Cada dia recebo dezenas de e-mails de pessoas buscando material para poder trabalhar a Educação Emocional. São professores, psicólogos, coachs, contadores de histórias, pais e mães, terapeutas etc, que se preocupam com o ser humano, que amam o seu próximo e desejam plantar sementes de amor, resiliência, respeito na vida de outros.
Muitos me explicam que desejam aplicar minhas oficinas e utilizar meus livros nas suas igrejas ou centros religiosos para o qual doam o seu tempo como voluntários. Por essa razão resolvi doar também o meu tempo e conhecimento através de uma Videoaula participativa, onde expliquei sobre a importância de desenvolver atividades de educação emocional nas entidades religiosas; temas e habilidades que devem ser desenvolvidas; contos, fábulas, parábolas que podem ser utilizadas e como utilizá-las.
Talvez, você psicólogo ou professor que está lendo isto pense que essa aula não será interessante para você; porém pense nisso:
“É uma realidade: vivemos numa sociedade onde o cristianismo possui uma grande influência, e ainda que você não seja cristão, e não desenvolva o seu trabalho numa entidade religiosa, terá contato com alunos ou pacientes cristãos. É importante saber acolher a sua espiritualidade se deseja ajudá-lo, e para isso deve conhecer algumas bases da sua cultura. Por isso, venha assistir essa aula, ela também é para você”
Abaixo você pode assistir a aula e se achou interessante e deseja aprender mais, venha estudar comigo Contoexpressão: Educação Emocional e Terapia por meio de contos.
Este sábado teremos um encontro muito interessante, onde vamos falar sobre a TRISTEZA.
Sábado, 23 às 11h – hora do Brasil Será através de uma Video-aula de Zoom,
TOTALMENTE GRATUITA, mas as vagas são limitadas, assim que se inscreva quanto antes.
Diferença entre sentimento e emoção
A tristeza: emoção negativa ou positiva?-
A tristeza como força criadora.
Os símbolos da tristeza na Mitologia e na Natureza
Ferramentas psicoeducativas para gerir a tristeza.
ACHOU INTERESSANTE? Compartilha nas suas redes 🙂 Ah!!! Me siga em Instagram, lá tem sempre lives muiiiito Interessantes @claudine.bernardes e não se esqueça do meu canal de Youtube que também está cheio de material.
QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?
O objetivo da oficina é que os participantes compreendam o efeito das emoções, identificando-as no momento em que ocorrem (consciência emocional), não somente em si mesmas, mas também em outros. Além disso, também aprenderão sobre a importância de falar sobre os seus sentimentos, e receberão ferramentas para administrá-los (regulação emocional). Exercitarão também a empatia e a assertividade que são essenciais para melhorar suas competências sociais.
O Conto Carlota não quer falar (de minha autoria e publicado no Brasil pela Editora Grafar) pode ser comprado no seguinte link Conto Carlota Não Quer Falar
É importante esclarecer que ainda que este material num princípio tenha sido pensado para um público infantil, muitos professores e psicólogos estão utilizando com adolescentes e adultos. Eu mesma já adaptei esta oficina para trabalhar com um grupo de mães.
Oficina de Emoções com Carlota
A Oficina está formada de três partes
PRIMEIRA PARTE: CONEXÃO COM O PÚBLICO
Quando realizo esta atividade com público infantil por primeira vez, ou seja, com um público que não me conhece levo comigo o meu TAPETE MÁGICO. Se trata de um tapete de crochê feito pela minha mãe. Digo aos participantes tenho um tapete mágico… não, não se trata de um tapete que voa, é um tapete que ajuda a minha imaginação a voar e criar novos contos. Mas esse tapete necessita de combustível… e o combustível é o amor. Pois ele foi feito com muito amor pela minha mãe. Por isso necessito que eles coloquem um pouco de amor no tapete. Distribuo fitas de cetim, peço que escrevam os seus nomes, que depositem um beijo na fita e que a amarrem no tapete. Agora eles me acompanharão sempre, porque um pouco do seu amor está no meu tapete. As crianças adoram esta parte.
Essa parte da Oficina não é essencial e pode ser suprimida
2 . METÁFORA: O balão a caixa e a pedra
Antes de começar a contação faço uma introdução bastante gráfica, utilizando um balão, uma caixa e uma pedra. Os participantes se divertem muito nesta parte e criamos uma conexão muito boa. O conto começa com as frases: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.”
Para que os participantes possam compreender mais profundamente o sentido dessas metáforas, começo enchendo um balão vermelho. A medida que vou enchendo o balão, paro para conversar com elas e dizer-lhes que acho que ainda falta encher um pouco mais. As crianças começam a ficar preocupadas, porque o balão está muito cheio, porém não esperam que eu siga enchendo. Até que “bummm” o balão explode e elas se assustam. “Isso é o que passa quando enchemos muito o balão”, lhes digo, e depois sigo com a caixa.
Se trata de uma caixa de sapatos decorada, com um coração na parte superior e um buraco no centro, onde a criança pode introduzir a sua mão. Dentro da caixa coloco uma pedra pesada. A caixa simboliza o coração e a pedra simboliza os sentimentos que vamos guardando dentro dele. Primeiro peço para cada criança segurar a caixa, e pergunto: Está pesada ou leve? Vocês acham que seria fácil caminhar durante horas carregando este peso? Depois, cada criança introduz a mão na caixa, e faço outras perguntas: O objeto é suave ou áspero? É agradável tocá-lo? Neste ponto, as crianças descobrem que se trata de um pedra, assim que retiro a tampa da caixa e mostro a pedra para elas.
Durante esta parte introdutória, não explico o sentido da metáfora, já que elas compreenderão o significado destes objetos, e a conexão deles com os sentimentos, durante a contação. Evito fazer explicações, para que as crianças possam captar o ensinamento, de acordo com a capacidade individual, a idade e experiências pessoais. Agindo assim, não subjugo o conhecimento delas.
Depois de ter integrado na mente das crianças, os conceitos base, através da experimentação, passamos para a seguinte parte que é a contação.
3. CONTAÇÃO: Carlota não quer falar
Como já disse, o conto está cheio de metáforas para explicar os sentimentos de forma experimental. Como se trata de um conto interativo, as crianças se sentem parte da história e participam ativamente durante toda a contação. É uma experiência muito significativa para elas. Começo a contação apresentando o problema de Carlota e convidando as crianças a ajudarem ela: “Carlota tem dificuldades para falar sobre o que sente. Guardou tantos sentimentos dentro de si, que se sente cheia como um balão e pesada como uma grande pedra.” Vocês gostariam de ajudar a Carlota? Para isso, todos têm que falar por ela. Vocês estão de acordo?
O conto apresenta quatro problemas: 1) Carlota incomodou-se com um menino no parque; 2) Carlota tem problemas para dormir; 3) Carlota se sentiu mal porque a sua melhor amiga Julia estava brincando com outra menina; 4) Carlota se sentiu mal porque pegou a boneca da sua amiga sem pedir. Apresento o problema, e pergunto às crianças o que está sentindo a protagonista. Depois, pergunto o que ela deve fazer para resolver o seu problema e sentir-se melhor. Para cada uma dessas questões, há duas opções dentro da história. Faço a criança pensar o que aconteceria ao escolher uma ou outra opção.
Exemplo: Carlota não consegue dormir. As crianças já identificaram que ela não consegue dormir porque sente medo. Opções: a) Ela deve ficar acordada toda a noite; b) Ela deve confiar que papai e mamãe estão cuidando dela. O que aconteceria se ela ficasse acordada toda a noite? Como se sentiria no dia seguinte? Estaria bem para estudar ou brincar?
Depois que conversamos e pensamos nessas possibilidades e as crianças fizeram as suas escolhas, lhes digo: Vejamos qual foi a escolha da Carlota. Será que ela escutou o conselho de vocês?
Então, passamos a página e aí está o resultado. As crianças desfrutam muito nesta parte, porque esperam que Carlota tome a decisão correta. Nesta parte também introduzimos metáforas para explicar cada sentimento. Devemos conversar com as crianças sobre essas metáforas, fazendo perguntas para que elas possam entendê-las. Exemplo: “O perdão é como um banho de mar num dia de calor”. Quem gosta do verão? Faz muito calor, né? Quando sentimos muito calor, o que podemos fazer? Ir na praia é uma boa ideia. Agora imaginem que está fazendo muito sol, você sente muito calor e se joga na agua do mar, ou na piscina… o que você sente? Respostas que costumam aparecer: frescor, alivio, tranquilidade, alegria.
Terminamos a contação com Carlota agradecendo as crianças por ajudá-la a falar sobre os seus sentimentos. É Maravilhoso ver os olhinhos delas brilhando ao perceber que puderam ajudar a protagonista do conto. Todas estão sorrindo e felizes 🙂
Vejamos as metáforas que aprecem no conto:
4. Exercício de conhecimento e gestão dos sentimentos: O Semáforo
Depois que as crianças vivenciaram a história da protagonista, participando ativamente da contação, esperamos que elas ao menos tenham compreendido a importância de expressar os seus sentimentos, além de identificar alguns sentimentos apresentados na história.
Agora chegou o momento de que as crianças compreendam a importante de gerir estes sentimentos e para isso utilizo a Metáfora do Semáforo, que é uma técnica para aprender a identificar o grau de intensidade de um sentimento, além de como enfocá-lo. Dependendo do tempo que disponho, também utilizarei outra metáfora, que é a Técnica do Vulcão (esta última a modo de introdução para a outra). Desenvolvo esta parte da seguinte maneira:
Mostro para as crianças a imagem de um Semáforo (pintado por mim) e pergunto se elas sabem o que é. Depois lhes peço que me expliquem o que significa cada cor no semáforo. As crianças explicam sem problemas, porque todas conhecem o seu funcionamento. Depois começo a explicar-lhes que os semáforos foram criados para ajudar a controlar o trânsito, principalmente os carros que gostam de correr muito rápido. Algumas vezes temos sentimentos que são como carros descontrolados, que correm a toda velocidade. Um carro descontrolado é muito perigoso e pode machucar tanto as pessoas que encontra pelo caminho, quanto a pessoa que vai dentro dele. Os sentimentos descontrolado podem provocar estragos semelhantes. Assim como o semáforo controla o trânsito, também podemos utilizar o semáforo dos sentimentos para ajudar a controlar o que sentimos. As vezes sentimentos raiva porque alguém nos ofendeu, e também as vezes essa raiva é tão forte que pode tomar controle da nossa mente e provocar que façamos dano a pessoa que nos ofendeu. Quando sentimos a raiva borbulhando dentro de nós, como um vulcão em erupção, pronto a explodir, então devemos PARAR (mostrar o Sinal vermelho), respirar fundo e contar de 5 até 0. Se já nos sentimos um pouco mais tranquilos então passaremos para o Sinal Amarelo (mostra sinal Amarelo – PENSAR). Vamos pensar nas opções que temos, e o resultado de tomar cada uma delas. Me sentiria bem se batesse na pessoa que me provocou? Isso resolveria o problema? Posso perdoá-la e tentar conversar sobre o problema com ela. Quando já pensamos na melhor opção, então chegou a hora de seguir adiante com o Sinal Verde (Mostrar Sinal Verde – Fazer). Agora vamos fazer aquilo que decidimos anteriormente.
Parece um pouco longo e complicado, mas na prática é muito fácil e as crianças compreendem muito bem a proposta. Depois da conversa/explicação, daremos os semáforos para que as crianças pintem e montem, para levar às suas casas.
Se ainda temos um pouco de tempo, jogamos o Ludo das Emoções, para colocar em prática um pouco do que aprendemos.
Também podemos realizar atividades corporais, jogos e brincadeiras de reconhecimento de emoções. Peça o Projeto de Educação Emocional e receba de forma GRATUITA.
No Projeto de Educação Emocional com Carlota você encontrará uma parte teórica, onde explico o que é a contoexpressão e como utilizá-la, também falo sobre a educação emocional. Há também uma parte teórico-prática com muitos jogos, técnicas de gestão dos sentimentos, fichas para colorir, atividades etc. Para conseguir Projeto você só tem que preencher o formulário abaixo, e em breve enviarei o material em pdf e de forma gratuita para você. Se gostou do conto e quer saber como comprá-lo clica aqui.
Se gostou do post, compartilhe nas suas redes sociais. Também deixe seu comentário, gosto muito de interagir com os leitores. Um grande abraço e até logo! 😉
(Se no prazo de 3 dias você não recebeu a minha resposta, olhe na pasta de emails não desejados ou volte a escrever-me, as vezes algumas pessoas não escrevem o e-mail corretamente)
Como vocês já sabem, há pouco lançamos o livro Contos que Curam. Este livro está formado por 24 Oficinas de Educação Emocional por meio de contos. Além de ser coordenadora editorial junto à Flavia Gama, também sou autora da oficina que abre este livro, que se chama “Ponte entre Gerações”. Antes de contar um pouco mais sobre esta oficina, gostaria que soubessem que para criá-la me inspirei no trabalho realizado pela minha amiga e contadora de histórias ANDREA DIAS, que realiza um belo trabalho com crianças, despertando nelas o desejo de compartilhar histórias.
Esta oficina tem como objetivo mostrar ao público infantil a importância de valorizar os idosos, como pessoas com uma bagagem de experiência e histórias vitais, que podem ser uma fonte de sabedoria, ajuda e companheirismo. Também busca despertar na criança o desejo de escutar as histórias vividas pelos seus avós ou outras pessoas mais idosas que fazem parte do seu círculo social, criando uma ponte entre distintas gerações.
Nesta oficina você encontrará dois contos inéditos escritos por mim: O Carvalho e os Contos (que é a história de abertura) e “MISSÃO: HERÓI DE CONTOS” (para finalizar a oficina).
Por que uma oficina com esta temática?
Durante milênios, os idosos foram visto pela sociedade como fontes de sabedoria e referência para os mais jovens. Eram eles, também, que durante as noites reuniam a família para contar histórias antigas que transmitiam os valores familiares, sociais e culturais. Por meio dessas histórias os mais jovens podiam compreender que a vida é uma grande jornada cheia de desafios que devem ser enfrentados com valentia; compreendiam o valor de aprender e de quem os ensinava. No entanto, com as mudanças tecnológicas atuais, a sociedade em geral destituiu o idoso do seu milenar papel de transmissor de histórias, criando um abismo entre gerações. Fazendo com que unse outros se sintam mais vazios e solitários, conforme ensina Boff: “asociedade contemporânea, chamada sociedade do conhecimento e da comunicação, está criando, contraditoriamente, cada vez mais incomunicação e solidão entre as pessoas. (BOFF, 1999, p.11) Por meio dos elementos simbólicos existentes na história “O Carvalho e os contos” e das atividades propostas, esta oficina tem como objetivo resgatar os idosos da sua invisibilidade, promovendo a valorização desse coletivo, suas histórias e sabedoria.
Acima você pode observar o material que de apoio à oficina que pode ser baixado através de Código QR contido no livro.
Aqui você encontra algumas páginas do livro relativas a esta oficina.
Você pode comprar Contos que Curam (editora Literare Books) em todas as livrarias (caso não tenham basta pedir). Também posso enviar para você pelo preço de 50 reais (gostos de transporte incluídos dentro do Brasil).
QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?
Como vocês já sabem sou especialista em contos e fábulas terapêuticas e através deste blog compartilho formas de utilizar os contos na educação, como uma forma de dar suporte a tantos profissionais que buscam materiais e novas sugestões de atividades. Este material está dedicado à minha prima Alessandra Vieira, mãe de um lindo menino autista, e Diretora da AMA de Navegantes (Associação de Pais e Amigos de Autistas) Um dia ela me disse: Clau, por que não preparas algo para os autistas? Como promessa é dívida, aqui está este material. Espero que sirva de ajuda. Tenho outros mais que estarei postando pouco a pouco. Se inscreva neste blog para receber as atualizações e ter acesso a muitos outros materiais exclusivos.
LINGUAGEM SIMBÓLICA
Segundo a fonoaudióloga Nola Marriner (1992), a linguagem simbólica define-se como uma linguagem representada por símbolos ou signos, imagens, desenhos e palavras impressas, estas podem ser escritas e lidas. Portanto, a linguagem simbólica é uma representação gráfica audiovisual que indica atividades e ações reais provocando estímulos sensoriais perceptíveis. Porém, dentro de todo o que foi estudado até o presente momento, observamos que a linguagem simbólica vai muito mais além desta definição e encontrando-se como suporte necessário dentro da comunicação humana, e também para o desenvolvimento pessoal.
Para crianças afectadas pelo autismo, desenvolver uma linguagem simbólica é de grande importância, porque é um estímulo e suporte para despertar e aumentar a comunicação e compreensão da linguagem falada, ajudando a estruturar atividades, eventos previsíveis, rotinas, comportamentos e a se comunicar de forma interativa. De tal forma que a linguagem simbólica permite antecipar os eventos e também evitar a ansiedade ou comportamentos inadequados.
Através da linguagem simbólica, é possível desenvolver as habilidades e aprendizados da vida cotidiana, relacionamentos consigo mesmo, relacionamentos com os outros e com a natureza. De tal forma que crianças com autismo leve podem estar cientes de suas próprias necessidades, interagir com o ambiente ao seu redor, expressar sentimentos em relação a outras pessoas e ter comportamentos apropriados, etc.
Como afirma Reyes (2010) 2, todos os profissionais devem ter material adaptado para trabalhar no desenvolvimento das capacidades das crianças. Por exemplo, no caso de crianças com TEA, elas são aprendizes visuais, portanto, pictogramas, imagens que representam palavras e uma das ferramentas atuais de trabalho com crianças com dificuldades que os ajudam a entender melhor as histórias, devem ser usadas.
De alguma forma, as crianças autistas devem aprender habilidades sociais para relacionar-se com os outros. As histórias são uma boa ferramenta e os resultados geralmente são, na maioria dos casos, positivos.
Todas esses contos adaptados a crianças com autismo compartilham uma série de características:
– As imagens são estruturadas e organizadas. Eles se destacam por sua cor e simplicidade para que as crianças possam reconhecê-los.
– As páginas têm frases curtas e simples para que não haja excesso de informação.
– Palavras têm suporte visual, pictogramas. Isso é útil para guiar as crianças e chamar sua atenção.
– Os contos são histórias curtas para que os leitores possam reter todas as informações.
– Aspectos cognitivos são trabalhados para fazer o leitor pensar e entender.
– Eles são projetados tanto para ativar a aprendizagem e incentivar o prazer pela leitura.
Assim, observamos que para o trabalho com crianças com autismo é necessário compreender a importância dos símbolos gráficos, já que estas crianças aprendem melhor através deles.
O que é um PICTOCONTO?
Para entender o que é um Pictoconto devemos entender primeiro o que é um pictograma. Pictogramas são representações de objetos e conceitos traduzidos em uma forma gráfica extremamente simplificada, mas sem perder o significado essencial do que se está representando. Seu uso geralmente está associado à sinalização pública, instruções, orientações e qualquer outro meio para transmitir informações. É muito comum encontraro uso de pictogramas em diversos contextos cotidianos, como placas em shoppings, aeroportos, guias, manuais, mapas, infográficos, etc..
O pictograma deve, por si só e sem o auxílio de textos, representar o objeto ou conceito que se deseja e ser facilmente identificado e compreendido por quem o observa. Bons pictogramas tendem a ser compreendidos de maneira universal, ultrapassando os limites linguísticos. Praticamente qualquer objeto ou situação pode ser transcrita em forma de pictogramas e suas aplicações são quase infinitas.
Veja abaixo um exemplo de pictograma para explicar o processo de escovar os dentes:
Assim sendo um PICTOCONTO é uma história que pode ser contada total ou parcialmente através de pictogramas. Os Pictocontos se constituem num excelente material para ensinar e preparar as criança autistas para diversas circunstâncias.
ATIVIDADE: A EXCURSÃO DE TIKA
A seguinte atividade proposta se chama “A excursão de Tika” e é um PICTOCONTO que ajudará a criança autista a compreender as circunstâncias que podem ser vividas num passei pelo campo e assim interiorizar este conhecimento (Este conto foi desenvolvido por Irene Ruiz Encinas). Tendo em vista que as crianças autistas aprendem melhor através de símbolos e signos visuais, ao contar a história à criança, indique os pictogramas contidos no material. Também seria interessante imprimir o Material e recortando os pictogramas de cada lâmina do conto, propor à criança que coloque em ordem as ações narradas.
O conto pode ser contados algumas vezes, inclusive através de kamishibai e é possível perguntar às crianças sobre sentimentos que se pode experimentar num passeio ao campo. Utilize este material para dar passo a momentos de conversa, para falar sobre sentimentos, sobre situações já vividas e outras que se podem viver, tanto em família como nos grupos dos quais a criança faz parte.
Gostou desse material? Você já conhecia os pictocontos? Conhece material semelhante que poderia ser de ajuda? Compartilho conosco a sua experiência. Também compartilhe este post nas suas redes sociais e grupos, para que outras pessoas possam conhecer no nosso trabalho e ser de ajuda a muitas famílias e profissionais. Obrigada por passar pela “Caixa de Imaginação”
Se gostou da minha metodologia de trabalho, venha conhecer a Contoexpressão e saber como utilizar diferentes ferramentas na Educação, através do Curso Semipresencial Contoexpressão: Educação Emocional e Terapia Através de Contos. Aproveite esta oportunidade porque estarei no Brasil durante apenas algumas semanas. Cursos nas cidades de São Paulo, Sumaré, Curitiba, Criciúma, Belo Horizonte. Veja mais informação nesse link ou escreva-me através do formulário abaixo. Super abraço.
Foto: Oficina de Contoexpressão realizada por Claudine Bernardes. Autoestima.
Todos já escutamos a frase de que “cada pessoa é um ser único e irrepetível”, porém sentir-se assim as vezes não é tão fácil. Quando ocorrem situações que atacam a nossa auto-estima, começamos a ter uma visão distorcida de nós mesmos. Então devemos aprender a reconhecer a nossa essência, aprender a amar-nos, respeitar-nos, e aceitar o que somos, para potenciar o que podemos chegar a ser.
Desenvolver uma autoestima equilibrada é algo que deve ser feito em todas as fases da vida, tanto com crianças, como adolescentes, adultos e também com idosos. Porém, como fazê-lo? Eu o faço através de uma oficina de contoexpressão.
O que é a Contoexpressão?
A contoexpressão é a arte de compartilhar e despertar conhecimento, de forma sensorial através de contos. Se trata de uma técnica arteterapêutica e psicoexpressiva, que busca potenciar os conhecimentos simbólicos, através de quatro ferramentas que utilizadas da forma adequada podem produzir grandes resultados:
Conexão Emocional;
Metáforas;
Método socrático;
Atividade didática.
O resultado do uso desta técnica é um despertar da consciência, de forma cognitiva que culminará em uma mudança de atitude e conduta.
Há una frase que guarda a essência do que é a contoexpressão:
Oficina de Autoestima: O que te faz único é…
“Numa pequena aldeia situada em pleno deserto, vivia um homem que cada manhã buscava água numa fonte que estava a alguns kilómetros de distância da sua casa. Colocava dois grandes cântaros nos extremos de uma grossa barra de madeira e apoiava esta sobre os seus hombros. E assim, com alegria no corpo e um sorriso na alma, empreendia o seu caminho, que sempre era o mesmo.
Depois de caminhar por uma hora, chegava na fonte e se sentava para descansar, depois enchia os cântaros e empreendia o seu regresso a casa.
Ambos cântaros eram parecidos, com apenas uma pequena diferença. Um deles cumpria perfeitamente a sua função, pois mantinha toda a água intacta durante todo o trajeto. Porém o outro, devido a uma pequena “ferida” em um dos lados, goteava água durante todo o caminho, e ao chegar na aldeia a água já estava pela metade.
Este último cântaro, conforme passavam os dias, se sentia cada vez mais triste, pois sabia que não estava cumprindo com a sua missão. Porém, não entendia porque o seu dono não o arrumava, ou simplemente substituia por outro que estivesse novo e sem buracos. Passaram dias, semanas e meses e este cântaro vez se sentia menos útil e mais triste…
Um dia, simplesmente não pode mais suportar aquela situação, e quando o aguador o tinha em sua mãos, lhe disse:
_Me sinto culpado por fazer-te perder tempo e esforço. Te peço que me abandones e consigas outro cântaro novo, que seja capaz de servir-te como deve ser.
_Não entendo porque estás dizendo isso! – disse o aguador – Por quê pensas que já não eres útil?
_É obvio que não sou útil! Estou quebrado e perco metade de água pelo caminho. Não sou a ajuda que necessitas!
O aguador abraçou o cântaro e disse:
_Não eres melhor nem pior, simplesmente eres diferente e justamente por isso te necessito. – O cântaro não entendia o porquê daquelas palavras, então o aguador continuou. _Olha! Vamos fazer uma coisa, durante o caminho de volta observe bem em que lado do caminho crescem as flores.”
Através de histórias como esta, das metáforas contidas nela e de atividades diversas realizo uma oficina de autoestima, para que os participantes possam compreender e despertar neles uma mensagem que já possuem: Que são pessoas únicas e irrepetíveis!
Se trata de uma oficina de aproximadamente hora e meia de duração, cheia de atividades, contos, perguntas e respostas interiores que despertam o amor próprio. Agora vou mostrar para vocês algumas fotos da oficina que fiz com um grupo de adolescentes. O resultado foi maravilhoso!!! Eles se sentiam motivados, amados e respeitados! Cada pessoa pode compreender que a sua vida tem um propósito porém é importante conhecer-se para descobrir este propósito. Também compreenderam que recebemos diariamente mensagens externas (algumas boas, outras não) e que devemos escolher aquelas que devemos deixar entrar na nossa vida e fazer parte de nós.
Utilizei com o grupo uma metáfora viva, através de uma atividade criada por mim chamada “a caixa da autoestima”, onde os participante compreendem que são recipientes, como uma caixa que durante a vida vai recebendo e compartilhando mensagens. Oficinas de vivência como esta são instrumentos idôneos para produzir conhecimento de forma respeitosa, e o resultado é muito positivo.
Deixo algumas fotos para que possas ver um pouco do que é este trabalho:
Objetivo: Fomentar o amor próprio, uma autoestima equilibrada e dotar de ferramentas que ajudem em momentos críticos.
Público: Crianças (7-12 anos), adolescentes, adultos, idosos, grupo de toxicômanos, associação de pais, trabalhadores de empresas etc. Essa oficina possui uma versão familiar, para pais e filhos.
Tempo de duração: 1h ou 2h (Em função do público ao qual vai dirigido)
Gostou? Quer aprender a técnica de contoexpressão? Quer esta oficina para desenvolver com grupos?
Venha participar dos cursos que estarei ministrando durante os meses de julho e agosto em várias cidades do Brasil (lembre-se que vivo na Espanha). Entre aqui para ver mais sobre este curso.
O curso estará dividido em duas partes:
1. Presencial: Os participantes experimentarão o Método desenvolvido pela palestrante e conhecerão as suas bases teóricas, tudo de forma prática e sensorial.
2. Online: Material teórico sobre os temas estudados na parte presencial, que se realizará através da plataforma online de EPsiHum (Escuela Psicoexpresiva Humanista) com sede em Valência, Espanha. Exame final: desenvolver uma oficina de resiliência. Certificado expedido por EPsiHum:http://cursos.institutoiase.com
PRESENTES DE FIM DE CURSO: 1. Oficina de autoestima para desenvolver em grupos (crianças, adolescentes e adultos). 2. Sessão individual com Claudine Bernardes (videochat) para enfocar a técnica à atividade desenvolvida pelo participante do curso.
PÚBLICO: Psicólogos, psicopedagogos, pedagogos, professores, arteterapeutas, coach, pais de crianças com TDAH, escritores de contos e demais interessados.
Por favor, compartilhe este material nas suas redes sociais (facebook, instagram, twiter etc) e com os seus contatos.
Se tiveres alguma dúvida, basta preencher o formulário abaixo.
Quando comento com alguém que sou facilitadora de Educação Emocional através de Contos, a grande maioria das pessoas pensam que trabalho exclusivamente com crianças. Na verdade isto está completamente longe da realidade. Por incrível que pareça a grande maioria de oficinas que realizo estão dirigidas a adolescentes, jovens e adultos. Uma das oficinas que mais gosto de fazer, é a Contos e metáforas para empoderar as famílias, onde ensino aos pais a utilizar as ferramentas da contoexpressão para comunicar-se com os seus filhos, as quais são:
Conexão emocional;
Método socrático;
Metáforas;
Atividade didática.
Porém, o que realmente faço nesta oficina, é que os pais, ao tempo que experimentam e vivenciam a técnica da contoexpressão, para ver o real efeito desta, compreendam que eles são grandes agentes de mudança. Através de contos e da técnica que desenvolvi, desperto nos pais a conhecimento de que se eles desejam que haja mudança nos seus filhos, que aprendam e sejam responsáveis socialmente, a grande mudança deve começar na sua própria vida.
“Seja você a mudança que deseja ver nos outros.”
As crianças aprendem por mimese, ou seja, imitação. Elas brincam de imitar a vida dos adultos, somos o modelo a seguir, o padrão que forjará as condutas presentes e futuras das crianças que nos rodeiam. Uma das frases que sempre utilizo nas oficinas é: “Ninguém pode dar o que não tem”. Durante a oficina, faço com que os pais vejam que eles herdaram condutas dos seus pais (positivas e negativas) e agora os seus filhos estão começando a repetir estas condutas, e por fim elas se enraizarão nas suas vidas. Nos últimos tempos estamos escutando falar muito sobre educação emocional, e queremos que os nossos filhos façam atividades para melhorar a sua capacidade emociona. E que acontece com os adultos? Por que não fazemos cursos para melhorar nossas capacidades emocionais? Os pais somos guias, porém como vamos guiar se desconhecemos o caminho?
Todos os dias recebo mensagens de inúmeros profissionais que na sua maioria, trabalham com crianças: Psicólogos, psicopedagogos, professores, terapeutas em geral. Se você que me está lendo é um desses profissionais, lhe peço que não esqueça de trabalhar também com os pais, tanto de forma grupal, como de maneira individual. Necessitamos ajudar a desenvolver a inteligência emocional daqueles que serão o modelo a seguir das crianças.
Agora deixo esta pequena metáfora para que você possa meditar no que desejo realmente ensinar:
Mais que palavras.
Conta-se que uma mãe levou seu filho de seis anos na casa de Mahatma Gandhi. Chegando lá ela implorou a ele:
_Por favor, Mahatma, diga para o meu filho não comer mais açúcar, ele é diabético e arrisca sua vida fazendo isso. Ele não me escuta mais, sou sua mãe e estou sofrendo muito, não desejo perdê-lo.
Gandhi pensou e logo disse:
_Sinto muito, senhora. Agora eu não posso fazer isso. Traga o seu filho dentro de quinze dias.
Surpreendida, a mulher agradeceu e prometeu fazer o que ele havia pedido. Quinze dias depois, ela retornou com o seu filho. Gandhi olhou o menino nos olhos e disse:
_Menino, pare de comer açúcar.
Grata, porém surpresa, a mãe perguntou:
Por que você me pediu para trazê-lo duas semanas depois? Poderia ter dito a mesma coisa na primeira vez que estive aqui.
Gandhi respondeu:
_Quinze dias atrás, eu comia açúcar.
Se deseja saber mais sobre o processo de aprendizagem através de mimese, deixo esses dois artigo que parecem relevantes:
Hoje resolvi falar sobre um tema que começou a surgir nas oficinas para pais e mães que realizo: COMUNICAÇÃO.
Como todos os dias a mãe ou o pai vai buscar a criança no colégio, e enquanto caminha ou conduz, começa a bombardear o filho de perguntas, e a conversa segue mais ou menos esse roteiro:
_Como foi o colégio hoje?
_ Bem.
_ Uhum… só bem
_ Uhum.
_ Você se comportou bem?
_ Sim.
_ Alguém encrencou com você?
_ Não.
_ Estudou tudo direitinho?
_ Sim.
Como o meu livro “Carlota não quer falar” trata de ajudar a manter uma comunicação com a criança, para que ela aprenda e expressar os seus sentimentos, durante as oficinas que realizo, muitos pais expressam sua frustração dizendo-me que os filhos não contam nada sobre o que fazem no colégio, como se sentem etc. Então lhes digo que repitam-me as perguntas que fazem, e me deparo com perguntas como as que escrevi acima.
É verdade que muitas crianças e adolescentes tem dificuldades em expressar o que sentem, o abrir-se para os pais. Porém, realmente acredito que se trata mais de um problema de comunicação.
“Os pais estão fazendo as perguntas de forma equivocada.”
Isso mesmo! Se você quer que a criança responda com monossílabas, como no exemplo, continue fazendo as mesmas perguntas, mas se você quer realmente manter uma conversa ampla e conhecer o mundo em que vive o seu filho quando não está de baixo do seu olhar, então preste atenção no que vou dizer.
Existem perguntas fechadas e abertas. As perguntas fechadas são aquelas em que a pessoa não necessita pensar muito na resposta, é só dizer: Sim, não, bem, mal, claro. São úteis para quando se deseja obter uma informação concisa e específica, porém não nos ajudam a conhecer os detalhes, ou conhecer melhor o nosso interlocutor.
As perguntas abertas são aquelas que necessitam de reflexão. Ou seja, o nosso interlocutor deve pensar mais para responder, as respostas são mais extensas e nos ajudam a conhecer melhor as circunstâncias, os motivos e as características do nosso interlocutor. Algumas características das perguntas abertas são:
Elas exigem que a pessoa pare, pense e reflita.
As respostas não são fatos, mas sentimentos, opiniões ou ideias pessoais sobre um assunto.
Quando são usadas perguntas abertas, o controle é transferido para a pessoa que deve responder a pergunta, que inicia uma troca com a pessoa que perguntou. Se o controle da conversa continua com a pessoa que faz as perguntas, significa que você está fazendo perguntas fechadas. Essa técnica faz a conversa parecer-se mais com uma entrevista ou um interrogatório.
Evite perguntas com as seguintes características: as respostas fornecem fatos; as perguntas são fáceis de responder; as respostas são dadas com rapidez e exigem pouca ou nenhuma reflexão.
Agora deixarei uma série de perguntas que você pode fazer à crianças para descobrir situações específicas, e conhecer melhor o seu mundo interior, e o meio onde ela se move. São perguntas par iniciar uma conversa, e a partir dela a criança também pode fazer as suas próprias perguntas:
Qual foi a melhor coisa que te passou hoje no colégio?
Qual foi a pior coisa que te passou hoje no colégio?
Conta-me algo que te fez rir hoje.
Se pudesses escolher um coleguinha para sentar ao teu lado na sala, quem você escolheria? (Quem você não escolheria?)
Qual é o melhor lugar da escola?
Diga uma palavra estranha que tenhas escutado hoje; ou algo estranho que alguém disse.
Se eu chamasse hoje a professora, o que achas ela diria de ti?
Ajudastes a alguém hoje no colégio? Quem? Como?
O que te fez mais feliz hoje?
O que te fez sentir tédio hoje?
Se um disco voador chegasse na teu colégio e levasse a alguém com eles, quem querias que fosse?
Quem é a pessoa que gostarias de brincar no recreio que nunca ou poucas vezes tenhas brincado?
Quem é a pessoa mais divertida da sala de aula? Por que é tão divertida?
Se amanhã fosses tu o professor, o que farias?
Tem alguém na tua sala que necessita relaxar-se mais?
De cada uma dessas perguntas pode surgir uma conversa muito interessante. Talvez no princípio parece algo estranho, mas depois de um tempo em que mantenhas esse tipo de conversa aberta, a criança se acostumará e desejará que chegue o momento de compartilhar com você um pouco do seu dia. Não utilize estas perguntas como se você um questionário, fazendo muitas uma atrás da outra. Deixe que seja algo natural, faça uma pergunta e permita que a conversa flua a partir daí. Proponho à criança que ela também faça alguma pergunta para você.
O post de hoje foi um pouco diferente, não acha? Penso que saber comunicar-se com as crianças é essencial e melhora as nossas capacidades emocionais, por isso pensei que fosse um tema interessante para compartilhar. O que achou das perguntas? Quais perguntas você faria?
Por favor, compartilhe este post nas suas redes sociais, tenho certeza que poderá ser de ajuda a muita gente. Obrigada por passar pela minha “Caixa de Imaginação” e até breve.
Nos últimos meses tenho recebido muitas mensagens de profissionais que gostariam de obter as minhas Oficinas Contoexpressivas. Tenho consciência do efeito destas oficinas, porque vejo constantemente mudanças de atitude nas pessoas que participam delas (tanto crianças, como adolescentes, adultos ou idosos). Por esta razão resolvi disponibilizá-las para venda.
Estas oficinas podem ser oferecidas para associações de pais, educadores, a grupos em geral, e para todas as idades, por um valor adequado ao seu desenvolvimento profissional (quando realizo uma oficina costumo cobrar entre 100 e 200 euros por cada oficina de 2 horas, com um máximo de 20 participantes). Você poderá amortizar o investimento muito rápido!!!
O que é uma oficina de vivência através de contos?
Em uma oficina de vivência através de contos, convidamos os participantes a experimentar as histórias de forma sensorial. As oficinas possuem um objetivo didático e por essa razão, tanto os contos, quanto a técnica aplicada e material de apoio selecionados, ajudam a alcançar estes objetivos. As atividades realizadas convidam os participantes a olhar dentro de si, fazendo uma introspeção profunda, que os ajudará a analisar as suas condutas e sentimentos, e produzir uma mudança positiva de pensamento e comportamento.
Por que através de contos?
“A alma humana tem uma necessidade inextinguível de que a sustância dos contos flua através de suas veias; assim como o corpo necessita ter substâncias nutritivas que circulam através dele.” (Rudolf Steiner)
Quando escutamos falar sobre contos imediatamente o associamos à infância, inclusive nos produz lembranças felizes. É verdade! Os contos são elementos essenciais durante a infância, porém sua importância não deveria diminuir durante a adolescência ou a vida adulta. Os contos carregam a essência humana, nossa estrutura vital: um princípio, um processo de desenvolvimento e um fim, portanto as oficinas que realizaremos se dirigem às necessidades emocionais, tanto de crianças, como adolescentes e adultos.
Os contos, através de suas metáforas e simbolismos, alcançam nosso inconsciente, já que conseguem esquivar as barreiras criadas pela razão; e uma vez ali, despertam o conhecimento ou plantam sementes para o futuro. Dotar a mente de simbolismo é altamente importante, já que 80% das nossas decisões são tomadas pelo inconsciente. Por este motivo, os contos servem como instrumento perfeito para educar as emoções, ensinar valores, animar, fortalecer a resiliência, a autoestima etc.
A vida é um maravilhoso conto de fadas. Hans Christian Andersen
ALGUMAS OFICINAS DISPONÍVEIS
1. Sonhos ou castelos no ar?
Os sonhos são os combustíveis que fazem que a vida siga o seu caminho. Porém, quando o tempo passa e eles não se fazem realidade, sentimos que os nossos sonhos são como castelos no ar, e por isso nos sentimos frustrados. Através desta oficina ajudaremos os participantes a identificar aqueles sonhos que podem ser realizados; também daremos nome aos gigantes que custodiam estes sonhos, os conheceremos mais a fundo para poder vencê-los. Geralmente estes gigantes são condutas ou sentimentos que nos impossibilitam avançar. Finalmente, através da criatividade, buscaremos os pequenos e grandes passos que necessitamos dar, para começar a mover-nos em direção ao nosso objetivo. Se trata de uma oficina prática, onde os participantes receberão motivação e ferramentas para dar os primeiros passos ao encontro daquilo que desejam. Público: Crianças a partir de 10 anos, Adolescentes, adultos, idosos, grupos de mulheres, grupos de mães, dependentes químicos em recuperação etc.
Estrutura Oficina: Sonhos ou Castelos no ar?
Objetivos: Identificar os sonhos; identificar as fortalezas e debilidades; fomentar a criatividade, descobrir os passos para alcançar os sonhos e as ferramentas de ajuda e motivação.
R$400,00
2. Para dias nublados, guarda-chuva colorido.
Administração da ira e fomento do otimismo e resiliência. Através de contos e diversas atividades, os participantes compreenderão como atua a ira, o que passa quando sucumbimos ao seu poder e como utilizar ferramentas de gestão dos sentimentos, para evitar danos emocionais, tanto próprios como alheios. Também utilizaremos jogos de dramatização para exercitar a empatia e experimentar os sentimentos desde um lugar seguro. Para completar a experiência, os participantes receberão ferramentas para fomentar o otimismo e alcançar um estilo de vida mais equilibrado e feliz. Público: Crianças (7-12 anos), adolescentes, adultos, grupo de toxicômanos, associação de pais, empresários, trabalhadores de empresas etc.
Estrutura de Oficina: Para dias Nublados, Guarda-Chuva Colorido.
Objetivo: Compreender e gerir a raiva e a frustração. Aprender a viver de forma mais otimista. Além da Estrutura da Oficina em PDF, inclui sessão de mentoria para ajudar na aplicação e adequação da Oficina.
R$400,00
3. Um mundo de emoções: O Iceberg.
Educar a mente sem educar o coração não é educação. (Aristóteles)
Não existem emoções boas ou más, na verdade elas são agradáveis ou desagradáveis. Para ter uma vida equilibrada, devemos conhecê-las, experimentá-las e escolher aquelas que fomentarão o nosso crescimento pessoal. Porém, as vezes não é tão fácil reconhecer as emoções no mesmo momento em que as vivemos, ou os sentimentos que outros estão experimentando. Os sentimentos se misturam, se disfarçam e nos confundem, por isso é necessário observá-los mais atentamente, para poder compreendê-los. Através desta oficina, os participantes escutarão contos, participarão de atividades e exercícios para compreender melhor como as emoções atuam internamente e como se exteriorizam, para então poder canalizá-las de forma apropriada. Público: Crianças a partir de 10 anos, adolescentes, adultos, grupo de toxicômanos, associação de pais, empresários, trabalhadores de empresas etc.
Estrutura de Oficina: Um Mundo de Emoções – O Iceberg
Objetivo: Reconhecer as emoções; ser mais empáticos; aprender a canalizar os sentimentos.Além da Estrutura da Oficina em PDF, inclui sessão de mentoria para ajudar na aplicação e adequação da Oficina.
R$400,00
4. O que te faz único é…
Você é único e irrepetível! Sabia? Teoricamente todos sabemos disso, porém quando ocorrem situações que atacam a nossa auto-estima, começamos a ter uma visão distorcida de nós mesmos. Através de uma linda história, metáforas visuais e uma atividade chamada “A Caixa da Auto-estima”, os participantes compreenderão que amar-se é o primeiro passo para amar e respeitar de forma plena aos que nos rodeiam. Através desta oficina os participantes reconhecerão o seu valor; receberão mensagens de ânimo e otimismo que farão carícias na alma, e ferramentas que os ajudarão quando o desânimo apareça. Público: Crianças (7-12 anos), adolescentes, adultos, grupo de toxicômanos, associação de pais, trabalhadores de empresas etc. Essa oficina possui uma versão familiar, para pais e filhos.
Estrutura de Oficina de Otimismo: O que te faz único é…
Objetivo: Fomentar o amor próprio, uma autoestima equilibrada e dotar de ferramentas que ajudem em momentos críticos. Além da Estrutura da Oficina em PDF, inclui sessão de mentoria para ajudar na aplicação e adequação da Oficina.
R$400,00
5. A Janela Mágica
Muitas pessoas pensam que a vida é um caos de acontecimento, como se o universo estivesse conspirando contra elas. Fazer uma leitura sobre a sua linha vital, observar desde uma perspectiva segura a sua historia, seus problemas, perdas e logros ajudará os participantes a buscar alternativas mais positivas aos seus problemas. A partir deste ponto, ter uma consciência mais plena e fechar o círculo para começar um novo caminho de crescimento pessoal. Público: Crianças a partir de 10 anos, adolescentes, adultos, idosos, desentendes químicos, grupo de pessoas em depressão, pessoas que passaram por perdas pessoais, trabalhadores de empresas, etc.
Estrutura de Oficina: A Janela Mágica
Objetivo: Leitura positiva da história vital; buscar uma consciência mais plena, equilibrar as circunstâncias da vida e dotar de ferramentas que ajudem em momentos críticos. Além da Estrutura da Oficina em PDF, inclui sessão de mentoria para ajudar na aplicação e adequação da Oficina.
R$400,00
Os contos de fadas são mais que verdades; não porque digam que os dragões existem, mas sim porque nos dizem que os dragões podem ser derrotados. Gilbert Keith Chesterton
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OFERTA DE LANÇAMENTO OFICINAS: 5 X 3
Você está comprando a estrutura de 5 oficinas contoexpressivas. Cada Oficina poderá ser adaptada e aplicada a grupos muito variados, conforme consta na explicação constante nas estruturas. Além disso você também receberá mentoria de Claudine Bernardes para ajudar-lhe na aplicação das oficinas.
R$1.200,00
Para mais informação preencha o formulário abaixo:
Sim, claro que é possível! Mas você deve estar disposto a rir de si mesmo. Não é nada fácil estar diante de um grupo de adolescentes e saber que eles estão pensando: O que essa estranha está fazendo aqui? Eu não sou mais uma criança para me contem contos!
Se você se atreve a prosseguir e passar o limite do “ridículo”, você verá que é possível conquistar seus corações, e lhe garanto que essa é uma sensação maravilhosa.
Agora vou lhe explicar como usei duas histórias para trabalhar com adolescentes sobre a importância dos sonhos como objetivos nos quais temos que trabalhar. Você também pode usar esse material com adultos.
Ambas histórias apresentam uma pessoa normal como protagonista. Tanto Davi quanto o Pescador estavam desprovidos de habilidades especiais que fizessem deles pessoas importantes aos olhos dos outros, apesar dessa aparente simplicidade, ambos venceram a gigantes. Todos nós temos gigantes que precisamos vencer para alcançar nossos sonhos. Na grande maioria das vezes esses gigantes estão dentro de nós.
“Os contos de fadas podem ser aventuras adoráveis, mas também lidam com um conflito universal: a luta interna entre as forças do bem e as forças do mal”. (Sheldon Cashdan em “A bruxa deve morrer”)
Penso que todos temos defeitos de caráter que podem nos impedir de alcançar nossos sonhos/objetivos. Se quisermos continuar nosso caminho de crescimento pessoal, que nos conduzirá até aquilo que almejamos, precisamos identificar quais são esses gigantes que necessitam ser vencidos. Somente assim chegaremos ao nosso “final feliz”.
É importante esclarecer que o objetivo desta atividade é plantar sementes na mente dos adolescentes. Todo plantio é um processo, como um caminho que deve ser trilhado. As historias são sementes, as plantamos na mente e esperamos que elas despertem, transformando-se em frutos.
3. Contação:
Como eu já conhecia a grande maioria dos adolescentes que participaram da atividade, decidi usar como técnica narrativa uma dramatização através de um monólogo, onde representava uma guerreira amazona. Como conhecia muito bem ambas história, utilizei improvisação: conversei com os assistentes, fiz piadas rindo de suas roupas; às vezes me mostrava feroz e às vezes engraçada. Contei primeiro a história de Davi e Golias e depois o conto do Pescador e do Gênio. Eles adoraram!
Claro que é possível contar as histórias sem a teatralização. Mas, certifique-se de que a narração é atraente.
4. Como desenvolver a atividade de apoio
Depois de contar a historia lancei algumas perguntas. Pedi para eles pensarem nos sonhos que queriam alcançar. O que deseja fazer profissionalmente? Que tipo de pessoa desejas ser dentro de alguns anos? Você planejou se casar e ter filhos? Que tipo de pai ou mãe desejas ser?
Pedi-lhes que pensassem sobre suas características, suas qualidades e habilidades: você possui as habilidades necessárias para conquistar seus sonhos? Que habilidades lhe faltam? Quais são as qualidades que o ajudarão a alcançar esses objetivos?
Agora pense nos seus defeitos: Você é impaciente? Você se frustra facilmente? Você é impulsivo? Quais são os gigantes que podem impedir que você atinja seus sonhos? Como você pode vencê-los?
Bem, você já fez uma avaliação agora pensemos em uma árvore, você é essa árvore. Essa árvore tem raízes, tronco e o copo onde estão os frutos. Vamos visualizar esta árvore e transformá-la em algo mais real (é como um jogo simbólico).
Vamos fazer um jogo inverso, isto é, primeiro identificaremos os sonhos que queremos colocar na nossa árvore, vamos começar a partir daí, porque será mais fácil saber quais as ações e qualidades que precisamos desenvolver, quando conhecemos o que sonhamos.
Os frutos: são os sonhos. ex. Eu quero ser médico; Quero escrever um livro; Eu quero viajar para um país distante e viver grandes aventuras.
O tronco: no tronco estarão escritas as ações que precisamos desenvolver ao longo do tempo para que esses frutos/sonhos se tornem reais. Ex. Para fruto / sonho: quero ser médico, minhas ações serão: serei um bom estudante, terminarei o colégio, e me esforçarei para entrar na faculdade de medicina. Quando esteja na faculdade darei prioridade aos estudos, etc.
As raízes: as raízes da árvore serão nossas qualidades, as que devem ser a base da nossa personalidade e que nos ajudarão a produzir as ações necessárias para alcançar nossos sonhos. Temos que escrever essas qualidades, as que temos e as que precisamos ter. Ex. Do fruto / sonho: quero ser médico, minhas ações serão: serei um bom estudante, terminarei o colégio, e me esforçarei para entrar na faculdade de medicina.etc. Minhas raízes serão: paciência, perseverança, dedicação, amor para com meu próximo, etc.
Podemos fazer a árvore de duas maneiras:
Uma grande árvore em comum, isto é, para todos os participantes (ou grupos, se participam mais de 10 pessoas): onde cada participante colocará seu fruto / sonho na parte superior da árvore, essa fruta será feita com a palma da mão pintada com guache.
A4 árvore individual: cada participante terá sua árvore individual, onde fará as anotações da atividade, conforme explicado acima. Na atividade que fiz, deixei cada participante desenhar sua própria árvore. Porém não recomendo que seja assim, já que se dedicaram mais ao desenho do que na parte escrita dos sonhos, que era o objetivo real. Por esse motivo, recomendo levar um desenho em preto e branco de uma árvore simples como base para fazer as anotações da atividade.
Importante: alguns não se sentem confortáveis expondo seus sonhos, então você deve deixar claro que é algo pessoal e que outras pessoas não terão acesso a ele.
Finalmente, cada participante pode levar a sua árvore à casa. Mas, para que a atividade tenha um impacto na vida desses adolescentes, seria interessante fazer o seguinte:
O professor recolhe todos os desenhos, colocando cada um dentro de um envelope com o nome de quem o fez.
No final do ano o professor pode devolver este envelope com outra carta escrita pelo próprio professor, onde ele fala sobre as qualidades do aluno, encorajando-o a continuar lutando contra seus gigantes, a melhorar como pessoa, a se olhar constantemente no espelho para fazer uma análise de seus comportamentos e assim poder alcançar os seus sonhos.
Se você nunca trabalhou com adolescentes, é importante saber algumas coisas:
Não tenha medo do ridículo: se eles vêem medo em seus olhos, fim de trajeto. É possível que eles façam piadas, pequenos comentários para te deixar com dúvidas, para atacar a sua confiança, ou simplesmente para fazer de palhaço diante dos amigos. Mostre-lhes que você não tem medo do ridículo, que, na verdade, você se expõe ao “ridículo” por iniciativa própria (o ridículo ao que me refiro é aos olhos deles, porque não tem nada de vergonhoso contar contos). Se eles percebem que não podem te tocar nesse lado, eles vão deixá-lo em paz.
Trate-os com respeito: sim, você pode fazer piadas sobre eles, não tem problema. Mas eles devem perceber que você se importa por eles. Se você quer ser ouvido, deve estar disposto a ouvi-los também. Se quiser ensinar-lhes algo, deve aceitar que talvez eles não concordem com sua idéia, e podem dizer isso abertamente, sem que seja um drama.
Não minta para eles: os adolescentes não podem suportar hipocrisia e mentiras. Se você tem dúvidas, se não sabe a resposta, reconheça. O grande problema que os adolescentes têm com seus pais é quando estes exigem atitudes que eles mesmos não estão dispostos a ter. Então não faça o mesmo, você os perderá.
Lembre-se de que você está controle: Ainda que você não tenha todas as respostas; mesmo que admita que tem dúvidas, não significa que você não esteja (ou possa estar) no controle. Embora eles não queira admitir, necessitam sentir-se seguros. E para isso eles devem devem saber que você está lá e que controla a situação. Mantenha-se firme.
O que achou da atividade? Gostaria de receber a sua opinião. Obrigada por passar pela minha Caixa de Imaginação. Compartilhe esta atividade nas suas redes sociais, assim outras pessoais poderão ter acesso a este e outros materiais que publico.