoio à oficina que pode ser baixado através de Código QR contido no livro.
Aqui você encontra algumas páginas do livro relativas a esta oficina.

Você pode comprar Contos que Curam (editora Literare Books) em todas as livrarias (caso não tenham basta pedir). Também posso enviar para você pelo preço de 50 reais (gostos de transporte incluídos dentro do Brasil).

QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?

Tenho disponível o curso ONLINE CONTOEXPRESSÃO: EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA POR MEIO DE CONTOS. Entre aqui para saber mais, ou me escreva pelo formulário abaixo:

Voltar

Mensagem enviada. Logo responderemos.

Atenção
Atenção
Atenção
Atenção!

PICTOCONTOS: A importância da linguagem Simbólica no Autismo


Pictoconto - A excursão de Tika 1

Como vocês já sabem sou especialista em contos e fábulas terapêuticas e através deste blog compartilho formas de utilizar os contos na educação, como uma forma de dar suporte a tantos profissionais que buscam materiais e novas sugestões de atividades. Este material está dedicado à minha prima Alessandra Vieira, mãe de um lindo menino autista, e Diretora da AMA de Navegantes (Associação de Pais e Amigos de Autistas) Um dia ela me disse: Clau, por que não preparas algo para os autistas? Como promessa é dívida, aqui está este material. Espero que sirva de ajuda. Tenho outros mais que estarei postando pouco a pouco. Se inscreva neste blog para receber as atualizações e ter acesso a muitos outros materiais exclusivos.

LINGUAGEM SIMBÓLICA


Segundo a fonoaudióloga Nola Marriner (1992), a linguagem simbólica define-se como uma linguagem representada por símbolos ou signos, imagens, desenhos e palavras impressas, estas podem ser escritas e lidas. Portanto, a linguagem simbólica é uma representação gráfica audiovisual que indica atividades e ações reais provocando estímulos sensoriais perceptíveis. Porém, dentro de todo o que foi estudado até o presente momento, observamos que a linguagem simbólica vai muito mais além desta definição e encontrando-se como suporte necessário dentro da comunicação humana, e também para o desenvolvimento pessoal.

Para crianças afectadas pelo autismo, desenvolver uma linguagem simbólica é de grande importância, porque é um estímulo e suporte para despertar e aumentar a comunicação e compreensão da linguagem falada, ajudando a estruturar atividades, eventos previsíveis, rotinas, comportamentos e a se comunicar de forma interativa. De tal forma que a linguagem simbólica permite antecipar os eventos e também evitar a ansiedade ou comportamentos inadequados.

Através da linguagem simbólica, é possível desenvolver as habilidades e aprendizados da vida cotidiana, relacionamentos consigo mesmo, relacionamentos com os outros e com a natureza. De tal forma que crianças com autismo leve podem estar cientes de suas próprias necessidades, interagir com o ambiente ao seu redor, expressar sentimentos em relação a outras pessoas e ter comportamentos apropriados, etc.

Como afirma Reyes (2010) 2, todos os profissionais devem ter material adaptado para trabalhar no desenvolvimento das capacidades das crianças. Por exemplo, no caso de crianças com TEA, elas são aprendizes visuais, portanto, pictogramas, imagens que representam palavras e uma das ferramentas atuais de trabalho com crianças com dificuldades que os ajudam a entender melhor as histórias, devem ser usadas.

De alguma forma, as crianças autistas devem aprender habilidades sociais para relacionar-se com os outros. As histórias são uma boa ferramenta e os resultados geralmente são, na maioria dos casos,  positivos.

Todas esses contos adaptados a crianças com autismo compartilham uma série de características:

– As imagens são estruturadas e organizadas. Eles se destacam por sua cor e simplicidade para que as crianças possam reconhecê-los.

– As páginas têm frases curtas e simples para que não haja excesso de informação.

– Palavras têm suporte visual, pictogramas. Isso é útil para guiar as crianças e chamar sua atenção.

– Os contos são histórias curtas para que os leitores possam reter todas as informações.

– Aspectos cognitivos são trabalhados para fazer o leitor pensar e entender.

– Eles são projetados tanto para ativar a aprendizagem e incentivar o prazer pela leitura.

Assim, observamos que para o trabalho com crianças com autismo é necessário compreender a importância dos símbolos gráficos, já que estas crianças aprendem melhor através deles.

O que é um PICTOCONTO?

Para entender o que é um Pictoconto devemos entender primeiro o que é um pictograma. Pictogramas são representações de objetos e conceitos traduzidos em uma forma gráfica extremamente simplificada, mas sem perder o significado essencial do que se está representando. Seu uso geralmente está associado à sinalização pública, instruções, orientações e qualquer outro meio para transmitir informações. É muito comum encontraro uso de pictogramas em diversos contextos cotidianos, como placas em shoppings, aeroportos, guias, manuais, mapas, infográficos, etc..

O pictograma deve, por si só e sem o auxílio de textos, representar o objeto ou conceito que se deseja e ser facilmente identificado e compreendido por quem o observa. Bons pictogramas tendem a ser compreendidos de maneira universal, ultrapassando os limites linguísticos. Praticamente qualquer objeto ou situação pode ser transcrita em forma de pictogramas e suas aplicações são quase infinitas.

Veja abaixo um exemplo de pictograma para explicar o processo de escovar os dentes:

Rotina para limpar os dentes

Assim sendo um PICTOCONTO é uma história que pode ser contada total ou parcialmente através de pictogramas. Os Pictocontos se constituem num excelente material para ensinar e preparar as criança autistas para diversas circunstâncias.

 

ATIVIDADE: A EXCURSÃO DE TIKA 

A seguinte atividade proposta se chama “A excursão de Tika” e é um PICTOCONTO que ajudará a criança autista a compreender as circunstâncias que podem ser vividas num passei pelo campo e assim interiorizar este conhecimento (Este conto foi desenvolvido por Irene Ruiz Encinas). Tendo em vista que as crianças autistas aprendem melhor através de símbolos e signos visuais, ao contar a história à criança, indique os pictogramas contidos no material. Também seria interessante imprimir o Material e recortando os pictogramas de cada lâmina do conto, propor à criança que coloque em ordem as ações narradas.

Algumas imagens:

Baixe o material em PDF para poder imprimir e utilizá-loATIVIDADE PICTOCONTOS – Autismo – A excursão de Tika – conto

O conto pode ser contados algumas vezes, inclusive através de kamishibai e é possível perguntar às crianças sobre sentimentos que se pode experimentar num passeio ao campo. Utilize este material para dar passo a momentos de conversa, para falar sobre sentimentos, sobre situações já vividas e outras que se podem viver, tanto em família como nos grupos dos quais a criança faz parte.

Gostou desse material? Você já conhecia os pictocontos? Conhece material semelhante que poderia ser de ajuda? Compartilho conosco a sua experiência. Também compartilhe este post nas suas redes sociais e grupos, para que outras pessoas possam conhecer no nosso trabalho e ser de ajuda a muitas famílias e profissionais. Obrigada por passar pela “Caixa de Imaginação”

Se gostou da minha metodologia de trabalho, venha conhecer a Contoexpressão e saber como utilizar diferentes ferramentas na Educação, através do Curso Semipresencial Contoexpressão: Educação Emocional e Terapia Através de Contos. Aproveite esta oportunidade porque estarei no Brasil durante apenas algumas semanas. Cursos nas cidades de São Paulo, Sumaré, Curitiba, Criciúma, Belo Horizonte. Veja mais informação nesse link ou escreva-me através do formulário abaixo. Super abraço. 

Voltar

Sua mensagem foi enviada

Atenção
Atenção
Atenção
Atenção

Atenção!

O Perfume da Professora: uma história para viver e compartilhar.

Ontem recebi mensagens de duas professoras que me motivaram a compartilhar com vocês esta história. Uma delas, é professora aposentada, que aos seus 73 anos ainda dedica o seu amor e sua energia a ajudar a crianças e adolescentes.  Geralmente compartilho histórias com atividades para que professores, psicólogos e psicopedagogos, trabalhem com terceiros, mas hoje este conto é para você que passa pela vida de crianças e adolescentes. Peço que leias este texto e que compartilhes com outros, para que sintam o desejo de ajudar a tantas crianças e adolescentes que se sentem perdidos, desanimados, com medo (ainda que expressem através da raiva) e solitários. Nas tuas mãos está o poder de ajudar e produzir mudanças.

ajudar a crianças educação emocional professores dinâmicos

O Perfume da Professora

No primeiro dia de aula, a professora, Sra. Tomasa, disse a seus alunos da quinta série que ela sempre tratava todos igualmente, que não tinha preferências, nem maltratava ou desprezava ninguém. Logo ele entendeu como seria difícil cumprir suas palavras. Pensou que teve alunos difíceis, mas ninguém como Pedrinho. Ele sempre ia para a escola sujo, não fazia lição de casa, passava todo o meu tempo incomodando ou cochilando, era uma verdadeira dor de cabeça. Um dia ela não aguentou mais e foi falar com a diretora.
Eu não sou professora para apoiar a impertinência de uma criança mimada. Recuso-me a aceitá-lo por mais tempo na minha sala. São quase as férias de Natal, espero não o ver quando voltarmos em janeiro.
A diretora ouviu atentamente e, sem dizer nada, revisou os arquivos e colocou o livro de vida de Pedrinho nas mãos de Dona Tomasa. A professora começou a ler por dever, sem convicção. No entanto, a leitura começou a tocar o seu coração:

A professora da primeira série escreveu: “Pedrinho é uma criança muito inteligente e amigável. Ele sempre tem um sorriso nos lábios e todo mundo o ama muito. Ele entrega seu trabalho na hora certa, ele é muito inteligente e aplicado. É um prazer tê-lo na minha turma.”
O professor da segunda série: “Pedrinho é um aluno exemplar com seus colegas. Mas ultimamente está triste porque sua mãe sofre de uma doença incurável”
A professora da terceira série: “A morte de sua mãe foi um golpe insuportável. Ele perdeu o interesse em tudo e passa o tempo chorando. Seu pai não tenta ajudá-lo e e parece muito violento. Eu acho que ele bate no menino.”
O professor da quarta série: “O Pedrinho não demonstra nenhum interesse pela aula. Ele é muito fechado e quando tento ajudá-lo perguntando o que está acontecendo, ele simplesmente não responde. Não tem amigos e está cada vez mais isolado e triste”

Por ser o último dia de aula antes do Natal, todos os alunos trouxeram Dona Tomasa alguns belos presentes embrulhados em papéis finos e coloridos. Pedrinho também trouxe o seu próprio embrulhado em um saco de papel. Dona Tomasa estava abrindo os presentes de seus alunos e, quando mostrou os de Pedrinho, todos os companheiros riram quando viram seu conteúdo: uma velha pulseira com algumas pedras e um perfume quase vazio. Para que os alunos deixassem de rir, Dona Tomasa colocou a pulseira com prazer e algumas gotas de perfume em cada um dos pulsos. Naquele dia, Pedrinho esperou que todos os seus colegas saíssem, e disse à sua professora: “Dona Tomasa, hoje você tem o cheiro da minha mãe”
Naquela tarde, sozinha em sua casa, Dona Tomasa chorou por muito tempo. Ela decidiu que a partir de então, não só ensinaria seus alunos a ler, escrever, matemática … mas acima de tudo, que os amaria e educaria seus corações. Quando voltaram para a aula em janeiro, Dona Tomasa chegou com a pulseira da mãe de Pedrinho e com algumas gotas de perfume. O sorriso de Pedrinho foi uma declaração de gratidão afetuosa. A professora semeou tempo e amor sobre a vida daquele menino, e os frutos logo começaram a ver-se através de uma grande mudança no comportamento de Pedrinho. Pouco a pouco, ele voltou a ser o aluno aplicado e trabalhador que era nos seus primeiros anos de escola. No final do ano, Dona Tomasa achou difícil cumprir suas palavras que, para ela, todos os alunos eram iguais, porque sentia uma predileção óbvia por Pedrinho.
Os anos se passaram. Pedrinho terminou o colégio e seguiu seus estudos na universitários e acabou perdendo o contato com Dona Tomasa. Um dia, ela recebeu uma carta do Dr. Pedro Altamira, informando-o de que completara com sucesso seus estudos médicos e que estava prestes a casar-se com uma garota que conhecera na universidade. Na carta ele a convidou para o casamento e implorou que ela fosse sua madrinha de casamento.

No dia do casamento, Dona Tomasa colocou a pulseira sem pedras e o perfume da mãe de Pedrinho. Quando se encontraram, abraçaram-se com muita força e o Dr. Altamira disse em seu ouvido: “Eu devo tudo a você, Dona Tomasa”. Ela, com lágrimas nos olhos, respondeu: “Não, Pedrinho, foi você quem me salvou e me ensinou a lição mais importante da vida: você me ensinou o que realmente é ser professora “.

Lembre-se, do que disse Paulo Freire: “

Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. (…) Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita.

 

 

O seu filho tem medo de dormir sozinho? Conheça um material ótimo para ajudá-lo a dar os primeiros passos.

(Para ver la entrada en Español pincha aquí)

Oi! Tudo bem? Depois que lancei o meu livro “Carlota não quer falar” tive a oportunidade de falar com muitos pais. Vi que muitos tinham uma preocupação em comum:

“Meu filho não quer dormir sozinho!”

Um dos sentimentos que trato no conto é exatamente o medo  expressado por Carlota ao enfrentar-se com a difícil tarefa de dormir sozinha.

Conto Carlota não quer falar medo de dormir 1
Foto de parte do Conto Carlota não quer falar, autora Claudine Bernardes.

Ensino, através da experiência vivida pela personagem, que o medo pode ser combatido pela confiança (medo X confiança) :

Conto Carlota não quer falar medo de dormir 2

Então, para ajudar a vocês, papais e mamães, que estão enfrentando a difícil tarefa de ensinar os filhos a dormir sozinhos, preparei um material de ajuda. Este material  está feito e baseado na nossa própria experiência familiar. 

O que proponho?

Vamos convidar a criança a que entre nesse processo de dormir sozinha, e será um desafio que ela desejará enfrentar.

  1. Vamos preparar a criança para a mudança

Conte o Conto “Carlota não quer falar”, e quando chegar na parte onde tratamos o medo de dormir sozinho, siga as instruções do Guia didático, introduzindo perguntas.

É importante deixar claro para à criança, que sentir medo não está mal. Que todos sentimos medo, mas que através da CONFIANÇA esse medo pode ser suportado. Explica-lhe que papai e mamãe estarão ATENTOS durante toda a noite. E que se ele(a) necessitar de ajuda, os papais irão correndo ajudá-lo. Convide o seu filho a CONFIAR em você e diga: a confiança tem o mágico poder de afastar o medo. 

Além disso, você pode contar-lhe alguma historia de como você também já sentiu medo, e como conseguiu vence-lo. Seu filho pensará: Puxa! Papai (mamãe) já sentiu medo também. Eu também posso vencer o medo!

2. Chegou a hora de dormir sozinho

Comece de forma positiva, explicando que vocês estão orgulhosos de como ele está crescendo e que agora chegou o momento de dar um novo passo: dormir sozinho.

Como apoio adicional proponho utilizar o “Calendario para dormir sozinho” 

Trata-se de um Calendario, mês a mês, que preparei, o qual você pode baixar gratuitamente e imprimí-lo. Como sugestão, você pode dizer-lhe: _Olha que legal esse Calendario! Vamos pintá-lo e colocá-lo na geladeira? Cada noite que você consiga dormir sozinho, colaremos a carinha da Carlota no Calendario. Se você conseguir 5 carinhas, lhe daremos um prêmio.

Recomendo que o prêmio seja algo sem valor financeiro, ou de pouco valor, que seja algo mais de conteúdo familiar, como: Fazer um passeio em familia; un pic-nic; levá-lo a algum lugar que ele deseja muito ir etc.

Nosso objetivo é conseguir que a criança durma sozinha varios dias, e que consiga ver isso como algo normal. Quando ela veja que dormir sozinha é normal, teremos alcançado o nosso objetivo. Aqui está o Calendário:

 

Estas são as carinhas para colar no calendário. Se você não quer utilizar as carinhas, pode desenhar ESTRELAS no dia que corresponda. Tenho certeza que o seu filho adorará esta atividade.

Calendario dormir solo Carlota caras

Se você ainda não conhece o conto “Carlota não quer falar” clica aqui para conhecê-lo. Você poderá comprá-lo diretamente na web da Editora Grafar. Eles enviarão para você em qualquer parte do Brasil.  Também está publicado em Português para Europa, através da Editora Sar Alejandría. Se tiver alguma dúvida escreva-me, será ótimo trocar experiência ou receber sugestões.

Por favor, compartilhe este post nas suas redes sociais, assim você poderá ajudar a outras familias que necessitam desse material. Obrigada por passar pela minha “Caixa de Imaginação”.