Vem junto à minha primeira aula aberta por Instagram! Não é uma simples LIVE é uma verdadeira aula, cheia de dicas onde quero compartilhar com você esse incrível mundo dos contos. Você poderá fazer perguntas, tirar as suas dúvidas e aprender muito.
Será na próxima segunda feira, dia 24 de maio, às 18h no Brasil. Em Portugal será 22h e na Espanha (que é onde estou) será às 23 horas.
O que vamos tratar?
– Três representantes históricos do poder dos contos.
– Interpretar contos de fadas?
– Os contos, mitos, parábolas se explicam?
– O poder da palavra falada.
– O caminho do conto.
– Símbolos nos Mitos, lendas, fábulas, parábolas, contos.
Quem sou eu e por que me atrevo a tratar desses temas?
Para quem não me conhece ainda, sou Claudine Bernardes, Escritora, autora de diversos livros entre eles o best seller “Contos que curam: Oficinas de educação emocional por meio de contos”. Sou Mestre em Contos Terapêuticos e criadora da Metodologia Contoexpressão. Professora de Narrativas em terapia e Contoexpressão nos mestrados do Instituto IASE com sede em Valência, Espanha. Criadora de material psicoeducativo para professores, psicólogos e amantes da educação emocional. Blog www.acaixadeimaginacao.com
Porém o mais importante de tudo! Sou uma pessoa que compartilha conhecimento por amor à humanidade.
Anota aí! Etiqueta alguém que possa estar interessado. Deixa comentários e perguntas. Compartilha nas suas redes sociais. Coloque um despertador na sua agenda para não esquecer!
Antes de responder a essa pergunta, é muito importante esclarecer que é super natural que uma criança dessa idade tenha momentos em que expresse a raiva de uma forma bastante forte. Essa é a idade da birra, principalmente porque ao não conseguir se comunicar de forma adequada com o adulto a criança se frustra e daí surge a expressão da raiva. Poderia falar muito mais sobre esse assunto, inclusive citando a vários autores, porém prefiro ir direto à resposta que dei à psicóloga que me enviou essa pergunta:
Aqui vemos uma criança muito pequena, que está atuando de acordo com a sua idade. O que se pode fazer nesse caso é um processo psicopedagógico. Utilize contos com pouco texto e imagens potentes, com personagens humanos expressando as suas emoções. No meu livro “Carlota não quer falar” que você pode conhecer clicando aqui, trabalho diversas emoções e a criança pode interagir com a história. Também possuo material em PDF Gratuito que você pode solicitar o qual possui diversas atividades para aplicar com crianças de diversas idades. Se quiser o material preencha o formulário abaixo que lhe envio.
Outro dia, numa das aulas que dou no Instituto de Psicologia IASE, aqui na Espanha, uma das alunas que é psicóloga, explicou que deixou de trabalhar com o público infantil, porque os pais não se envolviam na terapia. Ela utilizou a seguinte metáfora: “Era se como as crianças chegassem sujas no meu consultório, então eu as lavava com carinho, deixava elas cheirosas e limpinhas e as entregava para os pais. E na seguinte sessão elas voltavam outra vez sujas.” Muitos profissionais me expressam a mesma frustração.
Por essa razão, penso que a ação mais importante é envolver os pais na terapia, e ensiná-los a lidar com as suas próprias emoções e também as emoções da criança. Do contrário, toda intervenção psicológica será em vão. Muitas alunas psicólogas me disseram que é difícil trabalhar com terapia infantil, porque os pais não estão dispostos a participar do processo, esperam que elas em uma ou duas sessões semanais “resolvam o problema”, no entanto é difícil efetuar um trabalho consistente quando a criança regressa a casa e os pais não ajudam no processo, porque não estão preparados e não querem preparar-se. Nesse caso, SUGIRO UTILIZAR CONTOS COM OS PAIS, para que eles identifiquem a sua necessidade de participar da terapia.
CONTO: RONALDO SOU EU
“Era um lindo dia e um jovem pai passeava no parque, empurrando o carrinho onde o seu filho chorava.
Enquanto o homem caminhava pelo parque, ia murmurando baixinho e suavemente:
_ Tranquilo, Ronaldo. Mantém a calma, Ronaldo. Tudo está bem! Relaxe-se, Ronaldo. Tudo irá bem, você verá.
Uma mulher que também passeava pelo parque, escutando as palavra daquele pai, lhe disse:
_ Você realmente sabe como falar com uma criança… com calma e suavemente. É admirável!!!
A mulher se inclinou sobre a criança que estava no carrinho e disse com ternura:
_ Qual é o problema, Ronaldo?
Então o pai disse rapidamente:
_ Oh, não senhora… ele é Enrique. Ronaldo sou eu!”
Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe.
TERTULIANO
Existem conceitos que são muito difíceis de ensinar. Você pode explicar de forma racional e será entendido da mesma forma racional, porém não será introjetado adequadamente e por isso pouco sentido fará na vida de quem o assumiu. Ou seja, não produzirá um verdadeiro aprendizado, porque o que não se aprende com o coração, simplesmente não se aprende.
Por isso lhe apresento uma proposta muito interessante e que realmente funciona. Já apliquei esta técnica diversas vezes, e quando aplico esta metáfora sensorial vejo no rosto das crianças que uma luz acende no seu interior, ELAS REALMENTE ENTENDEM.
Veja abaixo o video onde explico como funciona:
Se gostou compartilha, dá um like e deixe o seu comentário. E se deseja receber o PROJETO DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL COM CARLOTA de forma completamente GRATUITA basta preencher o formulário abaixo que lhe enviaremos. Ah! Se não conhece o conto entre nesse link para ler mais sobre ele.
Como vocês já sabem, há pouco lançamos o livro Contos que Curam. Este livro está formado por 24 Oficinas de Educação Emocional por meio de contos. Além de ser coordenadora editorial junto à Flavia Gama, também sou autora da oficina que abre este livro, que se chama “Ponte entre Gerações”. Antes de contar um pouco mais sobre esta oficina, gostaria que soubessem que para criá-la me inspirei no trabalho realizado pela minha amiga e contadora de histórias ANDREA DIAS, que realiza um belo trabalho com crianças, despertando nelas o desejo de compartilhar histórias.
Esta oficina tem como objetivo mostrar ao público infantil a importância de valorizar os idosos, como pessoas com uma bagagem de experiência e histórias vitais, que podem ser uma fonte de sabedoria, ajuda e companheirismo. Também busca despertar na criança o desejo de escutar as histórias vividas pelos seus avós ou outras pessoas mais idosas que fazem parte do seu círculo social, criando uma ponte entre distintas gerações.
Nesta oficina você encontrará dois contos inéditos escritos por mim: O Carvalho e os Contos (que é a história de abertura) e “MISSÃO: HERÓI DE CONTOS” (para finalizar a oficina).
Por que uma oficina com esta temática?
Durante milênios, os idosos foram visto pela sociedade como fontes de sabedoria e referência para os mais jovens. Eram eles, também, que durante as noites reuniam a família para contar histórias antigas que transmitiam os valores familiares, sociais e culturais. Por meio dessas histórias os mais jovens podiam compreender que a vida é uma grande jornada cheia de desafios que devem ser enfrentados com valentia; compreendiam o valor de aprender e de quem os ensinava. No entanto, com as mudanças tecnológicas atuais, a sociedade em geral destituiu o idoso do seu milenar papel de transmissor de histórias, criando um abismo entre gerações. Fazendo com que unse outros se sintam mais vazios e solitários, conforme ensina Boff: “asociedade contemporânea, chamada sociedade do conhecimento e da comunicação, está criando, contraditoriamente, cada vez mais incomunicação e solidão entre as pessoas. (BOFF, 1999, p.11) Por meio dos elementos simbólicos existentes na história “O Carvalho e os contos” e das atividades propostas, esta oficina tem como objetivo resgatar os idosos da sua invisibilidade, promovendo a valorização desse coletivo, suas histórias e sabedoria.
Acima você pode observar o material que de apoio à oficina que pode ser baixado através de Código QR contido no livro.
Aqui você encontra algumas páginas do livro relativas a esta oficina.
Você pode comprar Contos que Curam (editora Literare Books) em todas as livrarias (caso não tenham basta pedir). Também posso enviar para você pelo preço de 50 reais (gostos de transporte incluídos dentro do Brasil).
QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?
Foto: Oficina de Contoexpressão realizada por Claudine Bernardes. Autoestima.
Todos já escutamos a frase de que “cada pessoa é um ser único e irrepetível”, porém sentir-se assim as vezes não é tão fácil. Quando ocorrem situações que atacam a nossa auto-estima, começamos a ter uma visão distorcida de nós mesmos. Então devemos aprender a reconhecer a nossa essência, aprender a amar-nos, respeitar-nos, e aceitar o que somos, para potenciar o que podemos chegar a ser.
Desenvolver uma autoestima equilibrada é algo que deve ser feito em todas as fases da vida, tanto com crianças, como adolescentes, adultos e também com idosos. Porém, como fazê-lo? Eu o faço através de uma oficina de contoexpressão.
O que é a Contoexpressão?
A contoexpressão é a arte de compartilhar e despertar conhecimento, de forma sensorial através de contos. Se trata de uma técnica arteterapêutica e psicoexpressiva, que busca potenciar os conhecimentos simbólicos, através de quatro ferramentas que utilizadas da forma adequada podem produzir grandes resultados:
Conexão Emocional;
Metáforas;
Método socrático;
Atividade didática.
O resultado do uso desta técnica é um despertar da consciência, de forma cognitiva que culminará em uma mudança de atitude e conduta.
Há una frase que guarda a essência do que é a contoexpressão:
Oficina de Autoestima: O que te faz único é…
“Numa pequena aldeia situada em pleno deserto, vivia um homem que cada manhã buscava água numa fonte que estava a alguns kilómetros de distância da sua casa. Colocava dois grandes cântaros nos extremos de uma grossa barra de madeira e apoiava esta sobre os seus hombros. E assim, com alegria no corpo e um sorriso na alma, empreendia o seu caminho, que sempre era o mesmo.
Depois de caminhar por uma hora, chegava na fonte e se sentava para descansar, depois enchia os cântaros e empreendia o seu regresso a casa.
Ambos cântaros eram parecidos, com apenas uma pequena diferença. Um deles cumpria perfeitamente a sua função, pois mantinha toda a água intacta durante todo o trajeto. Porém o outro, devido a uma pequena “ferida” em um dos lados, goteava água durante todo o caminho, e ao chegar na aldeia a água já estava pela metade.
Este último cântaro, conforme passavam os dias, se sentia cada vez mais triste, pois sabia que não estava cumprindo com a sua missão. Porém, não entendia porque o seu dono não o arrumava, ou simplemente substituia por outro que estivesse novo e sem buracos. Passaram dias, semanas e meses e este cântaro vez se sentia menos útil e mais triste…
Um dia, simplesmente não pode mais suportar aquela situação, e quando o aguador o tinha em sua mãos, lhe disse:
_Me sinto culpado por fazer-te perder tempo e esforço. Te peço que me abandones e consigas outro cântaro novo, que seja capaz de servir-te como deve ser.
_Não entendo porque estás dizendo isso! – disse o aguador – Por quê pensas que já não eres útil?
_É obvio que não sou útil! Estou quebrado e perco metade de água pelo caminho. Não sou a ajuda que necessitas!
O aguador abraçou o cântaro e disse:
_Não eres melhor nem pior, simplesmente eres diferente e justamente por isso te necessito. – O cântaro não entendia o porquê daquelas palavras, então o aguador continuou. _Olha! Vamos fazer uma coisa, durante o caminho de volta observe bem em que lado do caminho crescem as flores.”
Através de histórias como esta, das metáforas contidas nela e de atividades diversas realizo uma oficina de autoestima, para que os participantes possam compreender e despertar neles uma mensagem que já possuem: Que são pessoas únicas e irrepetíveis!
Se trata de uma oficina de aproximadamente hora e meia de duração, cheia de atividades, contos, perguntas e respostas interiores que despertam o amor próprio. Agora vou mostrar para vocês algumas fotos da oficina que fiz com um grupo de adolescentes. O resultado foi maravilhoso!!! Eles se sentiam motivados, amados e respeitados! Cada pessoa pode compreender que a sua vida tem um propósito porém é importante conhecer-se para descobrir este propósito. Também compreenderam que recebemos diariamente mensagens externas (algumas boas, outras não) e que devemos escolher aquelas que devemos deixar entrar na nossa vida e fazer parte de nós.
Utilizei com o grupo uma metáfora viva, através de uma atividade criada por mim chamada “a caixa da autoestima”, onde os participante compreendem que são recipientes, como uma caixa que durante a vida vai recebendo e compartilhando mensagens. Oficinas de vivência como esta são instrumentos idôneos para produzir conhecimento de forma respeitosa, e o resultado é muito positivo.
Deixo algumas fotos para que possas ver um pouco do que é este trabalho:
Objetivo: Fomentar o amor próprio, uma autoestima equilibrada e dotar de ferramentas que ajudem em momentos críticos.
Público: Crianças (7-12 anos), adolescentes, adultos, idosos, grupo de toxicômanos, associação de pais, trabalhadores de empresas etc. Essa oficina possui uma versão familiar, para pais e filhos.
Tempo de duração: 1h ou 2h (Em função do público ao qual vai dirigido)
Gostou? Quer aprender a técnica de contoexpressão? Quer esta oficina para desenvolver com grupos?
Venha participar dos cursos que estarei ministrando durante os meses de julho e agosto em várias cidades do Brasil (lembre-se que vivo na Espanha). Entre aqui para ver mais sobre este curso.
O curso estará dividido em duas partes:
1. Presencial: Os participantes experimentarão o Método desenvolvido pela palestrante e conhecerão as suas bases teóricas, tudo de forma prática e sensorial.
2. Online: Material teórico sobre os temas estudados na parte presencial, que se realizará através da plataforma online de EPsiHum (Escuela Psicoexpresiva Humanista) com sede em Valência, Espanha. Exame final: desenvolver uma oficina de resiliência. Certificado expedido por EPsiHum:http://cursos.institutoiase.com
PRESENTES DE FIM DE CURSO: 1. Oficina de autoestima para desenvolver em grupos (crianças, adolescentes e adultos). 2. Sessão individual com Claudine Bernardes (videochat) para enfocar a técnica à atividade desenvolvida pelo participante do curso.
PÚBLICO: Psicólogos, psicopedagogos, pedagogos, professores, arteterapeutas, coach, pais de crianças com TDAH, escritores de contos e demais interessados.
Por favor, compartilhe este material nas suas redes sociais (facebook, instagram, twiter etc) e com os seus contatos.
Se tiveres alguma dúvida, basta preencher o formulário abaixo.
Ontem recebi mensagens de duas professoras que me motivaram a compartilhar com vocês esta história. Uma delas, é professora aposentada, que aos seus 73 anos ainda dedica o seu amor e sua energia a ajudar a crianças e adolescentes. Geralmente compartilho histórias com atividades para que professores, psicólogos e psicopedagogos, trabalhem com terceiros, mas hoje este conto é para você que passa pela vida de crianças e adolescentes. Peço que leias este texto e que compartilhes com outros, para que sintam o desejo de ajudar a tantas crianças e adolescentes que se sentem perdidos, desanimados, com medo (ainda que expressem através da raiva) e solitários. Nas tuas mãos está o poder de ajudar e produzir mudanças.
O Perfume da Professora
“No primeiro dia de aula, a professora, Sra. Tomasa, disse a seus alunos da quinta série que ela sempre tratava todos igualmente, que não tinha preferências, nem maltratava ou desprezava ninguém. Logo ele entendeu como seria difícil cumprir suas palavras. Pensou que teve alunos difíceis, mas ninguém como Pedrinho. Ele sempre ia para a escola sujo, não fazia lição de casa, passava todo o meu tempo incomodando ou cochilando, era uma verdadeira dor de cabeça. Um dia ela não aguentou mais e foi falar com a diretora.
Eu não sou professora para apoiar a impertinência de uma criança mimada. Recuso-me a aceitá-lo por mais tempo na minha sala. São quase as férias de Natal, espero não o ver quando voltarmos em janeiro.
A diretora ouviu atentamente e, sem dizer nada, revisou os arquivos e colocou o livro de vida de Pedrinho nas mãos de Dona Tomasa. A professora começou a ler por dever, sem convicção. No entanto, a leitura começou a tocar o seu coração:
A professora da primeira série escreveu: “Pedrinho é uma criança muito inteligente e amigável. Ele sempre tem um sorriso nos lábios e todo mundo o ama muito. Ele entrega seu trabalho na hora certa, ele é muito inteligente e aplicado. É um prazer tê-lo na minha turma.” O professor da segunda série: “Pedrinho é um aluno exemplar com seus colegas. Mas ultimamente está triste porque sua mãe sofre de uma doença incurável” A professora da terceira série: “A morte de sua mãe foi um golpe insuportável. Ele perdeu o interesse em tudo e passa o tempo chorando. Seu pai não tenta ajudá-lo e e parece muito violento. Eu acho que ele bate no menino.” O professor da quarta série: “O Pedrinho não demonstra nenhum interesse pela aula. Ele é muito fechado e quando tento ajudá-lo perguntando o que está acontecendo, ele simplesmente não responde. Não tem amigos e está cada vez mais isolado e triste”
Por ser o último dia de aula antes do Natal, todos os alunos trouxeram Dona Tomasa alguns belos presentes embrulhados em papéis finos e coloridos. Pedrinho também trouxe o seu próprio embrulhado em um saco de papel. Dona Tomasa estava abrindo os presentes de seus alunos e, quando mostrou os de Pedrinho, todos os companheiros riram quando viram seu conteúdo: uma velha pulseira com algumas pedras e um perfume quase vazio. Para que os alunos deixassem de rir, Dona Tomasa colocou a pulseira com prazer e algumas gotas de perfume em cada um dos pulsos. Naquele dia, Pedrinho esperou que todos os seus colegas saíssem, e disse à sua professora: “Dona Tomasa, hoje você tem o cheiro da minha mãe”
Naquela tarde, sozinha em sua casa, Dona Tomasa chorou por muito tempo. Ela decidiu que a partir de então, não só ensinaria seus alunos a ler, escrever, matemática … mas acima de tudo, que os amaria e educaria seus corações. Quando voltaram para a aula em janeiro, Dona Tomasa chegou com a pulseira da mãe de Pedrinho e com algumas gotas de perfume. O sorriso de Pedrinho foi uma declaração de gratidão afetuosa. A professora semeou tempo e amor sobre a vida daquele menino, e os frutos logo começaram a ver-se através de uma grande mudança no comportamento de Pedrinho. Pouco a pouco, ele voltou a ser o aluno aplicado e trabalhador que era nos seus primeiros anos de escola. No final do ano, Dona Tomasa achou difícil cumprir suas palavras que, para ela, todos os alunos eram iguais, porque sentia uma predileção óbvia por Pedrinho.
Os anos se passaram. Pedrinho terminou o colégio e seguiu seus estudos na universitários e acabou perdendo o contato com Dona Tomasa. Um dia, ela recebeu uma carta do Dr. Pedro Altamira, informando-o de que completara com sucesso seus estudos médicos e que estava prestes a casar-se com uma garota que conhecera na universidade. Na carta ele a convidou para o casamento e implorou que ela fosse sua madrinha de casamento.
No dia do casamento, Dona Tomasa colocou a pulseira sem pedras e o perfume da mãe de Pedrinho. Quando se encontraram, abraçaram-se com muita força e o Dr. Altamira disse em seu ouvido: “Eu devo tudo a você, Dona Tomasa”. Ela, com lágrimas nos olhos, respondeu: “Não, Pedrinho, foi você quem me salvou e me ensinou a lição mais importante da vida: você me ensinou o que realmente é ser professora “.
Lembre-se, do que disse Paulo Freire: “
Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar. (…) Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita.
Sim, claro que é possível! Mas você deve estar disposto a rir de si mesmo. Não é nada fácil estar diante de um grupo de adolescentes e saber que eles estão pensando: O que essa estranha está fazendo aqui? Eu não sou mais uma criança para me contem contos!
Se você se atreve a prosseguir e passar o limite do “ridículo”, você verá que é possível conquistar seus corações, e lhe garanto que essa é uma sensação maravilhosa.
Agora vou lhe explicar como usei duas histórias para trabalhar com adolescentes sobre a importância dos sonhos como objetivos nos quais temos que trabalhar. Você também pode usar esse material com adultos.
Ambas histórias apresentam uma pessoa normal como protagonista. Tanto Davi quanto o Pescador estavam desprovidos de habilidades especiais que fizessem deles pessoas importantes aos olhos dos outros, apesar dessa aparente simplicidade, ambos venceram a gigantes. Todos nós temos gigantes que precisamos vencer para alcançar nossos sonhos. Na grande maioria das vezes esses gigantes estão dentro de nós.
“Os contos de fadas podem ser aventuras adoráveis, mas também lidam com um conflito universal: a luta interna entre as forças do bem e as forças do mal”. (Sheldon Cashdan em “A bruxa deve morrer”)
Penso que todos temos defeitos de caráter que podem nos impedir de alcançar nossos sonhos/objetivos. Se quisermos continuar nosso caminho de crescimento pessoal, que nos conduzirá até aquilo que almejamos, precisamos identificar quais são esses gigantes que necessitam ser vencidos. Somente assim chegaremos ao nosso “final feliz”.
É importante esclarecer que o objetivo desta atividade é plantar sementes na mente dos adolescentes. Todo plantio é um processo, como um caminho que deve ser trilhado. As historias são sementes, as plantamos na mente e esperamos que elas despertem, transformando-se em frutos.
3. Contação:
Como eu já conhecia a grande maioria dos adolescentes que participaram da atividade, decidi usar como técnica narrativa uma dramatização através de um monólogo, onde representava uma guerreira amazona. Como conhecia muito bem ambas história, utilizei improvisação: conversei com os assistentes, fiz piadas rindo de suas roupas; às vezes me mostrava feroz e às vezes engraçada. Contei primeiro a história de Davi e Golias e depois o conto do Pescador e do Gênio. Eles adoraram!
Claro que é possível contar as histórias sem a teatralização. Mas, certifique-se de que a narração é atraente.
4. Como desenvolver a atividade de apoio
Depois de contar a historia lancei algumas perguntas. Pedi para eles pensarem nos sonhos que queriam alcançar. O que deseja fazer profissionalmente? Que tipo de pessoa desejas ser dentro de alguns anos? Você planejou se casar e ter filhos? Que tipo de pai ou mãe desejas ser?
Pedi-lhes que pensassem sobre suas características, suas qualidades e habilidades: você possui as habilidades necessárias para conquistar seus sonhos? Que habilidades lhe faltam? Quais são as qualidades que o ajudarão a alcançar esses objetivos?
Agora pense nos seus defeitos: Você é impaciente? Você se frustra facilmente? Você é impulsivo? Quais são os gigantes que podem impedir que você atinja seus sonhos? Como você pode vencê-los?
Bem, você já fez uma avaliação agora pensemos em uma árvore, você é essa árvore. Essa árvore tem raízes, tronco e o copo onde estão os frutos. Vamos visualizar esta árvore e transformá-la em algo mais real (é como um jogo simbólico).
Vamos fazer um jogo inverso, isto é, primeiro identificaremos os sonhos que queremos colocar na nossa árvore, vamos começar a partir daí, porque será mais fácil saber quais as ações e qualidades que precisamos desenvolver, quando conhecemos o que sonhamos.
Os frutos: são os sonhos. ex. Eu quero ser médico; Quero escrever um livro; Eu quero viajar para um país distante e viver grandes aventuras.
O tronco: no tronco estarão escritas as ações que precisamos desenvolver ao longo do tempo para que esses frutos/sonhos se tornem reais. Ex. Para fruto / sonho: quero ser médico, minhas ações serão: serei um bom estudante, terminarei o colégio, e me esforçarei para entrar na faculdade de medicina. Quando esteja na faculdade darei prioridade aos estudos, etc.
As raízes: as raízes da árvore serão nossas qualidades, as que devem ser a base da nossa personalidade e que nos ajudarão a produzir as ações necessárias para alcançar nossos sonhos. Temos que escrever essas qualidades, as que temos e as que precisamos ter. Ex. Do fruto / sonho: quero ser médico, minhas ações serão: serei um bom estudante, terminarei o colégio, e me esforçarei para entrar na faculdade de medicina.etc. Minhas raízes serão: paciência, perseverança, dedicação, amor para com meu próximo, etc.
Podemos fazer a árvore de duas maneiras:
Uma grande árvore em comum, isto é, para todos os participantes (ou grupos, se participam mais de 10 pessoas): onde cada participante colocará seu fruto / sonho na parte superior da árvore, essa fruta será feita com a palma da mão pintada com guache.
A4 árvore individual: cada participante terá sua árvore individual, onde fará as anotações da atividade, conforme explicado acima. Na atividade que fiz, deixei cada participante desenhar sua própria árvore. Porém não recomendo que seja assim, já que se dedicaram mais ao desenho do que na parte escrita dos sonhos, que era o objetivo real. Por esse motivo, recomendo levar um desenho em preto e branco de uma árvore simples como base para fazer as anotações da atividade.
Importante: alguns não se sentem confortáveis expondo seus sonhos, então você deve deixar claro que é algo pessoal e que outras pessoas não terão acesso a ele.
Finalmente, cada participante pode levar a sua árvore à casa. Mas, para que a atividade tenha um impacto na vida desses adolescentes, seria interessante fazer o seguinte:
O professor recolhe todos os desenhos, colocando cada um dentro de um envelope com o nome de quem o fez.
No final do ano o professor pode devolver este envelope com outra carta escrita pelo próprio professor, onde ele fala sobre as qualidades do aluno, encorajando-o a continuar lutando contra seus gigantes, a melhorar como pessoa, a se olhar constantemente no espelho para fazer uma análise de seus comportamentos e assim poder alcançar os seus sonhos.
Se você nunca trabalhou com adolescentes, é importante saber algumas coisas:
Não tenha medo do ridículo: se eles vêem medo em seus olhos, fim de trajeto. É possível que eles façam piadas, pequenos comentários para te deixar com dúvidas, para atacar a sua confiança, ou simplesmente para fazer de palhaço diante dos amigos. Mostre-lhes que você não tem medo do ridículo, que, na verdade, você se expõe ao “ridículo” por iniciativa própria (o ridículo ao que me refiro é aos olhos deles, porque não tem nada de vergonhoso contar contos). Se eles percebem que não podem te tocar nesse lado, eles vão deixá-lo em paz.
Trate-os com respeito: sim, você pode fazer piadas sobre eles, não tem problema. Mas eles devem perceber que você se importa por eles. Se você quer ser ouvido, deve estar disposto a ouvi-los também. Se quiser ensinar-lhes algo, deve aceitar que talvez eles não concordem com sua idéia, e podem dizer isso abertamente, sem que seja um drama.
Não minta para eles: os adolescentes não podem suportar hipocrisia e mentiras. Se você tem dúvidas, se não sabe a resposta, reconheça. O grande problema que os adolescentes têm com seus pais é quando estes exigem atitudes que eles mesmos não estão dispostos a ter. Então não faça o mesmo, você os perderá.
Lembre-se de que você está controle: Ainda que você não tenha todas as respostas; mesmo que admita que tem dúvidas, não significa que você não esteja (ou possa estar) no controle. Embora eles não queira admitir, necessitam sentir-se seguros. E para isso eles devem devem saber que você está lá e que controla a situação. Mantenha-se firme.
O que achou da atividade? Gostaria de receber a sua opinião. Obrigada por passar pela minha Caixa de Imaginação. Compartilhe esta atividade nas suas redes sociais, assim outras pessoais poderão ter acesso a este e outros materiais que publico.
Como muitos de vocês já sabem, em abril deste ano o meu livro infantil foi lançado na Espanha, através da Editora Sar Alejandría (link sobre o lançamento). “Carlota não quer falar” é um livro que está formado por um conto interativo + guia didático + Ludo das Emoções com 30 Cartas (clica aqui para conhecê-lo melhor). Este conto, que foi escrito usando as técnicas da contoterapia, quer ajudar crianças a identificar, compreender e exteriorizar seus sentimentos, além de aprender a administrá-los.
Depois de quase seis meses de andanças aqui na Espanha e com uma crítica muito positiva, iniciamos a pré-venda no Brasil. Isso mesmo, estamos lançando o livro no Brasil, através da Editora Grafar.
Se você tem alguma dúvida, escreva-me. Será um prazer conversar com você. Um grande abraço.
Em breve também disponível para Portugal. Para mais informação, escreva-me através do formulário abaixo.
Conheça o Projeto Educação Emocional com Carlota. É só escrever-me pedindo o projeto que envio para você (peça o projeto através do formulario abaixo).
O Ludo das Emoções faz parte do Conto “Carlota não quer falar” e foi criado para promover um espaço lúdico em família, no colégio e inclusive dentro de um espaço terapêutico. A diferença entre este material e os ludos normais, é que o Ludo das Emoções está acompanhado por 30 Cartas para ajudar as crianças a compreender, expressar e administrar as emoções, além de fomentar a empatia. Com o Ludo das Emoções fomentaremos as capacidades emocionais das crianças, e ao mesmo tempo elas se divertirão, e haverá uma troca de conhecimento e experiências.
As Cartas que acompanham o livro estão divididas em: Pergunta, Coringa, Sanção. Utilizando as cartas os jogadores falarão sobre sentimentos, compartilharão experiências, interpretarão situações e terão que fazer diversas escolhas de índole emocional e prática. Abaixo você pode ver as regras do jogo e observar que se trata de um ótimo material, muito simples de utilizar:
Como já dissemos, o Ludo das Emoções é parte integrante do Conto “Carlota não quer falar”, publicado na Espanha através da Editora Sar Alejandría e no Brasil, através da Editora Grafar (link para compra):
Como não foi possível incluir os peões e o dado juntamente com o livro, preparamos uma alternativa. Basta baixar a imagem abaixo para você ter um dado e peões que inclusive poderá cortar e pintar em família:
Se você acha que esse material é interessante, compartilhe com os seus contatos e através das suas redes sociais. Se tiver alguma dúvida ou sugestão, escreva-me. Será um prazer trocar informação com você. 😉
Sejamos sinceros, quem gosta de levar sermão? Ninguém! Essa é uma verdade universal. Realmente só valorizamos os sermões que recebemos dos nossos pais ou professores, quando já temos idade suficiente para dar sermões também. Ou seja, quando já não nos serve. Ou quando somos pais, e então como é a nossa vez de dar sermões, dizemos aquela conhecida frase: _ Escuta o que eu estou dizendo, se eu tivesse escutado os meus pais quando eles tentavam ensinar-me, talvez as coisas tivessem ido melhor para mim.
A verdade é que um sermão geralmente entra por um olvido e sai pelo outro. Agora eu vou compartilhar com você o segredo para ser escutado pela sua criança ou adolescente:
Conte histórias
Vou contar-lhe uma história real que fez com que um rei percebesse o seu erro:
Era uma vez um país que estava em guerra. O rei que geralmente acompanhava os seus soldados à guerra, dessa vez resolveu ficar na tranquilidade do seu palácio. Num final de tarde, o rei saiu a passear no terraço do palácio, e desde lá viu a uma bela mulher. Mesmo sabendo que se tratava de um mulher que estava casada com um de seus soldados, ele resolveu tomá-la para si. Como a mulher engravidou, para encobrir o seu erro e ter via livre, o rei ordenou que colocassem dela na primeira fila de batalha; ou seja, o sentenciou à morte. Obviamente o marido morreu, e o rei se casou com a mulher.
O sacerdote vendo aquela injustiça e sabendo que Deus não se agradava daquela situação, resolveu apresentar-se diante do rei, para fazer-lhe perceber o seu erro. Era uma situação muito perigosa para o sacerdote, porque o rei, para encobrir o seu erro poderia mandar matá-lo também. Por essa razão, ele buscou uma forma de alcançar o coração do rei, apresentado-se diante dele e contando-lhe uma história: “Havia dois homens numa cidade, um deles era muito rico e outro pobre. O homem rico tinha muitas ovelhas e vacas, mas o pobre só tinha uma ovelhinha, a qual amava muito. Um dia o homem rico recebeu visitas, e como tinha que mandar preparar um banquete para os seus visitantes, resolveu que não queria gastar nenhum de seus inúmeros animais. Por isso, utilizando o poder que o dinheiro lhe conferia, mandou buscar a única ovelhinha do homem pobre para servi-la aos seus visitantes.”
Depois de escutar essa historia, o rei ficou muito furioso, e queria que o sacerdote lhe contasse o nome desse malvado homem rico, para que pudesse castigá-lo como era devido. Foi então que o sacerdote lhe disse: _Rei, este homem és tu.
Essas palavras atingiram o coração do rei como uma flecha, e ele pode ver o seu grande erro desde uma nova perspectiva.
Essa é uma história real que está registrada no livro de II Samuel, capítulos 11 e 12, da Bíblia. O rei da nossa história era Davi e o sacerdote se chamava Natã. Resolvi omitir que se tratava de uma história Bíblica pela mesma razão que Natã omitiu o nome do homem rico, as vezes deixamos que um pré-julgamento, ou que o crivo da razão, impeça que aprendamos, que vejamos a verdade que está além das nossos preconceitos.
Por que os sermões não são “escutados”?
É simples, a nossa mente é seletiva e conservará aquilo que a emocione mais. Os sermões costumam ser uma serie de blá-blá-blá, uma ladainha, cuja forma não é para nada emocionante. Penso que a nossa mente já está geneticamente programada para ignorar os sermões desprovistos de entrega.
Um exemplo prático: Meu filho e seu melhor amigo estavam brincando aqui em casa. Eles acabaram brigando e não havia maneira de arrumar a situação porque meu filho culpava o amiguinho de estragar as coisas dele. Tentei conversar com ambos, mediar, explicar de muitas maneiras, principalmente ao meu filho, que ele poderia montar outra vez o brinquedo, mas ele disse que não era possível, havia muito para montar e que ele já não lembrava como montar igual e ele queria que fosse igual. Foi então que lembrei de algo e falei assim para ele:
_ “Amor, a mamãe entende a sua frustração, também me passou algo parecido. Eu tinha um arquivo na minha tablet com um montão de ideias de textos que queria escrever. Havia feito muitas anotações de contos e historias que deixei para terminar quando tivesse mais tempo. Porém, um dia, um menino que amo muito, pegou a minha tablet e borrou todos os textos. Eu fiquei muito triste. Me senti muito frustrada porque havia muitas ideias que já nem lembrava mais. Porém, era algo que já não havia remédio, assim que aceitei a situação e voltei a escrever outros textos. E muitas outras ideias surgiram, quando aceitei isso.”
Ele sabia que eu estava falando dele, e também sabia que eu compreendia a sua frustração. Isso o fez mudar de atitude, ele já estava pronto para perdoar e voltar a brincar com o seu amigo.
Surpreenda o seu filho com uma história, algo que infunda esperança ao seu coração. Uma história bem escolhida pode servir de espelho para que ele se veja tal qual é. Porém, uma excelente história é aquela que además de mostrar a decadência humana, também mostra a sua redenção. Todos necessitamos de esperança para seguir adiante.
Os bons pais são uma enciclopédia com muita informação, os pais brilhantes são agradáveis contadores de histórias. São criativos, perspicazes, com a capacidade de encontrar belas lições de vida nas coisas mais simples. – Augusto Cury
Quando escrevi o meu livro “Carlota não quer falar”, imaginei que pudesse ser como uma ponte entre o mundo adulto e o mundo infantil. Uma oportunidade para que pais e filhos, professores e alunos, avós e netos compartilhassem as suas histórias. Levo dentro de mim uma contadora de histórias, e sei que todo ser humano é feito de história, não tenha medo de compartilhar as suas histórias com aqueles que você tanto ama.
Obrigada por passar pela minha Caixa de Imaginação. Deixe o seu comentário, será maravilhoso saber a sua opinião.