10 livros infantis para comemorar o dia dos povos indígenas de forma respeitosa

O Dia dos Povos Indígenas no Brasil é celebrado anualmente em 19 de abril. Esta data é destinada a homenagear e lembrar a importância dos povos indígenas na formação da cultura e identidade do país.

Além disso, o Dia dos Povos Indígenas é uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância de respeitar e preservar a cultura e os direitos dos povos indígenas, bem como de reconhecer os desafios enfrentados por esses povos, como a perda de terras, a discriminação e a violência.

A data foi criada em 1943 durante o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, com o objetivo de defender os direitos dos povos indígenas das Américas. No Brasil, a data foi oficializada em 2008 pela Lei nº 11.696.

É importante destacar que os povos indígenas no Brasil possuem uma diversidade cultural e linguística muito rica, sendo composto por mais de 300 etnias diferentes. Eles representam cerca de 0,4% da população brasileira, de acordo com o censo mais recente do IBGE.

Uma bonita forma comemorar esse dia, de forma que as crianças possam aproximar-se da realidade desse povo tão diverso, é apresentando-lhes obras literárias escritas por representantes de diversos povos indígenas.

A literatura indígena é muito prolífera e possui grandes representantes. Foi realmente difícil escolher, porém abaixo apresento 10 livros, escritos por 4 autores diferentes: Daniel Munduruku, Yaguarê Yamã, Aline Rochedo Pachamama e Olívio Jekupé. No final desta publicação, também deixarei uma lista de artigos científicos (com links) que falam sobre a Literatura Indígena, para aqueles que desejam conhecer a temática de forma mais profunda.

LIVROS DE DANIEL MUNDURUKU

SOBRE O AUTOR:

Daniel Munduruku nasceu em Belém, PA, filho do povo Indígena Munduruku.

Formado em Filosofia, com licenciatura em História e Psicologia, integrou o programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na USP. Lecionou durante dez anos e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo. Esteve em vários países da Europa, participando de conferências e ministrando oficinas culturais para crianças.

Autor de aproximadamente 60 livros, é um dos autores mais prolíferos dentro da literatura indígena e possui diversos premios importantes dentro do mundo literário.

Coisas de Índio – Versão Infantil: MERGULHE NESTA HISTÓRIA!

Ainda hoje, os povos indígenas são malcompreendidos apenas porque têm um jeito próprio de viver. Aqui, Daniel Munduruku não só explica o que é ser índio mas também elucida o leitor acerca de particularidades de sua cultura. As aldeias, a língua e as artes são só alguns dos temas abordados, explicados de maneira simples e atrativa, e ilustrados de forma a transmitir toda a riqueza da cultura indígena às crianças. Mais que um livro, Coisas de índio celebra o respeito e a valorização das diferenças. POR QUE TER ESTE LIVRO? • Apresenta-nos um belo panorama da cultura indígena escrito de forma clara, envolvente e muito interessante. • Trata-se de um ótimo livro para conhecimento e pesquisa, contendo informações ricas, fidedignas e fáceis de serem compreendidas. Além de desmistificar fantasias sobre o modo de viver dos índios. • Desperta-nos o interesse por outras áreas do conhecimento envolvidas no contexto como, por exemplo, História, Geografia, Artes, entre outras.

Kabá Darebu – Ilustrado por Maté

“Nossos pais nos ensinam a fazer silêncio para ouvir os sons da natureza; nos ensinam a olhar, conversar e ouvir o que o rio tem para nos contar; nos ensinam a olhar os voos dos pássaros para ouvir notícias do céu; nos ensinam a contemplar a noite, a lua, as estrelas…”​Kabá Darebu é um menino-índio que nos conta, com sabedoria e poesia, o jeito de ser de sua gente, os Munduruku. 

Catando piolhos, contando histórias

“Ali, contávamos para todos os adultos presentes tudo o que havíamos feito durante o dia. Embora não parecesse, todos nos ouviam com atenção e respeito. Aquele era um exercício de participação na vida de nossa comunidade familiar.” Memórias de infância de um menino indígena que nos fala das tradições de seu povo Munduruku transmitidas pela narrativa oral nos momentos felizes quando, sentado na aldeia, no colo dos mais velhos ou ao pé da fogueira, ouvia histórias enquanto eles catavam piolhos em seus cabelos e lhe faziam carinhos na cabeça.

LIVROS DE YAGUARÊ YAMÃ

SOBRE O AUTOR

Yaguarê Yamã é escritor, ilustrador, professor e artista plástico indígena nascido no Amazonas. Filho do povo Maraguá, formou-se em geografia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA).


Depois de lecionar e dar palestras de temática indígena e ambiental por seis anos em São Paulo, Yaguarê retornou para seu povo, onde atualmente é liderança e luta pela demarcação de suas terras tradicionais.


Autor de onze livros infantis e juvenis, Yaguarê fala, além do maraguá, seu idioma nacional, o Nhengatu (tupi moderno), o tupi antigo e o português.

Contos da Floresta

Neste livro o escritor Yaguarê Yamã recria mitos e lendas do povo indígena Maraguá, conhecido na região do Baixo-Amazonas como “o povo das histórias de assombração”. As três primeiras histórias são mitos sobre animais fantásticos que protegem as florestas e as três seguintes são lendas que enredam a rotina da tribo em acontecimentos mágicos, todas elas narradas em pequenos textos cheios de ritmo e suspense. As histórias estão imersas na natureza, com personagens em intensa relação com a floresta, sempre considerada em seu inesgotável mistério. Ao final, um glossário com termos da Língua Regional Amazônica e do idioma Maraguá contribui para o registro da cultura de um povo que hoje vive em apenas quatro pequenas aldeias e conta 250 pessoas. O leitor encontrará também um posfácio sobre a cultura dos povos de que descende Yaguarê e uma entrevista com o autor.

Cocarzinho Amarelo

Cocarzinho Amarelo é uma menina de 10 anos bastante corajosa que foi designada por sua mãe para uma missão: levar uma cesta de beiju para sua avó doente. Familiar, certo?

Cocarzinho Amarelo retoma a clássica história da Chapeuzinho Vermelho de um jeito bem brasileiro, sem deixar de lado a importância do afeto e, claro, de exaltar nossas raízes. Em um livro bilíngue (em português e nheengatu, língua originada do antigo tupi que era falado no litoral brasileiro), o escritor Yaguarê Yamã e o ilustrador Uziel Guaynê mostram as belezas da floresta e da história que deve ser trabalhada e respeitada.

Ao final, o livro traz informações sobre a língua nheengatu e um breve glossário com palavras desse idioma que foi o oficial do Brasil durante um período de nossa história e que hoje é língua franca na região do rio Negro, no Baixo Tapajós e em alguns lugares do Baixo Amazonas, onde é falada por populações ribeirinhas e indígenas.

A origem do beija-flor: Guanãby muru-gáwa 

Os mitos de origem do mundo e dos seres que nele vivem são uma grande riqueza dos povos indígenas. Neste livro, Yaguarê Yamã registra uma dessas histórias: o mito da origem do beija-flor, que vive na memória dos antigos pajés do povo Maraguá, habitante do vale do rio Abacaxis, no Estado do Amazonas. Esse povo valoriza muito o contador de histórias, personagem sempre requisitado no cotidiano e nos festejos da tribo, e é conhecido como “os índios das histórias de fantasmas”. Neste livro, a delicada história é apresentada em português e em maraguá, dialeto misto de Aruak com Nhengatu, e integra a coleção Peirópolis Mundo, que busca valorizar línguas minoritárias de todas as partes do planeta.

LIVRO DE ALINE ROCHEDO PACHAMAMA

Sobre a autora:

Aline Rochedo Pachamama- Churiah Puri, indígena da etnia Puri, historiadora, escritora e ilustradora.

Doutora em História Cultural pela UFRRJ. Mestre em História Social pela Uff, Idealizadora da Pachamama Editora, (editora formada por mulheres indígenas).

Participa dos Movimentos dos Povos Originários, elaborando e executando projetos em prol da divulgação da Cultura Indígena.

TAYNÔH: O MENINO QUE TINHA CEM ANOS

Pachamama, a mãe de todos os indígenas deste continente, narra a história de Taynôh. Este livro tem as raízes na terra. São palavras que foram semeadas e floresceram antes de serem escritas.  E foram escritas com a cor e a seiva da floresta, com o canto e o chamado da Vida.  Taynôh é a criança que está crescendo. É a criança interior dos que se tornaram adultos, que, por hora, repousa e dorme, mas logo despertará.

Ele representa os Povos Originários e a origem indígena de cada pessoa. A sua origem indígena, sufocada por um modelo de sociedade, que busca no externo distante o seu referencial. Taynôh é o tempo Presente e a luta dos que permanecem.Taynôh é você, um parente seu e também o nome de um de meus ancestrais. Significa “luz do luar”. Ele mesmo me disse.

LIVROS DO AUTOR OLÍVIO JEKUPÉ

Sobre o autor

Olívio Jekupé é escritor indígena do povo Guarani.

Nasceu no Paraná, mas mora atualmente na aldeia Krukutu, em São Paulo.

Jekupé, em guarani, significa “mestiço”. Olívio estudou Filosofia na USP, e embora não tenha concluído o curso, sentiu-se estimulado a escrever e a participar de palestras no Brasil e no exterior.

Tem diversos livros publicados por diferentes editoras brasileiras, e também traduzidos na Itália.

Jekupé maneja a oralidade e a escrita, a tradição e a imaginação, as coisas da sua própria aldeia e as da aldeia global.

A mulher que virou Urutau

Ilustrado por Maria Kerexu

Esta é a história de uma bela índia que se apaixona por Jaxi, o Lua. Para saber se o sentimento é verdadeiro, Jaxi resolve colocar em prova o amor da jovem. Esta é a lenda guarani sobre o pássaro urutau, ave que possui uma diferente estratégia de camuflagem: ficar imóvel nos troncos das árvores, de olhos fechados, para não chamar a atenção dos predadores. Por meio da lenda é possível discutir a relação entre essência e aparência, valores e virtudes, além da própria cultura indígena. O livro traz o texto em português e em guarani, além de dados informativos sobre o pássaro urutau.

O presente de Jaxy Jaterê

Kerexu tinha ouvido dos mais velhos várias histórias de Jaxy Jaterê, o protetor da floresta. Por ser poderoso, as pessoas podem fazer pedidos a ele, mas a índia não sabia como chamá-lo. Porém, sua prima conhecia o segredo e o ensinou a Kerexu. Certa noite, a índia adentrou na floresta, realizou o ritual e fez um pedido. Será que Jaxy Jaterê irá atendê-la? Abra as páginas deste livro e descubra o desejo de Kerexu e como termina esta lenda do povo guarani. EDIÇÃO BILÍNGUE: PORTUGUÊS-GUARANIKerexu tinha ouvido dos mais velhos várias histórias de Jaxy Jaterê, o protetor da floresta. Por ser poderoso, as pessoas podem fazer pedidos a ele, mas a índia não sabia como chamá-lo. Porém, sua prima conhecia o segredo e o ensinou a Kerexu. Certa noite, a índia adentrou na floresta, realizou o ritual e fez um pedido. Será que Jaxy Jaterê irá atendê-la? Abra as páginas deste livro e descubra o desejo de Kerexu e como termina esta lenda do povo guarani. EDIÇÃO BILÍNGUE: PORTUGUÊS-GUARANI

O Tupã Mirim. Pequeno Guerreiro 

Tupã Mirim é um jovem índio muito esperto e companheiro. Ele gosta de ir até o lago perto de sua aldeia e de ver os adultos caçarem, e sempre está com seus amigos quando eles fazem competições para ver quem nada mais rápido ou quem sobe primeiro nas árvores. Um dia, porém, Tupã começa a se sentir triste e excluído das atividades feitas pelos jovens, já que possui um problema que os demais índios não têm.

QUER SABER MAIS SOBRE A LITERATURA INDÍGENA?

Deixo aqui referência a diversos artigos que abordam esta temática.

  1. LITERATURA INFANTIL DE AUTORIA INDÍGENA: diálogos, mesclas, deslocamentos. Iara Tatiana Bonin. Universidade Luterana do Brasil – ULBRA.
  2. Representações da criança na literatura de autoria indígena – Iara Tatiana Bonin
  3. SOB OS OLHOS DE
  4. KUNUMIM 
  5. A LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA NO CÍRCULO LITERÁRIO INFANTOJUVENIL – Lívia Penedo Jacob (UERJ)

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Livro O GIGANTE QUE APRENDEU A SUSSURRAR + presentes

Com o lançamento do meu novo livro, tenho alguns presentes para você! Leia tudo abaixo para não perder nada.

  • Temática do conto.
  • O que você encontra no livro?
  • Material Didático de Apoio em PDF.
  • Aula Sobre a temática (comprou o livro? entre em contato e te passo o link da aula)
  • Oficina GRATUITA de presente.

Era uma vez…

Publicado por Literare Books International

Todo conto de fadas começa ou deveria começar assim, e este não foge a essa regra. Um reino distante, um bosque encantado, fadas, gigantes e a terrível Bruxa do Esquecimento, nos convidam a viver uma grande e transformadora aventura.

O Gigante que aprendeu a sussurrar nos mostra que pessoas tão distintas podem caminhar juntas, quando constroem pontes entre os seus corações.

Além do conto, o livro também possui uma guia didática com sugestão de atividades e material complementar (jogos de mesa, baralho e diversas atividades) que você poderá baixar por meio do QR code contido no livro

Por que criei O GIGANTE QUE APRENDEU A SUSSURRAR?

Ninguém é uma ilha, todos convivemos com outras pessoas: na família, no trabalho, na escola, entre amigos… É importante aprender a buscar uma forma de comunicação eficaz, mas que também seja assertiva e afetiva. E devemos fazer isso juntos… numa jornada que as vezes será muito difícil, como nessa história, onde a fada Lélia e o Gigante Talos empreendem uma jornada para buscar uma forma de conseguir se entender. O problema é que encontram pelo caminho a BRUXA DO ESQUECIMENTO, que lança sobre eles um feitiço terrível. Será que eles conseguirão vencer juntos tantos problemas? Espero que sim! Porque os finais felizes são sempre uma esperança que esperamos!

Além do conto, o livro possui uma GUIA DIDÁTICA com muitas atividades e o QR Code com o qual poderá baixar MATERIAL DE APOIO DIDÁTICO EM PDF.

Compre o livro e baixe o material didático em pdf. Nele você encontrará: Videoaulas para ajudar a pais, mães, educadores e psicólogos (sobre o uso dos contos na terapia; Como ajudar as crianças a gerir a raiva (Cinco chaves para educar as emoções), Jogos de Mesas (você poderá imprimir os tabuleiros quantas vezes quiser); Jogos de Narrativa (para imprimir), atividades para terapia familiar, desenhos para pintar e muito, muito mais.

E para terminar, tenho um super presente. Preparei uma OFICINA DE EDUCAÇÃO EMOCIONAL (VIVÊNCIA) GRATUITA. Se trata de um material completo, passo a passo, que você poderá aplicar com crianças, adolescentes e adultos. A temática é: Comunicação Assertiva e desenvolvimento da empatia. Se quiser este material deixe os seus dados abaixo:

5 CONTOS SOBRE O NASCIMENTO DE UM NOVO IRMÃO

Entre as muitas perguntas que vocês me fazem, está esta: Claudine, você pode me indicar um conto para falar sobre o nascimento de um irmão?

Claro que sim! Deixo 5 sugestões para vocês:

AGORA SOU IRMÃO MAIS VELHO! 

Autora: THAÍS VILARINHO 

Editora : ‎ MUCH EDITORA; 

E na segunda viagem? É uma explosão de alegria, mas é também muito comum mães e pais sentirem medo e insegurança com a chegada do segundo filho. Como agir? Será que vou conseguir amar o segundo como eu amo o primeiro? Será que o mais velho vai ficar bem? Será que ele vai sentir a minha falta? Será que ele vai sentir ciúmes? Será que eu vou dar conta dos dois? Será que eles vão se amar? Esse livro apresenta, com história doce e ilustrações encantadoras, todas essas respostas. É só ficar atento aos detalhes. O livro AGORA SOU IRMÃO MAIS VELHO, é uma espécie de farol. Força e motivação para todas as famílias que estão passando por esse momento lindo, mas igualmente desafiador que é a chegada do segundo, terceiro, quarto… filho.

A Irmã do Gildo 

Autora: Silvana Rando 

Editora ‏ : ‎ Brinque-Book;

Certo dia, no café da manhã, Gildo olha a barriga da mãe e pensa: “Ela exagerou na comida!”. Na verdade, havia ali um bebê que, de acordo com o elefante, demorou para chegar. Até que finalmente Laurinha veio ao mundo, e com ela uma série de mudanças na vida de Gildo. Esperar e compreender a chegada de uma irmã é sempre um processo que envolve muitas emoções, que passam por dividir a atenção da mãe, os brinquedos, as risadas, os gostos e, mais do que tudo, o amor um pelo o outro.Esta é uma história que faz parte da vida de tantas crianças, contada por Silvana Rando com leveza e sensibilidade, e que também revela ainda mais os sentimentos de nosso querido Gildo.

Nasce um irmão 

Autora Letícia Pratti 

Editorial Matrescência

Um desafio sem dúvida, mas também uma oportunidade: de mais amor e mais alegria! Este livro mostra, pelos olhos de uma criança, a chegada de um novo bebê e de todos os sentimentos que podem surgir no coração de um irmão mais velho. Para os pais, este livro é acalento e apoio. Uma ferramenta valiosa para navegar pelo turbilhão de emoções que é o nascimento de um filho, quando já existe uma vida sob sua responsabilidade. Este é um livro para a família. Um sopro de amor durante um período de construção e transição. Irmãos mudam um pouquinho quem somos e ajudam a moldar quem seremos. Nasce um novo bebê, nasce uma nova família, nasce um irmão.

Tem Alguém na Barriga da Mamãe 

Autora Danielle Sommer 

Editora Inverso

A gravidez é um período cheio de mudanças, dúvidas e expectativas. E quando é o segundo filho que está a caminho, os pais têm uma preocupação a mais: como contar à criança mais velha que ele terá um irmãozinho? Será que eles entendem o crescimento da barriga e que dali sairá um bebê? E mais, que esse bebê passará a morar na mesma casa, dividindo a atenção?

Eu Adoro Meu Irmaozinho! 

Autor Jan Ormerod

Editora Fundamento

Caroline crocodilo ganhou um irmãozinho muito lindo. Como um filhote de crocodilo deve ser. Mas ela não ficou muito satisfeita com a novidade, pois ele ocupava todo o colinho da mamãe. Por isso caroline foi logo colocando mil defeitos no pequeno: ele fede, baba e não é divertido! e decidiu trocá-lo por outro na loja de bebês. Que tal um panda fofinho, tigres gêmeos ou um elefantinho? e agora? será que caroline vai mesmo trocar o irmãozinho?

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Educação Emocional na Igreja?

EDUCAÇÃO EMOCIONAL NA IGREJA?

Ontem uma de minhas alunas do Brasil me disse que foi convidada para dar uma palestra para um grupo de professores da Escola Bíblica Dominical e para isso ela me pediu orientação.

Parece-me um avanço que igrejas ou entidades religiosas em geral comecem a se preocupar com as emoções das pessoas que frequentam suas reuniões, principalmente crianças.

Há algum tempo venho trabalhando com crianças, dentro e fora das igrejas, e sempre me preocupei com suas emoções e por isso também desenvolvo atividades de educação emocional na igreja.
Falando especificamente de entidades religiosas, tenho observado que muitos dos problemas que surgem entre os membros e deles para o mundo ao seu redor, têm uma base emocional.

Acredito que devemos ensinar desde muito cedo a exercitar a empatia, a assertividade, a consciência emocional e a gestão das emoções.
O próprio Jesus Cristo fez isso por meio de seus ensinamentos e exemplo de vida. Ensinou-nos a amar o próximo como a nós mesmos… se apenas praticássemos este mandamento, tudo na vida seria muito melhor. Isso é algo extremamente profundo, que devemos avaliar bem. Ninguém pode amar os outros se não se amar… o que é o amor? quem é o meu próximo? por que levantamos tantas bandeiras? O que as bandeiras que levantamos fazem conosco?

Analisando todo esse tema, o grande psiquiatra brasileiro Augusto Cury escreveu este livro “O Mestre da Sensibilidade” que é o segundo livro da coleção Análise da Inteligência de Cristo. Neste livro, Augusto Cury estuda as emoções de Jesus e explica como ele foi capaz de suportar as maiores provações em nome da fé. Sua inteligência e personalidade incomparáveis ​​fazem dele o ponto de partida perfeito para uma investigação sobre o funcionamento da mente e sua incrível capacidade de superação.

Bem, a verdade é que as emoções afetam a todos nós. Por isso conhecê-las, reconhecê-las e gerenciá-las é essencial, não acha?

Aproveito para deixar uma aula gratuita sobre este tema.


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Caso tenha alguma pergunta que gostaria de me fazer, basta deixar em comentários. Seria uma alegria poder ajudar de alguma forma. Também te convido para me seguir em Instagram

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Resenha: Quem tem medo do lobo mau?

Livro: QUEM TEM MEDO DO LOBO MAU – O impacto do politicamente correto na formação das crianças.

Hoje eu tenho uma resenha de um livro super interessante. Tinha muita vontade de ler esse livro, tanto que mandei trazer do Brasil. Quer conhecê-lo?


Livro: Quem tem medo do Lobo Mau (O impacto do politicamente correto na formação da criança)

Autores: Ilan Brenman e Luiz Felipe Pondé

Editorial Papirus 7 Mares

“Seria um abuso sexual o príncepe roubar um beijo da Bela adormecida? Quem brinca de polícia e ladrão pode virar assassino?”


Nesse livro, que é uma conversa entre o escritor e psicólogo Ilan Brenman e o filósofo Luiz Felipe Pondé, essas duas figuras incríveis falam sobre temas muito controvertidos na atualidade, e chamam a atenção para como o “politicamente correto” está produzindo muitos estragos na educação das crianças. 


É um livro de fácil leitura e não é muito extenso, porém considero que é uma jóia, porque trata temas muito relevantes. Como especialista no uso dos contos em psicoeducação tenho recebido muitas perguntas sobre os contos clássicos, e tenho visto uma verdadeira perseguição a diversos contos incríveis, em virtude de uma interpretação puramente racional desta literatura que é sumamente simbólica. 

Ilan Brenman conta que em uma oportunidade, há muitos anos atrás, foi contar contos numa escola… e durante a contação cantou uma musiquinha onde aparecia a palavra BUNDA… isso mesmo, BUNDA… a diretora ficou HORRORIZADA, pediu para ele não usar essa palavra, que estava mal usá-la… ele se negou a tal coisa e foi convidado a se retirar. Parece engraçado, não acha? Mas isso é só o começo! Contos onde aparecem bruxas e duendes são mal vistos em muitos lugares. Grupos de pressão tentam tirar dos colégios contos como A bela adormecida, porque o fato do príncipe beijá-la quando estava dormida, se constitui em assédio sexual. Brincadeiras como a QUEIMADA são taxadas de bullying.


Parafraseando os autores, o contrário do politicamente correto não é o politicamente incorreto, se queremos educar os nosso filhos para que sejam livres pensadores, devemos fazê-lo utilizando o equilíbrio e deixar-nos guiar pelo bom senso. Não sejamos “papagaios” das ideias de outros… escute, observe, veja resultados e tome as suas decisões.


Algumas frases incríveis que extraí do livro:

“O politicamente correto não fornece o material simbólico necessário para fortalecer nossas crianças e nossos jovens, muito pelo contrário, fragiliza-os mais ainda.”

Ilan Brenman

“… a prática oposta ao politicamente correto não é o incorreto; é ter educação doméstica e sensibilidade social.”

Luiz Felipe Pondé

Considero um excelente livro para refletir e trazer a tona este tão necessário tema. Será que estamos sobreprotegente as nossas crianças? Algo que sempre falo nas minhas palestras sobre o uso dos contos na educação é que observo que muitos pais estão afastando os filhos de temáticas como a MORTE, ou os RITUAIS DA MORTE, por exemplo. Pensam que vai traumatizar a criança, e isso é um grande erro. Se na infância a criança não desenvolve ferramentas emocionais para lidar com situações como a perda, por exemplo, na vida adulta, quando inegavelmente sofra uma perda, não terá estruturas emocionais para lidar com essa situação o que pode inclusive produzir a depressão ou suicidio. Já pensou nisso?

“A criança quer ter o poder e o controle sobre o mundo que a oprime, e nada melhor do que a fantasia para lhe dar essa sensação.”

Ilan Brenman

Essa é uma grande verdade! Vou contar uma fato que aconteceu na minha última viagem ao Brasil que expressa bem isso.

Conheci uma menina que não tinha cumprido 4 anos ainda. Ela sempre falava sobre o Lobo Mau… quando tinha medo de que algo ruim pudesse acontecer com alguém, dizia: _Cuidado! O lobo mau anda por aí… cuidado com ele.

Quando fazia algo errado, e chamavam a atenção dela, dizia: _Não fui eu! Foi o lobo mau.

Por que ela fazia isso? A resposta é, talvez difícil de assimilar, porém, já vi muitos casos semelhantes. Se chama PROJEÇÃO.

O LOBO MAU simboliza tudo o que há de mau… porque na mente da criança, onde tudo está polarizado em bom e mau… a princesa, a Chapeuzinho Vermelho (ou seja, o protagonista) é a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA BONDADE. Por outro lado, a bruxa, a madrasta, o lobo mau (ou seja, o antagonista) é a REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DA MALDADE.

Com isso quero dizer, que no caso da menina que sempre jogava a CULPA no LOBO MAU, fazia isso porque não conseguia INTEGRAR ou ACEITAR que podia ter algo mau dentro dela, e projetava a maldade sobre o personagem que sabia que era mau. ESSE NÃO É UM PROCESSO CONSCIENTE, e acontece inclusive com adultos, quando PROJETAMOS as nossas sombras (a culpa daquela eficiência que temos, sobre outras pessoas). Exemplo: “_Eu explodi de raiva, porque você me provocou.” Na verdade, você explodiu de raiva, porque não consegue administrar essa emoção, outras pessoas na mesma situação poderiam não ter a mesma reação. Deu para entender?

Bem, mas voltando para o livro, realmente devemos repensar como estamos educando as nossas crianças. Criar temas “tabus” impede que nossos filhos possam desenvolver o seu sentido crítico. Claro que devemos abordar os temas difíceis ou críticos de forma respeitosa, porém isso não significa que devam ser excluídos.

O que achou? Já conhecia o livro? Já vivenciou alguma situação parecida? Deixe a sua opinião, comentário, compartilhe esta publicação nas suas redes sociais, assim saberei que as minhas publicações são relevantes. 

E se quiser aprender como utilizar os CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA, se quiser aprender a criar contos terapêuticas e oficinas de emoções, venha estudar comigo. Deixo aqui o link para que conheça os meus cursos.

Árvore e folha: o livro de Tolkien que fala de fantasia

Todos conhecem a Tolkien pelo livro ou filme “O Senhor dos Anéis”, hoje eu lhe apresento um livro mais didático.

Foi difícil encontrar uma edição desta obra aqui na Espanha, tive que comprar um exemplar usado, porque não encontrei nenhuma edição em venda. Mas não me arrependo do investimento de tempo de dinheiro. Muitos de vocês me escrevem perguntando por livros que eu recomendo para leitura. Esse é um deles. O mundo dos contos de fadas possui uma lógica própria, leis que são importantes conhecer. E Tolkien manejava muito bem estas leis, o que se ve nos seus diversos livros. Árvore e folha se publicou por primeira fez em 1964.

Nesse livro encontraremos um ensaio sobre os contos de fadas. Mas o que é um conto de fadas? A resposta parece fácil, porém não há um consenso, e muitos autores reconhecidos apresentam as suas definições, como o famoso psiquiatra Bruno Bettelheim.

A definição de um conto de fadas -ao menos o que deveria ser- não depende, pois de nenhuma definição nem de nenhum relato histórico de elfos ou fadas, mas sim da natureza de “Fantasia”: O Reino Perigoso e o ar que sopra nesse país.

Mas o que significa isso?


Para Bruno Bettelheim os contos de fadas são aqueles onde aparecem esses seres mágicos, as fadas. Sendo que os outros contos onde não aprecem as fadas, porém estão dentro do mágico simbólico (o que Tolkien chamaria de Fantasia), são denominados CONTOS MARAVILHOSOS. Um elementos imprescindível de ambos, segundo este autor, é o final feliz.


Tolkien, no entanto, nos propõe outra definição, dizendo que os CONTOS DE FADAS são aquelas histórias que acontecem dentro de FANTASIA. O mundo de FANTASIA (o qual nos meus cursos eu defino como o mundo mágico-simbólico) é um lugar fora deste mundo onde vivemos. Ali o tempo se vive de outra forma, as leis naturais são diferentes, porém existem leis. Neste mundo entramos através de um portal o qual conhecemos com essas palavras “magicas” que sempre dizemos quando começamos um conto de fadas “Era-se uma vez”. Nesse mundo tudo pode acontecer…

Tais histórias abrem uma porta a Outro Tempo e se a cruzamos, ainda que somente por um instante, ficaremos fora da nossa própria época, ou fora do próprio Tempo.

Este é um mundo exclusivo de crianças?


Algumas pessoas pensam que os contos de fadas e seu mundo maravilhoso é um lugar para ser visitado somente pelas mentes infantis. Esse é um grande erro. SOU UMA DEFENSORA da educação emocional por meio dos contos, tanto para crianças, como adolescentes e TAMBÉM ADULTOS. Inclusive, muitos psicólogos que fazem o meu curso de CONTOEXPRESSÃO (também terapeutas em geral) trabalham utilizando o conto com adultos.

Tolkien defende que os adultos necessitam dos contos de fadas, pois dentro de fantasia poderão aprender muito. O adulto deve aproximar-se dos contos de fadas, respeitando esse tipo de literatura como uma arte. Não se trata de infantilizar-se… de querer viver dentro da fantasia… nada disso, deve fazê-lo de forma respeitosa e adulta. Então, segundo o autor poderá aprender alguns valores esquecidos, porém necessários, como: FANTASIA, RENOVAÇÃO, EVASÃO E CONSOLO.

Há muito mais que dizer sobre este incrível livro, porém hoje fico por aqui. Espero que tudo isso lhe faça meditar na importância dos contos na vida de crianças e adultos. Se gostou compartilha e se quiser aprender a utilizar os Contos como ferramentas psicoeducativas, vem estudar CONTOEXPRESSÃO COMIGO.

Livro Contos que Curam: Oficinas de Educação Emocional por meio de Contos

Disponível em todas as grandes livrarias do Brasil

Muitos de você sabem que durante os meses de julho e agosto de 2018 estive viajando por várias cidades do Brasil realizando o Curso de Contoexpressão. Como resultado resolvi publicar este livro junto a algumas alunas e em parceria com a minha amiga e Contadora de Histórias Flavia Gama. Depois de quase um ano de trabalho o livro “Contos que Curam” foi lançado no dia 22 de Agosto na Livraria Cultura do Shopping Iguatemí de São Paulo. Foi um evento lindo!!!

A proposta deste livro não é ser apenas uma leitura a mais. Você poderá encontrar nele um material valioso de desenvolvimento prático do seu trabalho, seja como educador(a), psicólogo(a), coach, contador(a) de histórias etc. Contos que Curam está formado por 24 Oficinas para o desenvolvimento das capacidades emocionais dos participantes, cujo público pode ser crianças, adolescentes ou adultos.

Colocamos a prova estas oficinas obtendo resultados surpreendentes. Veja abaixo o Sumário do livro:

Cada capítulo foi criado por uma profissional reconhecida na sua área (psicóloga, psicopedagoga, coach, contadora de história), utilizando como metodologia a Contoexpressão.

O que é a contoexpressão?

Como você já deve saber, sou Master em Contos e Fábulas Terapêuticas, pelo Instituto IASE (que é um Centro de Estudos em Psicologia com sede na cidade de Valência Espanha). Depois de anos de prática e intensa pesquisa com público diverso, observei que a faltava uma metodologia que colocasse em ordem tudo isso. Observei também que no desenvolvimento prático do meu trabalho existia uma metodologia intrínseca, distinta da realizada por outros profissionais da minha área. E foi assim que surgiu a CONTOEXPRESSÃO.

Contoexpressão é a arte de compartilhar, provocar e despertar co- nhecimento, de forma sensorial e simbólica por meio de contos. É uma técnica que busca produzir mudanças de pensamento que culminarão em mudanças de conduta, auxiliando o ser humano no árduo proces- so de buscar uma melhor versão de si.

A Contoexpressão está formada por quatro ferramentas: 1. Conexão Emocional; 2. Metáforas e símbolos existentes nos contos; 3. Método Socrático; 4. Atividade Didática.

Você observará na estrutura das oficinas, que utilizamos essa técnica não com o objetivo de impor conhecimento, mas de compartilhar, despertar, provocar conhecimento por meio do uso dos símbolos existentes nos contos. Será uma experiência sensorial que transportará os participantes do mundo das ideias e do inconsciente, ao mundo material. Os participantes expressarão os seus símbolos internos de forma material, podendo observá-los e comunicar-se com eles, interpretando-os, para poder conhecer-se melhor.

O que você encontrará nesse livro?

Você encontrará o esquema de 24 Oficinas de Educação Emocional por meio de Contos. Cada oficina está explicada passo a passo, para que qualquer profissional da área da educação, terapia, coaching, contação de histórias, possa aplicar com grupos. Cada oficina possui um conto inédito e algumas possuem material complementar o qual poderá ser baixado através de Código QR existente no interior do livro.

Contos que Curam é um livro de atividades para crianças?

Não. As oficinas foram criadas pensando-se em três públicos distintos: Crianças, Adolescentes e Adultos. Porém, o facilitador poderá adaptar a oficina para o público que desejar, utilizando conhecimentos próprios.

Se eu tiver alguma dúvida posso entrar em contato com as autoras?

Cada autora disponibiliza no livro os seus dados de contato. Desta forma, em caso de dúvidas você poderá ir diretamente à fonte 😉

As oficinas só podem ser aplicadas para grupos?

Não. Se você é psicólogo ou psicopedagogos poderá aplicar diversas oficinas na terapia individual, de forma íntegra ou adaptada à sua necessidade.

Como faço para aprender a metodologia utilizada no livro?

QUER APRENDER MAIS SOBRE COMO UTILIZAR OS CONTOS NA EDUCAÇÃO EMOCIONAL E NA TERAPIA?

Tenho disponível o curso ONLINE CONTOEXPRESSÃO: EDUCAÇÃO EMOCIONAL E TERAPIA POR MEIO DE CONTOS. Entre aqui para saber mais, ou me escreva pelo formulário abaixo:

Nas próximas semanas estarei compartilhando informação sobre as oficinas contidas no livro. Se está passando por aqui e ainda não me segue, pulsa em seguir para receber informação no seu e-mail.

Achou interessante? Compartilha nas suas redes sociais. Um super abraço!

Resenha: O Guardião das Coisas Pequenas, por Alejandro M.

(Para leer este texto en castellano pincha aquí) 

Guardião das coisas pequenas 1

Hoje vou compartilhar com vocês uma resenha muito especial, porque é a primeira resenha feita pelo meu pequeno leitor de 7 anos. Alejandro gosta muito de ler, por isso pensamos que seria uma ótima ideia que ele colaborasse comigo aqui no blog, fazendo ao menos uma resenha ao mês dos livros que ele lê. Penso que é uma excelente forma de fortalecer nossos vínculos além de melhorar a sua autoestima. Espero que gostem!

  Se você tivesse que contar para alguém como é esse livro, como o descreverias:

É uma história muito engraçada! Conta a história do Guardião das coisas pequenas, que é um homenzinho que tem 4 olhos e coleciona coisas pequenas como se fossem tesouros; por exemplo: uma pluma que lhe presenteou um pássaro. Ele passa a vida viajando pelos cinco continentes para encontrar tesouros para sua coleção:  Muropa, Pamérita, Lásia, Táfrica,  Doceania.

Para buscar novos tesouros ele vive muitas aventuras: Ele recebe de presente uma pequena caixa que contem um oceano dentro; pega um bebê recém nascido para a sua coleção (acaba devolvendo porque o bebê começa a crescer); é engolido por uma baleia, mas consegue sair.

Finalmente o Guardião das coisas pequenas compreende que tudo tem o seu valor: não importa se são pequenas, medias ou grandes; todas as coisas na vida possuem uma beleza própria.


Guardião das coisas pequenas 2

“Nunca é tarde para mudar de profissão, não acha? Esta parece uma terra ideal para mudar de vida. No final das contas, que tem de ruim em crescer”

 O Guardião das Coisas Pequenas foi escrito por Begoña Oro, uma escritora espanhola muito criativa. Apesar de ter nascido na Espanha, e ter o Castelhano como primeira língua, Alejandro não teve nenhuma dificuldade para ler este livro que está em português, que é a minha língua materna.

O seu filho morde? Vem conhecer a Jaquinha, um lindo conto que fala sobre essa fase da criança.

Oi, tudo bem? Em primeiro lugar quero agradecer a todos vocês que me escrevem. Recebo vários e-mails todos os dias expressando gratidão pelo material que compartilho aqui no blog, e isso me motiva a seguir com o meu trabalho.

Sei que há muitos pais, psicólogos, psicopedagogos e professores que me seguem, por isso trouxe hoje para vocês esse lindo Conto Infantil escrito por Emilia Nuñez, escritora brasileira de contos infantis, também conhecida em Instagram como @maequele (conheça aqui o seu site)

1 A JACAREZINHA QUE MORDIA 2 capa

Esse lindo livro, que venho acompanhando desde a fase de criação, é um ótimo recurso para trabalhar as habilidades sociais com as crianças, e porque não com os pais.  Então, você conhece alguma crianças que está passando por esta fase?

A Jacarezinha que mordia  

“A Jacarezinha que mordia” conta a história de Jaquinha, uma linda jacarezinha risonha, que apesar de receber muito carinho de Dona Jaca, sua mãe, tem o mau hábito de morder a todos que encontra pelo caminho. Os animais da floresta, cansados de receber tantas mordidas, se apresentam diante da sua mãe pedindo que esta dê fim a este problema que está alterando o convivio social na floresta. Claro que D. Jaca, toda envergonhada,  tenta resolver o problema, e se empenha no assunto: amarra a boca da filha, resgata a chupeta, mas não tem jeito. Um dia chega um aluno novo na sala da Jaquinha, ele dá um lindo beijo na professora e esta fica muito feliz. Puxa! Aquilo muda o mundo da pequena jacarezinha, que observa como as pessoas ficam felizes ao receber um beijo (totalmente o contrário de quando são mordidas).

 Emilia nos conta um pouco sobre o Processo Criativo de “A Jacarezinho que mordia”:

Este é um livro feito pensando em uma fase muito específica que algumas crianças passam que é a fase “Mordedora”. Tenho uma Jaquinha em casa e quando uma mãe me pediu um livro sobre o tema e não encontrei nas livrarias, logo veio a inspiração!

Como você pode ver é uma história muito útil e meiga, e além disso as ilustrações são maravilhosas. De verdade que fiquei encanta, porque expressam exatamente a essência da mensagem do livro.  O ilustrador cuidou de cada detalhe, e isso é muito importante, para que além do texto, a criança que ainda não lê possa interiorizar o conteúdo da mensagem através do que vê.   Heitor Neto foi o ilustrador responsável por esses lindos desenhos, você pode segui-lo no instagram em @heitornetos ou na seu site.

Para comprar A Jacarezinha que mordia” clica aqui. 

Aplicando o Conto

Sabemos que é normal a criança entre 1 e 3 anos passar pela fase de morder.

 No início da vida, a boca é a parte mais sensorial do corpo humano e, por meio dela, o indivíduo descobre o mundo e expressa suas emoções. Quando uma criança morde um adulto ou outra criança, provavelmente está querendo demonstrar afeto, resposta a uma frustração, curiosidade ou, ainda, o incômodo do nascimento dos dentes. No período entre um e três anos morder é comum – e normal. Algumas crianças o fazem mais que outras, porque é dessa forma que se comunicam. (Fundação Maria Cecilia)

Porém há crianças que depois desse período ainda recorrem a esta conduta, o que gera grandes constrangimentos para os pais. Nenhum pai gosta de pegar seu filho no jardim ou colégio e ver nele uma marca de mordida. Também posso te garantir que nenhum pai gosta de receber da professora, a constrangedora notícia de que seu filho está mordendo os coleguinhas. Bater, puxar o cabelo, arranhar, são todas condutas imediatistas que as crianças recorrem como forma de expressar sua frustração, raiva, descontento. Os adultos também fazemos isso, ainda que a nossa maneira de ataque é outra. As crianças podem ferir o corpo, mas nos ferimos o coração do outro. Exemplo: quando somos criticados tendemos à atacar a outra pessoa apontado os defeitos dela. As crianças que sofrem de TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade), principalmente aquelas sofrem de impulsividade, como  o caso do meu filho, costumam recorrer a esse tipo de conduta de forma mais habitual. Eu sinceramente creio que trabalhar a empatia da criança poderá ajudá-la a superar essa fase e conseguir controlar seus instintos. 

A minha proposta de atividades vale tanto para narração grupal, quanto individual. Não importa se você é pai, professor, psicólogo, somente adapte a proposta à sua situação especifica, já que farei um série de sugestões. Vamos lá!

1. Contação/Narração

  • Interpretando a ilustração: Se você vai utilizar o conto com crianças de forma individual, ou poucas crianças (como umas cinco no máximo) e se elas ainda não sabem ler, minha primeira proposta, é que antes de ler a história para elas, peça que observem a ilustração e expliquem o que acham que está acontecendo na historia. É uma boa forma de interiorizar as metáforas ilustradas.
  • Conte a historia de forma divertida,  seja criativo. Seria legal utilizar um fantoche para contar a história.

2. Vamos desenhar

Esse recurso tão simples também é muito importante para observar a compreensão que a criança teve da história. Peça para ela fazer um desenho da parte que mais gostou da historia e da parte que menos gostou.

3. Teatro

Uma forma de trabalhar a compreensão da história e trabalhar a empatia com as crianças é fazer um teatro com elas, com base no conto. Faça com que alguns participem do teatro, enquanto outros ficam de plateia, e depois os que ficaram de plateia serão os atores. Assim todos podem ver desde duas  perspectivas: dentro da história e fora da história.

 4. Análise das ilustrações

Não sei se sabes, mas num álbum ilustrado a ilustração tem o mesmo peso que o texto. Ou seja, ilustração e texto se completam para passar uma mensagem. Por isso que disse anteriormente que gostei muito da ilustração de Heitor Neto, porque completou perfeitamente a história escrita  por Emilia Nuñez.  Tanto  é assim, que ele introduziu uma metáfora muito interessante que enriqueceu a história: O PORCO ESPINHO.

1 A Jacarezinha que mordia 7

Veja bem! Por que o Porco Espinho é o único que não está nem aí para o problema? É que com ele a Jaquinha não se mete. Por que?

Além disso, analise com as crianças as expressões faciais dos personagens em cada parte da historia. Como eles se sentem? Que estarão pensando?  Gestos de medo, reprovação, raiva, tristeza, desespero, indiferença. Quantos sentimentos!

5. Trabalhos Manuais:

  • Que te parece se fazemos uma Jaquinha de rolos de papel higiênico com as crianças? Deixo essa proposta que encontrei em no site de Papelísimo. Está em castellano, porém o vídeo de explicação se entende perfeitamente. Está muito fácil. E para que fique igual a Jaquinha é só colocar uma um laço de fita rosa na cabeça. As crianças vão amar.     

1 A Jacarezinha que mordia de papel
Fotografia retirada da página http://www.papelisimo.es

Também podemos fazer outros animais da floresta como: Elefante, Tigrinho, Porco Espinho, Ursinha.

  • Fantoche de Papel:

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  •  A Jaquinha na cabeça:

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  6. Ficha de leitura:

Preparei uma ficha de leitura para trabalhar os sentimentos vividos pelos personagens da historia. Você pode baixar e utilizar livremente 😉

Ficha de leitura sentimentos a jacarezinha que mordia

Para terminar, gostaria de dizer que me senti muito identificada com a Dona Jaca. Muitas vezes passei por situações parecidas e sei que não é fácil. Nesses momentos devemos olhar a situação desde a perspectiva do amor. Como pais, professores, psicólogos, somos semeadores de amor, carinho e bons valores. Se não desistimos essa sementinha um dia brotará. Nunca desista de amar, porque o amor é dádiva.

Frase sobre amor não é recompensa Claudine Bernardes

Se gostou dessa historia, talvez também estejas buscando algum livro para trabalhar a educação emocional com o seu filho ou aluno. Te recomendo dar uma olhada no meu livro “Carlota não quer falar”, utilizado por muitos pais, professores, psicólogos e psicopedagogos de muitos lugares do mundo, para trabalhar as capacidades emocionais das crianças. Além do livro, distribuo gratuitamente o Projeto de Educação Emocional com Carlota. Entra nesse link para saber mais.

A Lola: Um conto que conecta com o nosso interior e fala ao ouvido da alma.

(Para leer el texto en Español pincha aquí) 

Este ano estive em várias ferias de livros e de verdade foi ótimo. Se tivesse que definir a minha experiência com uma única palavra, escolheria CONECTAR. Isso mesmo, conheci muitas pessoas e nos conectamos. Um exemplo disso foi conhecer a Kata, autor do conto ilustrado La Lola, que hoje os apresentarei.

1 - La Lola tapa- Kata

Se trata de um lindo conto, escrito por Kata e ilustrado por Amparo La Cruz. Conheci a ambos na Feira do Livro de Onda. La Loa é um Livro Ilustrado  que conta a historia de uma mulher. Uma mulher que ama, que luta, que se doa; uma mulher que poderia ser a minha mãe, minha sogra, poderia ser eu ou você.

Un texto curto, porém profundo… que conecta com o nosso inteiro e fala ao ouvido da nossa alma.

As ilustrações, todas pinturas, acompanham perfeitamente a ideia do texto e o complementam.  É um desses livros que se devem presentear, ou presentear-se. Uma obra prima para os amantes dos livros; estes seres estranhos que gostam de olfatear o papel, acariciá-lo, degustar a história e analisar as entrelinhas. 

Este é o texto:

La Lola (a Lola)

A Lola deixa-se levar… deixa que os demais façam… 

Lola é  feliz estando perto… ao lado…

Lola sorri, diz que é feliz…

Lola escuta tudo o que passa ao seu redor… 

Lola sorri… diz que é feliz…

Lola canta…

Lola sorri, vive, pensa, faz… 

…ensina e aprende…

Lola é feliz!!

Lola se entrega… obedece… Lola vive a vida como vem… como merece… como é …

Lola sorri… tudo vai bem…

Lola, de repente, olha pra dentro de si… agora é ela…

Agora se siente… É o seu momento…

Lola se sente bem… se emociona pelo que vive… A Lola se descubre…

…E assim… desaparece…

 

Um pouco sobre oAutor (pelo autor)

Bem… é estranho falar sobre si, dá a sensação de perder o equilibrio entre o orgulho e a humildade (risos). Então vamos lá. Sou músico, faço tapicería e ando de bici. Escrever… não acho que sou escritor, ainda que reconheço que me dá bem jogar com as palavras para transmitir emoções. Também não sou um leitor empedernido, nem mesmo saberia dizer o nome do meu autor ou livro favorito. Simplesmente desfruto lendo.
4 Kata la lola

Você pode conhecer mais sobre o Autor entrando no seu  Facebook.

Espero a sua opinião. Obrigada por passar pela minha Caixa de Imaginação. 😉